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Tema de Redação da UEA SIS 2 de 2024 – “Mães solo no mercado de trabalho: uma realidade possível?”

O tema de redação da UEA SIS 2 de 2024 foi “Mães solo no mercado de trabalho: uma realidade possível?”. Como primeiro contato de redação do sistema seriado, os alunos precisavam discutir dos entraves, dificuldades e sobrecarga de mães que cuidam sozinhas das crianças e como empresas não facilitam a absorção dessas trabalhadoras e a falta de políticas públicas faz o problema persistir.

Para ajudar o aluno, foram apresentados 4 textos motivadores, você pode conferir a imagem abaixo da prova, conferir o link do documento da prova da UEA SIS 2 2024 ou ver os textos na íntegra abaixo:

Texto 1


(A Mãe Solo. www.facebook.com)

Texto 2
O número de mães solo, aquelas que cuidam sozinhas de seus filhos, aumentou 17,8% na última década, passando de 9,6 milhões em 2012 para 11,3 milhões em 2022. Esta situação gera ainda mais dificuldades para o ingresso dessas mulheres no mercado de trabalho. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo indica que a maior parte dessas mães, pouco mais de 70%, vive apenas com seus filhos, é formada por mulheres negras, com baixa escolaridade, e está no Norte e Nordeste do país.
Janaína Feijó, responsável pelo estudo, resume a dificuldade enfrentada por essas mães: “essa mãe praticamente não tem com quem contar, não tem uma rede de apoio e não conta também com o pai da criança, o que faz com que a sobrecarga da maternidade recaia muito mais forte sobre a mãe nestas condições”.
(Carolina Pessoa Mulatinho. “Mães solo têm mais dificuldade de entrar no mercado de trabalho”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 14.05.2023.)

Texto 3
A falta de oportunidades de empregos que possibilitem às mães solo condições adequadas para cuidar dos filhos, como creches, flexibilidade de horários, opção de trabalho remoto, e a ineficácia de políticas públicas1 podem ser entraves determinantes para que elas consigam conciliar ou não maternidade e trabalho para garantir o sustento de suas famílias.
A professora de filosofia Joelma de Paulo traz sua perspectiva sobre o tema: “A maternidade dificulta o acesso da mãe ao mercado de trabalho exatamente por não existirem políticas públicas. A mãe solo que não tem rede de apoio dificilmente vai poder retornar ao mercado de trabalho. O único projeto que conheço para ajudar as mães solo é a creche em período integral”.
(Andréa Alves. “Mães solo enfrentam desafios no mercado de trabalho”. https://portalluneta.com.br, 05.02.2024. Adaptado.)
1 políticas públicas são ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos previstos na Constituição Federal e em outras leis.

Texto 4
Para entender a alta proporção de mães solo com baixo nível educacional, é necessário analisar em que fase da vida elas se tornaram mães pela primeira vez. Como a maternidade requer uma dedicação quase que exclusiva das mães nos primeiros anos da infância da criança, torna-se muito difícil conciliar com outras atividades e responsabilidades.
Quando a maternidade acontece durante a fase escolar (antes dos 24 anos), pode desencadear uma série de desdobramentos na vida profissional e pessoal da mulher, que, a longo prazo, pode ser irreversível. A interrupção dos estudos é uma delas.
A falta de capacitação faz com que seja cada vez mais difícil essa mãe ser absorvida pelo mercado de trabalho e compromete seus salários potenciais futuros. Mesmo quando a criança atinge a idade de frequentar a escola e essa mãe pode ir em busca de emprego, ainda assim a mãe solo
enfrenta dificuldades.
(Janaína Feijó. “Mães solo no mercado de trabalho”. https://blogdoibre.fgv.br, 12.05.2023. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto expositivo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Mães solo no mercado de trabalho: uma realidade possível?

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2024 Redação UEA Redação UEA SIS 2 Redação UEA SIS 3 UEA

UEA 2025, Macro, SIS 2 e SIS 3 – Sugestões de temas de redação para estudar

Visando ajudar os alunos com a redação da UEA no ano de 2024 para a UEA edição 2025, tanto Macro quanto SIS, fiz uma coletânea de 3 eixos temáticos com 12 temas. Obviamente, quero deixar claro que acho muito mais valioso saber como argumentar é muito melhor do que saber de um tema de antemão.

Veja os eixos temáticos e os temas:

1. Natureza e meio ambiente:

– A educação ambiental: entre o desafio de um mundo pós-pandemia e a formação do docente

Atualmente as brincadeiras das crianças estão cada vez mais ligadas à tecnologia e menos a ambientes abertos que propiciem interação com a natureza. A escola através da Educação Ambiental (EA) permite aos estudantes interagir e se conscientizar sobre o meio ambiente. Entretanto, com a pandemia causada pela COVID-19 o ambiente escolar foi substituído pelo ensino remoto representando grandes desafios aos professores que lecionam EA. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão crítica sobre os desafios da Educação Ambiental para reaproximar os estudantes da natureza em um contexto pós-pandemia, a fim de formar cidadãos ambientalmente conscientes. Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática da literatura focando em trabalhos que tratassem da EA pós-pandemia. Como resultados da revisão foram encontrados dois trabalhos, ambos publicados em 2020. Após análises foram elencados três temas que serviram de base para as reflexões. A pandemia evidenciou as desigualdades no acesso às tecnologias e consequentemente à educação, além disso o ensino remoto evidenciou a falta de formação dos professores para o trabalho com as novas tecnologias. Neste contexto de incertezas e agravos nos problemas socioambientais a EA se apresenta como uma ferramenta de transformação da sociedade. Mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia o trabalho com a EA deve continuar vislumbrando os desafios que surgirão. Assim, a EA em um contexto pós-pandemia deve priorizar a reaproximação dos estudantes com a natureza recriando o sentimento de pertencimento ambiental, que será base para a formação de cidadãos conscientes e sobre o ambiente que os cerca.
(fonte: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CENÁRIO PÓS-PANDEMIA: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES, dezembro de 2021, vários autores, disponível no link: https://www.researchgate.net/publication/357093035_A_EDUCACAO_AMBIENTAL_NO_CENARIO_POS-PANDEMIA_REFLEXOES_E_POSSIBILIDADES)

Estamos preparados para a próxima pandemia?

Para Ester Sabino, imunologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, o monitoramento de patógenos é essencial para que o mundo não seja pego desprevenido como foi da última vez:

“O sequenciamento é importante, porque ele dá alguns dados a mais sobre os agentes: qual é a linhagem, se existem variações importantes que estão fazendo com que esse agente adquira novas capacidades e também para saber se estão mudando as regiões em que a vacina deve produzir anticorpos”, disse a médica.

Ester Sabino explicou ainda que isso é importante tanto para vírus, como também para bactérias – já que as superbactérias, resistentes a antibióticos, são outra preocupação das autoridades de saúde.

Agora, a professora destaca que apenas monitorar os patógenos não é suficiente. Nesse aspecto, ela defende o compartilhamento de informações:

“Sequenciar só por sequenciar não adianta, tem que se inserir dentro de um processo. É preciso um sistema de informações que indique se alguma coisa está mudando”, explicou.

Ester Sabino ficou famosa em 2020 por liderar a equipe que sequenciou os genes do SARS-CoV-2, o coronavírus causador da Covid-19. Ou seja, ela entende mesmo do assunto.

(Fonte: “Como a OMS está se preparando para uma próxima pandemia?”, Site “Olhar Digital”, Bob Furuya, 09/04/2024, disponível no link https://olhardigital.com.br/2024/04/09/medicina-e-saude/como-a-oms-esta-se-preparando-para-uma-proxima-pandemia/)

– O quanto devemos urbanizar os centros não-urbanos?
A urbanização é o processo de concentração da população de uma nação e suas principais atividades econômicas em um contexto de cidade, ao invés de rural.

Esse processo começou gradativamente no mundo desde a entrada da Idade Moderna e a consolidação de seus novos valores industriais (a Revolução Industrial) , e é atualmente o modo de vida predominante nos países industrializados e mesmo naqueles em processo de desenvolvimento.

Desde meados do século 20, mais pessoas viveram em contextos urbanos no mundo ( 54% da população mundial ) do que em locais rurais, e mesmo as projeções futuras apontam para apenas um terço da população mundial em ambientes rurais por ano 2040. Isso representa uma mudança significativa em relação à tendência mundial dos séculos anteriores, que favorecia a vida rural.
Outras distinções quando se fala em urbanização podem ser:

Suburbanização. Também chamada de urbanização por derramamento, consiste na disseminação da cidade para os territórios rurais devido ao excesso de concentração habitacional na cidade, para a qual se fundam novos bairros remotos de baixa densidade , ligados ao núcleo urbano por vias rápidas.

Desenvolvimento Rural. Ocorre quando a cidade exerce influência sobre as áreas rurais que a cercam, mas como seus custos são tão elevados, muitas das atividades econômicas e vivenciais que normalmente ocorrem em seu interior passam a ser localizadas em terrenos rurais, como as ilhas urbanas de área rural.

Periurbanização. Trata-se do surgimento de espaços dentro da cidade que não atendem a propósitos tradicionais de comércio , habitabilidade ou industrial , mas que proporcionam uma espécie de “espaço intermediário” à cidade, como parques, instalações de trânsito, rodovias, etc.

Desvantagens da urbanização

Maximização do consumo . A demanda por eletricidade e combustível é muito maior nas cidades, o que afeta os mercados mundiais de matérias-primas e os efeitos adversos dos métodos de geração de eletricidade disponíveis.

Empobrecimento da agricultura. A preferência geral pelo modelo de vida urbana tende a ser em detrimento da vida rural, em muitos casos empobrecida e abandonada, já que em alguns casos a indústria pode abastecer suas atividades (como nos países importadores).

Maior pobreza urbana. migração das áreas rurais para as cidades afeta a qualidade de vida destes, visto que muitas vezes as alegadas oportunidades são escassas e a migração rural marginal aumenta cinturões das grandes cidades.

Impacto ambiental . Ao concentrar a população em poucos quilômetros, o impacto sobre a qualidade do ar , da água e do soloé maximizado, o que por sua vez afeta a saúde da população e do ecossistema . (Fonte: Urbanização, site Conceitos do Mundo, disponível no link: https://conceitosdomundo.pt/urbanizacao/)


– Desastres ambientais: quem paga a conta são as empresas ou o povo?
Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de desastres ambientais devastadores que expuseram a vulnerabilidade de nossas cidades e a negligência na gestão de recursos naturais. Exemplos emblemáticos incluem os desastres de Brumadinho e Maceió, causados por operações negligenciadas de empresas privadas, e a recente tragédia no Rio Grande do Sul, decorrente de eventos climáticos extremos. Mas afinal, quem paga a conta desses desastres?

Em Brumadinho, o rompimento da barragem da Vale em 2019 resultou em 270 mortes e uma destruição ambiental sem precedentes. A empresa, embora responsabilizada, ainda enfrenta processos judiciais lentos, e a aplicação de punições efetivas permanece incerta. A tragédia expôs falhas na fiscalização e na regulamentação da segurança de barragens, refletindo um sistema onde a negligência corporativa tem consequências devastadoras para a população.
Diferentemente de Brumadinho e Maceió, o desastre no Rio Grande do Sul não foi causado por uma empresa, mas por eventos climáticos extremos. Enchentes e tempestades devastaram cidades, destruindo infraestrutura e deixando milhares de desabrigados. Este caso destaca a urgência de repensar a urbanização para resistir a eventos climáticos extremos, bem como ter bons planos de gestão de crise.

No caso do Rio Grande do Sul, a responsabilidade se desloca em grande parte para o poder público, que deve investir de maneira estratégica e sustentável na criação de cidades mais resilientes. Isso implica em desenvolver infraestruturas que possam resistir aos impactos das mudanças climáticas e implementar políticas públicas voltadas à prevenção e resposta a desastres. A construção de arranjos urbanos que considerem as especificidades naturais e socioeconômicas de cada região é essencial para minimizar futuros riscos.
(Fonte: Quem paga a conta dos desastres ambientais? Uma reflexão sobre Brumadinho, Maceió e o Rio Grande do Sul, Andressa de Mello, 03/07/2024, disponível no link – https://www.linkedin.com/pulse/quem-paga-conta-dos-desastres-ambientais-uma-reflex%C3%A3o-de-mello-3pz6f)

2. Direitos sociais e garantia deles

– Por que é cada vez mais difícil ocupar um lugar público?
A noção de espaço público remete a um local pertencente ao poder público, que deve estar disponível para a população ocupar e usufruir. De uma forma ampla, é entendido como um lugar do qual todos somos donos e pelo qual todos somos responsáveis. No Brasil, aparentemente, existe uma dificuldade quanto a esse entendimento ou, até mesmo, um desconhecimento do conceito. Apesar disso, esses locais são ocupados de diversas formas, por comércio ambulante, festividades, atividades de arte e cultura, manifestações religiosas, práticas esportivas etc.

O artigo 6º da Constituição Federal do Brasil institui o lazer como um dos direitos sociais básicos, junto da educação, saúde, trabalho e segurança. O poder público tem a incumbência de utilizar o espaço público para a promoção de lazer, mas não só isso, também administrar esses locais de modo a envolver outras atividades de arte e cultura, religiosidade, esportes etc. No entanto, ainda falta a identificação, por parte da população, de como e de quem deve ocupar e usufruir desses ambientes.
(Fonte: A importância do entendimento e ocupação do espaço público, Tiago Maia, 19/07/2023, disponível no link – https://ufop.br/noticias/em-discussao/importancia-do-entendimento-e-ocupacao-do-espaco-publico


– Alimentação com ultraprocessados: dificuldade em encontrar produtos orgânicos ou preço competitivo?
O médico e escritor Chris van Tulleken defende que, em prol da saúde públicaalimentos ultraprocessados recebam o mesmo tratamento dado aos cigarros.

Infectologista do Hospital de Doenças Tropicais de Londres, professor da Universidade College London, no Reino Unido, e apresentador de alguns programas na BBC, ele também é autor do livro Gente Ultraprocessada – Por que Comemos Coisas que Não São Comida, e Por Que Não Conseguimos Parar de Comê-las (Editora Elefante).

Isso porque o conceito de ultraprocessados foi desenvolvido pela equipe liderada pelo epidemiologista brasileiro Carlos Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) — que, inclusive, assina o prefácio do novo livro.

O médico britânico confessa que duvidou do conceito de ultraprocessados de início e achava que os malefícios apontados nos estudos estavam relacionados apenas aos excessos de gordura, açúcar e sal presentes em muitos desses produtos.

Para colocar a ideia à prova, ele resolveu se submeter a uma pesquisa, em que radicalizou a própria dieta e passou a comer basicamente alimentos ultraprocessados.

Em entrevista à BBC News Brasil, van Tulleken sugere que países e governos tomem ações mais contundentes para diminuir o consumo de ultraprocessados entre a população.

Na opinião dele, as grandes redes alimentícias vão destruir as culinárias tradicionais nos próximos 50 anos — e não há muito o que as pessoas individualmente possam fazer para mudar esse cenário (ou a própria dieta).
(Fonte: ‘Precisamos odiar os ultraprocessados para deixar de comê-los’, diz autor de best-seller sobre indústria de alimentos, André Biernath, 19/10/2024, disponível no link https://www.bbc.com/portuguese/articles/cm286xmrlklo)

– Estudar na universidade é para todos?

Perguntas delicadas não têm respostas simples. Neste caso, respondo “não” e “sim”. Não: nem todo mundo precisa fazer faculdade. Sim: todo mundo deve ter condições de fazer faculdade se quiser.

O leitor percebe que, como na questão das cotas, o “não” e o “sim” não são simétricos. Ambos são compossíveis porque se sustentam em argumentos diferentes.

Quando digo que nem todo mundo precisa fazer faculdade, apenas constato o óbvio: a universidade não é o único caminho possível para a realização pessoal e profissional. Muita gente trabalha em profissões perfeitamente dignas, algumas remunerando bem, outras até muito bem, que não exigem formação universitária. Os exemplos se espalham à nossa volta.

Entretanto, todos deveriam poder escolher entre fazer ou não fazer faculdade. Para tanto, todos deveriam ter acesso a uma educação básica de qualidade para disputar nas mesmas condições a possibilidade de entrar na universidade. Atendendo ao que for específico de cada curso, a universidade, como curso considerado não por acaso “superior”, deve continuar selecionando sempre pelo mérito intelectual. Para tanto, a mensuração desse mérito, que é individual, não pode ser afetada por razões de ordem completamente outra, como cor da pele e condição econômica da família
(Fonte: Todo mundo tem que ir para a faculdade?, Gustavo Bernardo, 25/10/2024, disponível no link https://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=32)

– O esporte é um direito ou é um gasto?

3. Internet

– Aumento de cirurgias estéticas em jovens: entre a pressão nas redes sociais e a irresponsabilidade dos cirurgiões
– Casas de aposta online: joga quem quer? , Formação educacional na internet: elitização de um direito ou democratização do acesso? , Quando vamos sair da era da indignação?

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Tema de Redação da UEA SIS 3 de 2021 – “Uso de redes sociais por crianças: proibir ou permitir?”

O tema de redação da UEA SIS 3 no ano de 2021 teve a pergunta “Uso de redes sociais por crianças: proibir ou permitir?”. Os textos motivadores ajudavam você a conseguir decidir pelo lado da permissão ou da proibição.

Confira a seguir os textos motivadores na íntegra

Texto 1

Para evitar riscos da exposição de crianças nas redes sociais, o Instagram decidiu seguir com mais rigor seus termos de
uso da rede social, que indicam que a idade mínima para ter acesso ao serviço é de 13 anos. Em março de 2019, por exemplo,
um garoto de apenas 8 anos criou uma conta e, meses depois, a rede social decidiu notificá-lo da impossibilidade de seguir
utilizando-a.
Essa notificação levantou um debate sobre os riscos da exposição das crianças na internet e sobre a responsabilidade das
empresas de redes sociais de zelar pela segurança desses usuários, como explica o psicólogo clínico Vítor Friary, para quem
é preciso restringir o uso para crianças. Segundo ele, “Temos que avaliar a idade para usar as redes sociais, pois a criança
não tem preparo emocional e habilidades socioemocionais para agir de forma responsável diante de alguns problemas com os
quais ela venha se deparar durante esse acesso”.
O menino Gabriel César, de 12 anos, tem Instagram e gosta de acompanhar as novidades da rede. “Nele, posso ver tudo
que meus amigos postam, material da escola, ver os stories e também compartilhar novidades”, conta. Mas a mãe de Gabriel
não deixa o filho ter acesso livre à rede. A psicóloga e psicopedagoga Dulce Maria Morais coloca a sua posição quanto a esse
debate: “Não vejo como errado criança menor de 13 anos ter rede social, em função da necessidade, em nosso mundo, de se

aprender a usar as tecnologias virtuais. O que considero imprudente por parte dos responsáveis é a criança, sem monitora-
mento, ter rede social”.

(Aline Lourenço. “Crianças de até 13 anos terão Instagram deletado; entenda o motivo”. www.em.com.br, 20.09.2019. Adaptado.)

Texto 2

Embora a maioria das plataformas estabeleça a idade mínima de 13 anos para a criação de um perfil, cerca de 20 milhões
de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos eram usuários de internet e ativos em redes sociais em 2018, segundo a pesquisa
TIC Kids Online Brasil.
A pesquisa ainda apontou que o uso de redes sociais por esse público está associado a uma série de benefícios. As redes

sociais ajudam os jovens a terem acesso à informação, construírem suas identidades, aprenderem sobre o mundo, se expres-
sarem e se relacionarem. As crianças estão desenvolvendo uma identidade virtual ao escolherem o que e como compartilhar, o

que consumir e quem seguir. Elas têm a chance de produzir conteúdo, aprimorar sua capacidade criativa e propor discussões
sobre os temas que as cercam.
Contudo, ao usarem as redes sociais, as crianças também estão sujeitas ao cyberbullying, que é a violência praticada
contra alguém via internet, e a situações de superexposição. Renata Guarido, mestre em psicologia e educação, pondera:
“qualquer episódio preconceituoso ou de insulto recebido pelas redes vai demandar da criança uma condição de lidar consigo
mesma e com esses ataques muito superior aos recursos psicológicos que ela tem, não apenas pela idade, mas porque a
exposição na internet é muito grande”.

(Mayara Penina. “Eu, criança virtual”. https://lunetas.com.br, 26.06.2020. Adaptado.)
Texto 3

Quanto mais exposição nas redes sociais, maior a quantidade de mensagens negativas com críticas, mas também men-
sagens positivas, elogios e bajulações. Essas últimas eram as maiores preocupações da mãe de três filhos Fernanda Rocha

Kanner, 38 anos, de São Paulo. Para proteger a futura saúde mental de sua filha Nina, ela resolveu apagar as redes sociais
da menina de 14 anos. Mas a decisão não passou despercebida, afinal, Nina tinha quase 2 milhões de seguidores. Fernanda
explica as razões de tomar essa decisão: “Não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma menina basear
referências de autoconhecimento em opiniões virtuais. Isso é ilusão. Eu não quero que a Nina cresça acreditando que é esse
personagem virtual”.

(Sabrina Ongaratto. “Mãe apaga redes sociais da filha de 14 anos com quase 2 milhões de seguidores:
‘Proteger a futura saúde mental’”. https://revistacrescer.globo.com, 20.07.2021. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Uso das redes sociais por crianças: proibir ou permitir?

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2024 Redação UEA Redação UEA SIS 2 Redação UEA SIS 3 Vestibulares 2024

UEA 2024 Acesso 2025 – Macro, SIS 2 e SIS 3 – Redação – Sugestão de Roteiro de Estudos

banco de provas da UEA – https://lazuedu.com/banco-de-provas/ banco de provas da UEA SIS – https://onestudy.com.br/provas-anteriores-sis-3-uea/

Redação UEA Abril = como escrever uma introdução com e sem repertório, quais são os elementos de um parágrafo de introdução, como usar as palavras do tema, como fazer a conexão do repertório com a realidade do tema e criar teses a partir dos textos motivadores (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 3 de 2019 – A Indenização é a melhor forma de combater o abandono afetivo?)

Maio = como escrever um parágrafo de desenvolvimento com repertório dos textos motivadores, entendendo como fazer o tópico frasal, explicação e justificação (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 2 de 2020 – As ações de amparo social podem diminuir a invisibilidade das pessoas em situação de rua?)

Junho = como escrever uma conclusão, conectando os repertórios com a discussão, justificando e explicando (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 2 de 2022 – Jogos eletrônicos: entre os perigos do vício e os benefícios cognitivos)

Julho = Férias

Agosto = Como lidar com temas de “sim” e “não” (Sugestão de tema para praticar: UEA de 2020 – Censurar Imagens de Pessoas Fora do Padrão Estético É Uma Forma Adequada de Combater o Cyberbullying?)

Setembro = Como lidar com temas de “entre” (Sugestão de tema para praticar: UEA de 2021 – Floresta Amazônica: Entre os Benefícios do Agronegócio e os Malefícios do Desmatamento)

Outubro = Escrever os últimos temas de redação da UEA, da UEA SIS 2 ou da UEA SIS 3 (totalizando 3 temas / 1 redação a cada 2 semanas (total de 15 redações em 30 semanas)

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Tema de Redação da UEA SIS 3 de 2023 – “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”

O tema de redação da UEA SIS 3 de 2023 foi “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”.
O SIS é uma outra forma de ingresso para a UEA que conta com um vestibular em três etapas, acompanhando cada ano do ensino médio.

Você pode conferir os textos motivadores a seguir:

Texto 1

(Marília Marz. https://fotografia.folha.uol.com.br)

Texto 2


Segundo o professor Luiz Herculano de Sousa Guilherme, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o racismo “é um conjunto de ideias, pensamentos e ações que parte do pressuposto da existência de raças superiores e inferiores. Consiste em uma atitude depreciativa e discriminatória em relação a
um grupo social ou étnico”.


(Blog do IFSC. “Entendendo o racismo”. www.ifsc.edu.br, 24.11.2021. Adaptado.)


Texto 3


A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol em 21 de maio de 2023, mostra que este não é um fato isolado. Em outro jogo, torcedores do Atlético de Madrid fizeram um boneco do mesmo atacante sendo enforcado, em referência a práticas supremacistas brancas. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas brasileiros no futebol europeu. Em 2022, uma banana foi
atirada no campo após um gol de Richarlison em um jogo do Brasil contra a Tunísia, em Paris.
O racismo no esporte mais popular do mundo, porém, não se limita à Europa. No Brasil, a prática avança de maneira preocupante. Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de
ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%.


(Lincoln Chaves. “Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 24.05.2023. Adaptado.)

Texto 4

Os códigos disciplinares do futebol definem que clubes e federações podem ser penalizados por atos discriminatórios cometidos por torcedores. Ainda é uma polêmica definir quem deve ser punido (judicial e esportivamente): apenas a pessoa que cometeu o ato, caso seja identificada; ou se o clube a que ela pertença também deve responder pelo crime.
O código disciplinar brasileiro prevê, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil, a perda de pontos no campeonato em que a manifestação ocorreu. Há, porém, um detalhe no texto do artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que trata da perda de pontos: diz ele que a punição ocorrerá se a “infração prevista neste artigo for praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. Por isso que, em caso de torcedor isolado cometendo ato discriminatório, a punição mais provável seja a multa. A Justiça desportiva também tem absolvido clubes que identificaram as pessoas que realizaram os crimes.

(Marcel Rizzo. “Racismo: leis esportivas preveem punições a clubes por atos de torcedores”. www.uol.com.br, 18.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:


Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?

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Tema de Redação da UEA SIS 2 de 2023 – “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”

O tema de redação da UEA sis 2 de 2023 foi “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”.

Você pode conferir os textos motivadores no link do PDF ou a seguir:

Texto 1

Texto 2
Os zoológicos são uma oportunidade única de observar e aprender sobre os animais selvagens, e isso sempre gerou um fascínio importante no ser humano. Por se tratar de locais de lazer, podem informar o público com a composição de ambientes atraentes e divertidos. Entretanto, um bom zoológico é responsável não só por informar. mas também por educar e conscientizar o público sobre a importância de proteger a biodiversidade
À medida que a sociedade se conscientizou sobre o bem-estar animal e a conservação da diversidade biológica, passou a não gostar de manter animais selvagens em cativeiro apenas para o entretenimento. Isso significa que, cada vez mais, os zoológicos são obrigados a justificar o cativeiro, alem do entretenimento do público, não se limitando a abrigar animais selvagem, mas sendo ativos na preservação da biodiversidade mundial.
(Érica Terrón Gonzáles. “Zoológicos como aliados da biodiversidade”. http://meusanimais.com.br , 21.12.2022. Adaptado)

Texto 3
Juntos, zoológicos e aquários no Brasil atraem cerca de 20 milhões de visitantes por ano. Pesquisadores que defendem a manutenção de zoológicos acreditam que essas instituições ajudam a conscientizar a população sobre a importância de preservar a biodiversidade, auxiliando inclusive na conservação de animais ameaçados, pois muitos zoológicos têm programas específicos para promover a reprodução e manutenção de espécies em extinção. Além disso, a receita gerada com ingressos de visitantes financia também atividades de conservação, pesquisa e educação.
(Patrícia Figueiredo. “Em defesa de espécies ameaçadas, ativistas dão argumentos a favor e contra os zoológicos.”. https:// g1.globo.com , 26.02.2019. Adaptado.)

Texto 4
Em julho de 2022, a organização não governamental (ONG) “Os Animais Importam” protocolou uma ação civil pública contra a visitação noturna disponibilizada pelo Zoológico de São Paulo. A requerente alega que permitir a circulação do público durante a noite impede os animais de descansarem. “A visitação durante o dia já causa
por si só estresse aos animais lá mantidos, mais ainda em período noturno, momento que deveria ser destinado ao repouso e sossego desses animais”
assegura a ONG.
O Zoológico de São Paulo afirma que atua com base em evidências e diretrizes internacionais de conservação: “todo cuidado animal do Zoológico de São Paulo é baseado em metodologia científica, realizado a monitorado por uma grande e multidisciplinar equipe com especialização no manejo e cuidado de animais selvagens, além de educadores focados em ações de educação visando à preservação da biodiversidade”.
Leandro Ferro, presidente da ONG, criticou a existência de zoológicos. “Esses pobres animais são usados como ativos turísticos e de diversão. A ciência já provou que os animais podem sentir emoções, sofrer e criar laços de forma até mais
complexa que os seres humanos. Nos zoos, eles estão mais para uma coleção de arte em um museu vivo” garante Ferro.
Não é a primeira vez que a entidade entra com uma ação contra o Zoológico de São Paulo. Em 2021, o tema do requerimento foi a transferência do orangotango Sansão para um santuário, local sem fins lucrativos onde animais são reabilitados. O animal está isolado em seu recinto no zoológico de aproximadamente 30 metros quadrados há mais de três anos.
(Bruno Lucca. “ONG entra com ação contra visitação noturna no Zoológico de SP”. www.folha.uol.com.br, 28.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos escreva um texto expositivo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
ZOOLÓGICOS: PRESERVAÇÃO OU DESRESPEITO AOS ANIMAIS?


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Tema de Redação da UEA de 2023 – “É possível viver a democracia em um país tão desigual como o Brasil?”

O tema de redação da UEA 2024 foi “É possível viver a democracia em um país tão desigual como o Brasil?”. A prova, realizada em 2023, que garante o acesso à universidade em 2024, teve o tema com uma pergunta, semelhante ao tema do ano anterior (“O ativismo digital pode mudar positivamente a sociedade brasileira?”). Você pode conferir os textos motivadores a seguir:

Texto I
Democracia: sistema ou regime que se baseia na ideia
da soberania popular e na distribuição equilibrada do poder, e que se caracteriza pelo direito ao voto, pela divisão dos poderes e pelo controle dos meios de decisão e execução.
No Brasil, afora dois períodos em que não foi exercida com sistema de representação direta (1937-1945, 1964-1985), a partir da independência, consolidou-se como princípio e como realidade, conforme o artigo 1o
da Constituição de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
(www.aulete.com.br. Adaptado.)

Texto II
A crise da democracia contemporânea é um dos principais temas sobre o qual tem se debruçado a teoria política nas primeiras décadas do século 21. Em entrevista concedida à Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV – Fiocruz), a cientista política Céli Pinto, professora emérita da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que o Brasil, um país rico mas com grande desigualdade social, dificilmente vai ter uma
democracia robusta, pois, para isso, precisa de alguma igualdade. Segundo a pesquisadora, o que se vê com o neoliberalismo é justamente o oposto: “existe uma relação bastante grande entre diminuição da democracia, inclusive dos valores democráticos, com aumento da desigualdade social, porque nesse caso teria mais possibilidade de ascensão de um líder carismático e populista, na defesa de que a democracia é
um sistema que não atende aos interesses das pessoas. As
grandes desigualdades sociais são muito propícias a regimes antidemocráticos. Em contrapartida, quanto mais igualdade social, maior é a possibilidade de haver democracia”, defende a professora.
(Redação – EPSJV/Fiocruz. “Uma democracia robusta precisa de alguma igualdade social”. www.epsjv.fiocruz.br, 29.09.2022. Adaptado.)

Texto III

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Tema de Redação da UEA de 2021 – “Floresta Amazônica: Entre os Benefícios do Agronegócio e os Malefícios do Desmatamento”

O tema de redação da UEA de 2021 foi “Floresta Amazônica: entre os benefícios do agronegócio e os malefícios do desmatamento”. A seguir, você pode acompanhar os textos motivadores do tema da UEA 2022, realizada no ano de 2021. Você pode conferir os textos motivadores neste link ou vê-los na íntegra abaixo.

Texto 1

O agronegócio (1) surpreendeu em 2020. O setor teve um crescimento de 24,31% no número de contratações em relação a 2019 e bateu recorde com cerca de 62 mil novos empregos com carteira assinada, em um ano em que a taxa de desemprego chegou a 14,1%, segundo o IBGE. A área com maior número de contratações foi a da agricultura, seguida pela de criação de gado e de aves.
Para a professora Elaine Toldo Pazello, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da Universidade de São Paulo (USP), a razão desse aumento no número de contratações foi a alta nas exportações de grãos em 2020, “explicadas pela desvalorização da nossa moeda e valorização do dólar”.
De acordo com Borges Matias, professor de Administração Financeira, aposentado pela FEA-RP, o crescimento do setor tem sido grande, gerando não só empregos, mas também a criação de novas tecnologias e mais especializações na área. A previsão para 2021 é positiva, diz o professor, e pode transformar o Brasil no maior exportador de grãos do mundo nos próximos dois anos.

(Léia Coelho. “Agronegócio surpreende e bate recorde no número de contratações em 2020”. https://jornal.usp.br, 25.03.2021. Adaptado.) (1) agronegócio: todas as atividades econômicas que se relacionam com a produção e a comercialização de produtos derivados da agricultura e da pecuária.

Texto 2

Cinco estados brasileiros enfrentam o que já é considerada a pior seca em 91 anos. O déficit de chuvas atual já é considerado severo, segundo o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que representa o comitê de órgãos do governo federal. O alerta emitido vale para os estados que se localizam na bacia do Rio Paraná: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Mas por que tem chovido menos?
De acordo com o cientista Paulo Artaxo, doutor em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da Amazônia há 37 anos, “estamos em uma trajetória que está colocando em xeque a economia brasileira. A economia quase que exclusivamente baseada em carne e soja pode não ser mais viável em 10 anos. Qual é o futuro do Brasil que queremos? O futuro como exportadores de carne e soja está comprometido”, afirma.
O desmatamento da Amazônia é uma das causas para chover menos na região central do Brasil. Uma das provas disso aconteceu em agosto de 2019, quando uma chuva preta caiu na capital paulista e o dia “virou noite”. Na época, a fumaça proveniente de queimadas na região amazônica, dos estados do Acre e Rondônia e da Bolívia, chegou a São Paulo pela ação dos ventos, o que causou a chuva preta e a escuridão na capital.
Esses ventos que muitas vezes trazem chuva para São Paulo vêm da região equatorial do Oceano Atlântico e são chamados de ventos alísios. Eles trazem a umidade do oceano no sentido leste a oeste e, chegando na Amazônia, essa umidade se precipita em forma de chuva. Essa chuva hidrata o solo e é absorvida pelas raízes mais profundas das grandes árvores, que são essenciais nesse processo. As árvores drenam a umidade e, por meio da transpiração, devolvem a umidade para o ar, de forma que o ciclo de umidade e chuva vai se repetindo levado pelos ventos, de acordo com Pedro Luiz Cortês, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP. “A soja ou a pastagem, por exemplo, não têm raízes profundas e não conseguem desempenhar o mesmo papel. Com a intensificação do desmatamento, a floresta corre o risco de entrar em um ciclo em que perde a capacidade de manutenção da umidade atmosférica e esse processo pode tornar-se irreversível”, explica.
Mesmo que a floresta seja restaurada, demoram-se anos para que as árvores criem raízes profundas para desempenhar o mesmo papel das que vêm sendo devastadas. Uma plantação de soja não desempenha o mesmo papel da floresta nativa.

(Bárbara Muniz Vieira. “Entenda por que está chovendo menos no Brasil e se há risco de nova crise hídrica em SP”. https://g1.globo.com, 14.06.2021. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Floresta Amazônica: entre os benefícios do agronegócio e os malefícios do desmatamento

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Tema de Redação da UEA de 2022 – O ativismo digital pode mudar positivamente a sociedade brasileira?

O tema de redação da UEA 2023 foi “O ativismo digital pode mudar positivamente a sociedade brasileira?”.

A seguir, você pode conferir o tema de redação da UEA (Universidade do Estado do Amazonas) com os textos motivadores, feita no ano de 2022 (o vestibular é feito em um ano e se refere ao vestibular do ano seguinte, a UEA 2023 foi feita em 2022).

Você pode tanto acessar este link para ver os textos motivadores ou vê-los a seguir:

Texto 1

Ativismo digital é um conceito que faz referência ao uso de páginas do Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e outros espaços virtuais para promover o apoio a uma causa específica. Diante da possibilidade de se manifestarem a partir de alguns cliques, cidadãos, movimentos sociais, grupos diversos e até partidos políticos vêm usando a internet como ferramenta para disseminar diferentes tipos de informação.

Há postagens, vídeos, “textões”, stories, frases, links, áudios e outros tipos de conteúdo publicados nesses espaços virtuais. Todos têm a capacidade de dar voz a cidadãos comuns, alcançando milhares ou mesmo milhões de pessoas, dependendo de fatores como a popularidade do tema e os algoritmos das redes. O apoio a essas publicações é expresso por meio de curtidas, compartilhamentos, reportagens e comentários, aumentando a possibilidade de que esses conteúdos apareçam para cada vez mais usuários da internet.

A finalidade dessas publicações também é bastante diversa, podendo atender tanto a interesses democráticos, como o acesso à informação e a liberdade de expressão, quanto à propagação de fake news e a manipulação da opinião pública

(“Ativismo nas redes sociais: características, impactos e exemplos”. https://fia.com.br, 03.03.2021. Adaptado

Texto 2

Recentemente, fãs da música pop sul-coreana agiram durante os protestos do movimento #BlackLivesMatters (#VidasNegrasImportam) e inundaram o aplicativo da polícia de Dallas, no Texas (EUA), com fotos e vídeos de seus ídolos a fim de dificultar que fossem feitas denúncias de supostos atos de vandalismo cometidos por manifestantes desses protestos. Segundo o professor Massimo Di Felice, do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), essas movimentações on-line constituem um novo tipo de ativismo, que é transformador e usa a internet para impulsionar protestos e alcançar grande adesão.

Di Felice explica que a utilização das redes sociais cria debates públicos importantes e tira o monopólio da grande mídia. A participação on-line, portanto, não é necessariamente organizada por grupos ou movimentos políticos, mas é resultado da interação entre pessoas, dados, algoritmos, plataformas on-line, e acompanha o desenvolvimento da tecnologia, o que o professor chama de ativismo digital.

(Kaynã de Oliveira. “Ativismo digital é o novo tipo de participação e transformação política”. https://jornal.usp.br, 11.08.2020. Adaptado.)

Texto 3

É comum a utilização da expressão “ativismo de sofá” como sinônimo de “ativismo digital”. Entende-se que, nesses casos, a militância dos usuários se restringe ao virtual, daí a carga pejorativa do termo: o ativista de sofá e aquele que, do conforte de sua casa, engaja-se em quantas lutas puder, mas não se mexe no mundo real. Ele quer ser visto como alguém preocupado com a justiça social, a humanidade, a política, mas não se compromete “de verdade” com a defesa dessas causas.

(LuciliaDinis. “Ativismo de sofá funciona?”, https://veja.abril.com.br, 22.10.2020. Adaptado.)

Texto 4

As redes sociais são uma ferramenta essencial para o ativismo do século XXI, com tendência a serem ainda mais eficazes com o decorrer do tempo, pois os direitos e as garantias conquistadas por meio das lutas do ativismo (virtuais ou não) vão se traduzindo em uma educação coletiva. Embora lenta, essa educação torna a população mais crítica, o que, por sua vez, irá possibilitar a luta por mais direitos sociais, gerando assim um ciclo em que o exercício do ativismo digital garante direitos, e estes irão educar o povo e permitir a utilização desses direitos na luta por mais direitos.

(Sâmia Larissa Dias Barros et al. “O ativismo social no exercício democrático do século XXI: revoltas que deram certo”. http://www.usfm.br, junho de 2013. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O ATIVISMO DIGITAL PODE MUDAR POSITIVAMENTE A SOCIEDADE BRASILEIRA?

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Todos os Temas de Redação da UEA – Desde 2009

O vestibular da Universidade do Estado do Amazonas é um desafio, não só para estudar, mas também encontrar informação na internet. Para sua sorte, consegui encontrar alguns temas da UEA (desde 2009) para que você possa praticar e saber mais do vestibular.

A escolha do ano de 2009, apesar do vestibular existir até antes, vem do fato da VUNESP fazer a correção desde tal ano, isso significa que é mais fácil saber o que será corrigido e como se preparar.

Lembrando que os temas são do vestibular geral, não do seriado. Você pode encontrar o tema pelo Ano de Ingresso (o ano que você entrará na UEA para estudar) e o Ano da Prova (quando ela foi aplicada). Por exemplo, quem faz a prova em 2024 (ano da prova), fará a prova da UEA 2025 (ano do ingresso):

Ano de Ingresso (Ano da Prova)Tema
2024 (2023)É Possível Viver a Democracia em um País tão Desigual como o Brasil?
2023 (2022)O Ativismo Digital Pode Mudar Positivamente a Sociedade Brasileira?
2022 (2021)Floresta Amazônica: Entre os Benefícios do Agronegócio e os Malefícios do Desmatamento
2021 (2020)Censurar Imagens de Pessoas Fora do Padrão Estético É Uma Forma Adequada de Combater o Cyberbullying?
2020 (2019)Lista Suja do Trabalho Escravo: Entre a Proteção aos Trabalhadores Afetados e o Direito de Defesa das Empresas
2019 (2018)A Exposição de Autores de Comportamentos Machistas na Internet Contribui para Desestimular Tais Comportamentos?
2018 (2017)Envelhecimento da População: Os Desafios da Saúde Pública para Garantir o Bem-Estar dos Idosos
2017 (2016)Os Zoológicos São Locais de Preservação e Educação Ambiental ou uma Forma Cruel de Diversão?
2016 (2015)A Adoção de Crianças por Casais Homossexuais Deve Ser Proibida?
2015 (2014)As Dificuldades Enfrentadas pelas Famílias para Cuidar dos Idosos
e a Realidade Precária de Alguns Asilos: Como Resolver Esse Problema?
2014 (2013)Exploração Sexual Infantojuvenil no Brasil: Como Combater Esse Mal?
2013 (2012)Acúmulo de Lixo Sólido: Como a Sociedade Deve Resolver Esse Problema?
2012 (2011)O Transcorrer do Tempo na Amazônia: Aspectos PosItIvos e NegatIvos
2011 (2010)Da Amazônia Real para a Amazônia PossÍvel: o CompromIsso do Amazonense
2010 (2009)Infância, Infâncias
Todos os temas da UEA, desde 2009