Visando ajudar os alunos com a redação da UEA no ano de 2023 para a UEA edição 2024, tanto Macro quanto SIS, fiz uma coletânea de 3 eixos temáticos com 9 temas. Obviamente, quero deixar claro que acho muito mais valioso saber como argumentar é muito melhor do que saber de um tema de antemão.
Veja os eixos temáticos e os temas:
– O aumento do analfabetismo na sociedade brasileira: entre a culpa do Estado e da sociedade
Texto para leitura:
Em 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o objetivo de ressaltar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial.
Alfabetizar todos os brasileiros desde o início de sua trajetória escolar é um dos maiores desafios político-educacionais do Brasil. Por essa razão, o Governo Federal criou, em janeiro de 2019, a Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação, e instituiu, em abril do mesmo ano, por meio do Decreto nº 9.765, de 11 de abril de 2019, a Política Nacional de Alfabetização (PNA).
As ações realizadas pela Secretaria de Alfabetização do Ministério da Educação, em atendimento à PNA, focam na participação de docentes, famílias, escolas, redes de ensino e do poder público, visando à elevação da qualidade da alfabetização e ao combate do analfabetismo em todo o território brasileiro.
Sabendo que a aprendizagem da linguagem oral, da leitura e da escrita começa em casa, na convivência entre pais e filhos e seguindo as diretrizes da PNA, o Ministério da Educação, por meio da Sealf, lançou o programa Conta pra Mim, que tem como objetivo a ampla promoção da Literacia Familiar. (Fonte: Site do Governo Federal, 08/09/2022)
– Negros são maioria em universidades: as cotas devem deixar de existir?
“É a primeira vez que temos mais pretos e pardos nas universidades públicas do que brancos. Isso mostra um acerto da política de cotas, mas ainda há avanços que precisam ser conquistados“, avaliou o pesquisador Cláudio Crespo, do IBGE.
No mercado de trabalho, no entanto, 64,1% dos desempregados eram negros ou pardos em 2018, e 66,1% eram subutilizados (trabalhavam menos horas do que gostariam). Além disso, somente 29,8% dos negros ou pardos ocupavam cargos gerenciais, e dos 10% mais pobres do país, 75,2% eram negros ou pardos. O levantamento também apontou que os índices de violência aumentaram em 2017 para negros e pardos. Negros e pardos também são sub-representados no Parlamento brasileiro, de acordo com a pesquisa do IBGE. Apesar de representarem 55,9% da população brasileira, o Congresso tinha apenas 24,4% de negros ou pardos em 2018. “Esse é um espaço importante para tomada de decisões, de poder, e, nesse espaço, pretos e pardos estão sub-representados. Quanto maior a esfera de poder, menor a representação“, disse Crespo. “O que pode impulsionar uma campanha é a capacidade de financiamento, e quando se desagrega as campanhas se vê que aqueles candidatos que tiveram ao menos 1 milhão (de reais) de recursos para para a campanha, aí se tem menos pretos e pardos”. (Fonte: Site da UOL Economia, 13/11/2019)
– Desempregados com diplomas: entre o sucateamento do ensino superior e a especialização do trabalho
A culpa não é só da crise econômica, que levou o desemprego a 11,8% no terceiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, mas do perfil dos recém-formados. Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.
Os números de 2014, os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em seis ramos: comércio e administração; formação de professor e ciências da educação; saúde; direito; engenharia e computação. Ao olhar o que faziam os trabalhadores com ensino superior, o professor notou que os cargos não existiam na mesma proporção dos diplomas.
Para a professora Elisabete Adami, da Administração da PUC-SP, esse objetivo está ligado à ideia de que o diploma basta para ganhar mais. (Fonte: Site da BBC, 4/11/2016)
– O movimento antivacina é passageiro?
A história do movimento antivacina, de fato, é anterior ao desenvolvimento dos primeiros imunizantes e está associada a epidemias de varíola. Nos tempos antigos, a simples visão de pacientes com varíola causava medo e pânico. Era uma doença perigosa.
Vários líderes religiosos acreditavam que a varíola era uma punição de Deus e não deveria ser tratada. Alguns médicos se opuseram ao conceito de vacinação de Jenner. Foi nessa época que o movimento antivacinação começou a surgir, opondo-se aos Jennerites – seguidores do médico. As partes em conflito publicaram panfletos e tentaram usar jornais e tirinhas para ridicularizar seus oponentes.
No Brasil, o medo e a desinformação sobre a imunização, além de questões políticas, foram os combustíveis para a chamada Revolta da Vacina, entre 10 e 16 de novembro de 1904.
Em 1995, Andrew Wakefield, professor e consultor em gastroenterologia em uma escola de medicina em Londres, publicou um artigo na principal revista médica The Lancet, dizendo que a vacina contra o sarampo poderia causar a doença de Crohn (inflamação dos intestinos). Pesquisadores criticaram sua metodologia e descobriram que nem o sarampo nem a vacina contra o sarampo causaram a doença. Em janeiro de 2010, o Conselho Médico Geral do Reino Unido considerou Wakefield culpado de desonestidade e irresponsabilidade e de realizar procedimentos de que seus pacientes não precisavam (por exemplo, o médico realizou uma colonoscopia em crianças que os colegas julgaram desnecessária). (Fonte: Site da BBC, 15/01/2022)
– Uso de protetor solar: entre a ascensão de uma geração informada e os efeitos da falta de hábito da antiga geração
O sol pode ter um efeito muito negativo na pele, pois tem o potencial de danificar nossas células, o que pode levar a alguns tipos de câncer. Para minimizar os impactos dos raios ultravioleta (UV), existem os protetores e bloqueadores solares, além de roupas com ação antirradiação. Expor ao sol constantemente uma área desprotegida pode causar danos irreversíveis à pele. Uma imagem publicada no Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology mostrou uma diferença gritante entre uma região que recebeu filtros solares por 40 anos e outra que não estava protegida.
A foto mostra o rosto e o pescoço de uma mulher de 92 anos que supostamente usou hidratante com proteção UV no rosto, mas não no pescoço. O resultado é uma diferença marcante nos danos visíveis dos raios UV.
“Embora seja improvável que possamos (ou mesmo devamos) tentar derrotar o envelhecimento humano por várias razões, os modificadores do envelhecimento ainda serão capazes de mudar tanto o tempo de saúde (o tempo em que vivemos sem doenças) quanto o tempo de vida”, disse Posch em um comunicado. “Tais avanços serão realizados por uma redução significativa de doenças relacionadas à idade, incluindo a prevenção de câncer. Por quê? Porque há uma sobreposição substancial entre as características do câncer e as características do envelhecimento. Assim, abordar as mudanças biológicas do envelhecimento também abordará os pré-requisitos da cancerogênese”. (Fonte: Site Contilnet notícias, 03/09/2022)
– Aumento de cirurgias plásticas em jovens no Brasil: entre a pressão social e a responsabilidade parental
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem e, segundo o psicólogo Michel da Matta Simões, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, boa parte é motivada por demandas sociais “que exigem dessas pessoas mais do que elas podem ou se sentem capazes de oferecer”.
Para o psicólogo, as redes sociais desempenham um papel importante nesse processo de insatisfação, seja pelo alcance “que elas proporcionam quanto pelas possibilidades que elas oferecem”. Simões acredita que o universo virtual, ao veicular a ideia de corpo e estilo de vida perfeitos como algo real e concreto, cria padrões e ideais de beleza que são inatingíveis. “Todo esse mecanismo dificulta a integração daquilo que se tem a oferecer e torna os recursos pessoais de cada um insuficientes, porque, aquilo que é natural é imperfeito e, portanto, diferente daquilo que se posta e compartilha.”
O professor diz que os procedimentos cirúrgicos com fins estéticos são recomendados para jovens a partir dos 18 anos, quando possuem mais autonomia e maturidade para tomarem decisões. Mas, casos em que pessoas estão suscetíveis ao sofrimento do bullying escolar, além de “uma redução drástica de autoestima e qualidade de vida”, devem ser analisados separadamente. “Se a gente pensar que a definição de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é o estado de bem-estar físico, social, mental e psicológico, a cirurgia plástica nesses casos vai trazer uma melhora para a qualidade de vida do paciente, logo para a saúde”, analisa Coltro. (Fonte: Site da Universidade de São Paulo-USP, 11/01/2021)
- 3. Eixo do ambiente digital
– Analfabetismo digital: descaso da sociedade ou manipulação proposital?
Nos países emergentes, a educação online requer acesso a redes de informação, além da formação daqueles que irão conceber e aplicar competências ao modelo educacional online. Ou seja, além de aplicar as novas tecnologias à educação, devem ser desenhados novos cenários educativos onde os alunos possam aprender a movimentar-se e a intervir no novo espaço virtual. Esta não é uma conquista casual. É um erro presumir que as novas gerações alcançarão interações e competições virtuais de forma intuitiva. Na realidade, essas são habilidades que devem ser trabalhadas, caso contrário sofrerão paralisia ou atraso educacional. Contudo, as perspectivas podem ser difíceis em países que nem sequer eliminaram o analfabetismo.
O Estado deve ser o meio para fornecer políticas eficazes para erradicar o analfabetismo e, ao mesmo tempo, alcançar o acesso universal à educação através do uso de novas tecnologias de informação, sem diferenciar se existem programas online ou online. modelos presenciais. (Fonte: Site do MSN, 04/10/2023)
– Golpes na internet: o Governo é negligente em proteger a população?
Normalmente, não é uma tarefa simples atacar e fraudar dados em um servidor de uma instituição bancária ou comercial e, por este motivo, golpistas vêm concentrando esforços na exploração de fragilidades dos usuários. Utilizando técnicas de engenharia social e por diferentes meios e discursos, os golpistas procuram enganar e persuadir as potenciais vítimas a fornecerem informações sensíveis ou a realizarem ações, como executar códigos maliciosos e acessar páginas falsas. (Fonte: Site do Governo Federal, 21/12/2020)
– Nichos na internet: entre a aceitação social e o distanciamento da realidade
De acordo com o fundador da Grupos Internet S.A., Leandro Costa Schmitz, observa-se que cerca de 60% dos usuários são estudantes e que há grande número dos chamados grupos de apoio, em que pessoas se solidarizam e trocam informações e experiências sobre temas como doenças no trabalho, câncer, amamentação.
Há também grupos que se caracterizam pela condição fisiológica em comum. Um exemplo é o jornalista recém-formado Jean Schutz, cego, que percebendo a demora com que informações chegavam para pessoas com deficiências visuais, criou o grupo de discussões cegos@grupos.com.br. O grupo funciona há dois anos e possui 142 integrantes, que utilizam programas para adaptar o computador às suas necessidades especiais. Segundo Schutz, as discussões acontecem sobre os temas mais variados, com participantes de vários estados brasileiros, além de estrangeiros de Portugal e Argentina. O contato, diz ele, não se restringe somente à lista de discussão, e algumas vezes acontecem conversas por telefone.
Azevedo cita como algumas das vantagens dos fóruns de discussão: no plano objetivo, o apoio técnico dos outros membros na resolução de problemas específicos, constituindo uma rede de contatos que podem se tornar fornecedores ou solicitantes de serviços; e no plano subjetivo, o sentimento de pertencimento a um grupo e o reconhecimento de competências do indivíduo por outras pessoas do grupo. Mas há também desvantagens. A primeira delas é o excesso de mensagens que chegam na caixa de correio eletrônico, se a lista não dispor de servidor web que concentre as mensagens postadas. A segunda é a dispersão de um tema e a dificuldade de acompanhar uma discussão quando a lista possui muitos membros. (Site: Jornal da Tribuna, 17/08/2005)