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“Quincas Borba” de Machado de Assis – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Explique o que é a teoria do Humanitismo

Resposta possível – Criada pelo filósofo Quincas Borba, o Humanitismo tem como ideia uma entidade chamada Humanitas, a qual é uma força que se alimenta do que existe no mundo. Se há uma força que move os vencedores a vencerem e os perdedores a perderem, é o Humanitas. Apesar de ser esta a teoria na obra, a teoria é uma forma de zombaria de tantas outras teorias sociais da época (como o darwinismo social e o determinismo) que tentavam explicar de forma muito superficial e simples problemas sociais muito mais complexos, já que a teoria só beneficiava quem acreditava nela e quem tinha poder, ou até mesmo, dinheiro.

Pergunta 2 – Quais são as características presentes na obra do Realismo?

Resposta possível – A obra trata de vários aspectos sociais, como a importância da posse e das aparências e não da essência e do caráter das personagens. Da mesma maneira, é comum ver como algumas instituições (exército, igreja, política) estão decadentes e apenas se interessam por dinheiro e poder, tal qual as amizades e relações sociais presentes na obra. Como as relações sociais são muito importantes como pano de fundo e também da análise da sociedade, há também a ausência de maniqueísmo das histórias, pois é inserido informações necessárias ao contexto para que se entenda que as personagens não são inteiramente más ou boas. Por fim, a tentativa de mostrar uma teoria e comprová-la ao longo da narrativa (estratégia comum de Eça de Queirós em suas obras) é um outro aspecto do Realismo.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – O fim do século XIX e início do século XX foi marcado pela industrialização rápida da cidade do Rio de Janeiro e também dos estudos sociais de comportamento. Há um contraste entre a cidade de Barbacena, local que Rubião nasceu e é tão inocente da maldade alheia, com a cidade do Rio de Janeiro, que é importante ter bons aliados e muito dinheiro. Não só isso, mas a teoria do Humanitismo também se adiciona como uma ironia à crescente de tantas teorias sociais que tentavam explicar como os seres humanos se comportavam em sociedade, ignorando fatores legítimos como situação financeira, saúde, educação e simplificando demais a ponto de trazer respostas e explicações simples para problemas complexos.

Pergunta 4 – Cite diferenças da obra das características do Realismo

Resposta possível – Algumas diferenças da obra para as características do Realismo são: o narrador tece comentários, traz juízo de valor às personagens e usa o leitor para tecer comentários e conversas a respeito da narrativa, retirando a impessoalidade característica do Realismo; a obra muda de foco com as personagens na narrativa para que se torne mais interessante, saindo do traço objetivista e documental do Realismo; por fim, a linguagem ondula entre o poético e o irônico, apesar de ser uma característica de Machado de Assis, não é uma do período realista.

Pergunta 5 – Analise a ironia presente na obra

Resposta possível – A ironia pode estar presente principalmente em trechos que uma ação acontece e um comportamento ou reação não eram esperados. É bem comum que a reação comum se torne incomum e o incomum seja o comum em algumas ações irônicas. Ela pode ser encontrada também com o rumo da vida de algumas personagens, como Rubião que era pobre e continuou pobre, ou até Dona Tonica que ficou para casar e não se casou, e Teófilo que trabalhou tanto para apenas continuar trabalhando tanto em outro lugar sem ganhar uma promoção.

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“Marília de Dirceu” de Tomás António Gonzaga – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Quais os aspectos árcades e românticos da obra?

Resposta possível: A obra tem como principal pano de fundo o cortejo entre Dirceu, um pastor com muito gado e riqueza, e Marília, sua amada. Essa forma de romance pastoril é um dos aspectos do Arcadismo, tal qual também a linguagem simples e o uso de elementos da mitologia grega e romana (a citação do cupido e de outras entidades mitológicas) na composição. Apesar desta visão mais pastoril da parte 1, a parte 2 e 3 possuem um teor mais melancólico, com a tristeza do eu lírico como sentimento característico do Romantismo. Além disso, a mudança de perspectiva de uma visão de um futuro feliz para uma saudade ao passado e um desejo de escapismo reforçam os elementos presentes que estarão no Romantismo.

Pergunta 2 – Como é o posicionamento amoroso de Dirceu?

Resposta possível – Mesmo que não seja constante, há diferenças na demonstração do sentimento de Dirceu em cada uma das três partes. Na parte 1, ele assume um cortejo mostrando o quanto ele é rico e que podem aproveitar o dia, argumentando como nem o cupido pode fazer ele se apaixonar por outra mulher e o quanto Marília é muito mais bonita que todas as outras mulheres (reais ou até da mitologia romana e grega). Na parte 2, Marília é uma espécie de refúgio de um presente e futuro tenebroso que aguarda o eu lírico, ele lamenta o estado que se encontra e como não é tão mais rico como antes, mas tem a certeza que reencontrará Marília. Na parte 3, Dirceu assume um amor racional, argumentando como o amor dele segue uma linha de raciocínio em vez de ser apenas impulso sentimental.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – A parte 1 foi escrita anterior aos acontecimentos da Inconfidência Mineira, uma tentativa de um movimento com ideais separatista da corte portuguesa. A parte 2 acontece enquanto é se dado o julgamento dos inconfidentes, presos pelo crime de infidelidade à corte. A parte 3 ocorre em seu exílio, que foi uma mudança de sua sentença, a qual era antes a morte. Cada uma das partes adiciona um sentimento na escrita, sendo a parte 1 mais positiva e com ideias de um futuro próspero, a parte 2 com um saudosismo do passado e lamento de um futuro sombrio, e a parte 3 com uma ausência de exagero amoroso e uma melancolia de não poder se mudar o passado e aceitá-lo como é.

Pergunta 4 – Quais as figuras de linguagem utilizadas na obra?

Resposta possível – As figuras de linguagem mais destacáveis são: metáfora (comparação de simbologia entre dois elementos); comparação (uso de conectivos linguísticos que fazem uma metáfora); assonância (repetição de sons vocálicos); aliteração (repetição de sons consonantais); hipérbole (exaltação e exagero de uma ideia); elipse (omissão de uma parte da frase); hipérbato (inversão da ordem sintática das frases).

Pergunta 5 – Quais os aspectos que distanciam a obra do Arcadismo e do Romantismo?

Resposta possível – Alguns aspectos que afastam a obra do Arcadismo é o uso do ambiente e da natureza como símbolos de sentimentos de tristeza e melancolia, além do uso do sentimentalismo exagerado de amor. Ademais, outros aspectos que afastam a obra do Romantismo são a racionalização do sentimento amoroso, e a amada que foi alcançada, porém, se encontra afastada do eu lírico.

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ENEM ENEM 2023 Redação ENEM

Tema de Redação do ENEM de 2023 – “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”

O tema de redação do ENEM de 2023 foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. A seguir, você pode conferir os textos motivadores do tema:

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ENEM ENEM 2023 Redação ENEM

Possíveis Temas de Redação para o ENEM de 2023

Os temas estão separados em 4 eixos temáticos e na seguinte ordem: saúde; meio ambiente; crianças e adolescentes; direitos negligenciados. Dentro de cada eixo, foram propostos 3 temas, com um texto explicativo de cada um a seguir:

  1. Doação de órgãos

Para dar destaque à importância da doação de órgãos, o Ministério da Saúde criou em 2007 o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. Em extensão, criou o Setembro Verde para conscientizar a sociedade sobre a doação de órgãos, tecidos e células. O sistema público de saúde do Brasil lidera o ranking mundial, com o maior número de transplantes realizados. Essa conquista só foi possível após a implementação da Lei nº 9.434, criada em 1997, que passou a permitir a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo para fins de transplante e tratamento. 
Em alguns casos, o transplante ocorre ainda em vida, quando o doador é o responsável pela anuência da transferência. Em outras situações, ela pode ocorrer depois do falecimento da pessoa, mas nesse caso a família é responsável por dar o aceite.  No País, a doação ainda é tratada como tabu, por vezes, por falta de informação e pouca discussão sobre o assunto. Em 2020, devido à pandemia, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgou que o número de doações caiu e a taxa de mortalidade de quem está na fila de espera aumentou de 10% a 30%. Além desses, tecidos como córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias. Assim, um único doador pode beneficiar várias pessoas que aguardam na fila do transplante. 
Como as doações depois da morte dependem da família, o Ministério incentiva que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Atualmente já existem carteiras de doação, em que o possível doador formaliza a sua decisão com a finalidade de facilitar que a família tome a decisão. 
(Fonte: Site do Estadão, 25.09.2021. Adaptado)

2. Violência contra o trabalhador da área de saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência como o uso intencional (mediante ameaça ou concretização) de força ou poder dirigido a outra pessoa, grupo ou comunidade, que resulta numa probabilidade elevada de causar sofrimento, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado, privação ou morte. A violência e o assédio no local de trabalho dos profissionais de saúde não é novidade e já causam preocupações há um tempo. Infelizmente, a taxa de profissionais de saúde agredidos no Brasil é alta. 
De acordo com um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a ONG “Mexeu Com Um, Mexeu Com Todos”, divulgado em 2020, cerca de 80% dos médicos brasileiros relataram ter sofrido algum tipo de violência no exercício da profissão. O estudo também apontou que a violência verbal foi a mais frequente (74,4%), seguida da violência física (25,2%) e da violência psicológica (13,6%).
(Fonte: Site do Sanar, 11.04.2023. Adaptado)

3. Violência obstétrica
Violência obstétrica é o termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde durante a gestação, na hora do parto, nascimento ou pós-parto. Os maus tratos podem incluir violência física ou psicológica, podendo fazer da experiência do parto um momento traumático para a mulher ou o bebê.
A violência obstétrica está relacionada não apenas ao trabalho de profissionais de saúde, mas também a falhas estruturais de clínicas, hospitais e do sistema de saúde como um todo.
Procedimentos desnecessários ou não autorizados pela gestante também se encaixam no quadro de violência obstétrica. A paciente não pode ser desrespeitada ou não informada sobre quaisquer procedimentos. Entre os exemplos: Abusos físico, sexual ou verbal; Discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas; Más condições do sistema de saúde, como falta de recursos; Recusa na oferta de tratamentos à gestante ou ao bebê; Não informar a paciente sobre procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma.
(Fonte: Site do G1, 12.12.2021. Adaptado.)

4. Lixo eletrônico
No mundo, foram gerados o equivalente a 4,5 mil Torres Eiffel de lixo eletrônico (44,7 milhões de toneladas) nesse mesmo ano. Até 2021, a previsão é que esse número suba para 52,2 milhões de toneladas por ano. A obsolescência programada, também chamada de obsolescência planejada, é uma técnica utilizada por fabricantes para forçar a compra de novos produtos. Mesmo que os que você já tem estejam em perfeitas condições de funcionamento. Ela consiste em fabricar itens que já possuem a duração de sua vida útil previamente estabelecida.
(Fonte: Site do Ecycle)

5. Reaproveitamento de água
Lei que obriga o governo federal a estimular o uso de água das chuvas e o reaproveitamento não potável das águas cinzas foi publicada no Diário Oficial da União. São chamadas “cinzas” as águas usadas em chuveiros, pias, tanques e máquinas de lavar.
Segundo a Lei 14.546/23, a prática deve ser estimulada em novas edificações e atividades paisagísticas, agrícolas, florestais e industriais. A norma altera a Lei do Saneamento Básico e tem origem no projeto de Lei 4.109/12, do ex-deputado Laercio Oliveira (SE), aprovado pela Câmara em 2019.  
Embora a medida não especifique as formas de estímulo, o dispositivo legal estabelece que os reservatórios destinados a acumular águas das chuvas e águas cinzas devem ser distintos da rede de água proveniente do abastecimento público.
Além disso, a lei determina que essas águas devem passar por processo de tratamento que assegure a utilização segura, previamente à acumulação e ao uso na edificação.
(Fonte: Agência Brasil, 06.04.2023. Adaptado.)  

6. Recuperação ambiental
O conceito da recuperação ambiental, de forma simplificada e intuitiva, é associado a intervenções realizadas com intuito de restituir as condições de um ambiente natural degradado ou alterado a um estado próximo ao seu original, em parte ou em sua totalidade.
Previsto inicialmente como um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente, e ainda presente em diversas normas infralegais, a Recuperação Ambiental tem na definição do Decreto nº 8972/17 uma das mais específicas e atuais, que considera recuperação ou recomposição da vegetação nativa a “restituição da cobertura vegetal nativa por meio de implantação de sistema agroflorestal, de reflorestamento, de regeneração natural da vegetação, de reabilitação ecológica e de restauração ecológica”. Este mesmo Decreto traz a definição de outros conceitos atrelados à recuperação ou recomposição da vegetação nativa, sendo recuperação entendida como o conceito basilar e os demais como ‘modalidades’ ou ‘tipologias’ que explicariam a forma que ela poderá ser conduzida.
O termo “recuperação ambiental” pode ainda ser utilizado de forma mais ampla, associado a diversas soluções reparatórias por danos ou impactos a outros atributos naturais, como à fauna, à pesca ou à qualidade ambiental, de forma geral.
(Fonte: Site do Governo, 02.12.2022. Adaptado.)

7. Cirurgia plástica em jovens
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem e, segundo o psicólogo Michel da Matta Simões, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, boa parte é motivada por demandas sociais “que exigem dessas pessoas mais do que elas podem ou se sentem capazes de oferecer”.
Somente nos últimos dez anos, houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos, segundo a SBCP. Entre as cirurgias mais procuradas estão os implantes de silicone, a rinoplastia e a lipoaspiração. Para o psicólogo Michel Simões, essa procura está muito ligada a um conflito entre aquilo que os indivíduos gostariam de ser e o que é exigido para que se considerem ajustados à sociedade. Diz que a insatisfação com a própria imagem vem da infelicidade causada por “dificuldades em se sentir capaz ou insuficiente para lidar com o mundo, a sociedade e a realidade de uma forma geral”. 
Para o psicólogo, as redes sociais desempenham um papel importante nesse processo de insatisfação, seja pelo alcance “que elas proporcionam quanto pelas possibilidades que elas oferecem”. Simões acredita que o universo virtual, ao veicular a ideia de corpo e estilo de vida perfeitos como algo real e concreto, cria padrões e ideais de beleza que são inatingíveis. “Todo esse mecanismo dificulta a integração daquilo que se tem a oferecer e torna os recursos pessoais de cada um insuficientes, porque, aquilo que é natural é imperfeito e, portanto, diferente daquilo que se posta e compartilha.”
(Fonte: Site do Jornal da USP, 12.06.2023. Adaptado.)

8. Alienação parental
A alienação parental é qualquer interferência na formação psicológica da criança, promovida por genitores, avós, familiares ou qualquer outra pessoa que tenha autoridade sobre ela. Portanto, qualquer pessoa que pratique a desqualificação de um ou ambos os genitores, poderá ser responsabilizada pela prática da alienação parental, independente de residirem sob o mesmo teto que a criança alienada ou não.
(Fonte: Site do JusBrasil, 19.10.2020. Adaptado.)

9. Evasão escolar
Entre as dificuldades que separam crianças e adolescentes dos estudos estão a pobreza, a falta de acesso à escola e problemas de estrutura nos municípios. O Unicef identificou os quatro motivos mais comuns: tem criança que não vai para escola por falta de vagas na educação infantil ou porque não tem transporte, e adolescentes que trocam o estudo pelo trabalho ou pela maternidade.
(Fonte: Site do G1, 07.08.2023. Adaptado)

10. Violência doméstica
De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
(Fonte: Site do Instituto Maria da Penha)

11. Culturas de matriz africana
A cultura afro-brasileira desempenha papel significativo em nossa sociedade e influencia diversos aspectos da vida cultural, artística, religiosa e política do país. As influências da cultura africana no Brasil estão presentes em nossas vidas de várias formas, com um papel importante na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. 
A inclusão da cultura e história afro-brasileira no currículo escolar é uma forma de contribuir para a construção de uma consciência crítica em relação às questões raciais. Aliás, a lei 10.639/2003, que determinou o ensino obrigatório sobre a história e a cultura afro-brasileira nas escolas, completou 20 anos agora em 2023. Na BNCC, a temática sobre racismo e cultura afro-brasileira está contemplada nas áreas de Linguagens e suas Tecnologias (competência 3) e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (competência 5).
(Fonte: Site do Instituto Nacional do Ensino)

12. Proteção trabalhista aos esportistas
De antemão, saiba que aos atletas profissionais é aplicada a Lei n° 9.615/1998, popularmente conhecida como “Lei Pelé”. Sendo ela complementar as regras trabalhistas dispostas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A Lei Pelé surgiu como uma forma de regular os detalhes que envolvem a relação entre os atletas e instituições desportivas, classificando-a como uma relação de emprego. Ou seja, essa lei tem um importante papel para regulamentação e proteção das atividades profissionais dos atletas. 
De antemão, para poder ocorrer uma competição entre atletas profissionais com o fim de obter rendimentos, os clubes devem ter empresa constituída.
Ainda, os atletas devem possuir o respectivo contrato de trabalho desportivo com esses clubes. Ou seja, deve ser formalizada a relação empregatícia, clube e atleta, com os seus direitos e deveres, inclusive acerca da remuneração.
(Fonte: Site Nicoli Sociedade de Advogados, 23.01.2023. Adaptado)

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Tema de Redação do ENEM de 2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”

O tema do ENEM de 2020 foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Foi a primeira vez que o ENEM pediu um tema relacionado à área de saúde.

Você pode conferir os textos motivadores no PDF ou a seguir:

Texto I
A maior parte das pessoas, quando ouve falar em “saúde mental”, pensa em “doença mental”. Mas a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente
uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

Texto II
A origem da palavra “estigma” aponta para marcas ou cicatrizes deixadas por feridas. Por extensão, em um período que remonta à Grécia Antiga, passou a designar também as marcas feitas com ferro em brasa em criminosos, escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade “correta” e “honrada”. Essa mesma
palavra muitas vezes está presente no universo das doenças psiquiátricas. No lugar da marca de ferro, relegamos preconceito, falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves.
Achar que a manifestação de um transtorno mental é “frescura” está relacionado a um ideal de felicidade que não é igual para todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria distância dos sentimentos reais, e quem os demonstra é rotulado, o que progressivamente dificulta a interação social. É aqui que redes sociais de enorme popularidade mostram uma face cruel, desempenhando um papel de validação da vida perfeita e criando um ambiente em que tudo deve ser mostrado em seu melhor ângulo. Fora dos holofotes da internet, porém, transtornos mentais mostram-se mais presentes do que se imagina.
http://www.abrata.org.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

Texto III

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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Redação UEA

Tema de Redação da UEA SIS 3 de 2023 – “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”

O tema de redação da UEA SIS 3 de 2023 foi “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”.
O SIS é uma outra forma de ingresso para a UEA que conta com um vestibular em três etapas, acompanhando cada ano do ensino médio.

Você pode conferir os textos motivadores a seguir:

Texto 1

(Marília Marz. https://fotografia.folha.uol.com.br)

Texto 2


Segundo o professor Luiz Herculano de Sousa Guilherme, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o racismo “é um conjunto de ideias, pensamentos e ações que parte do pressuposto da existência de raças superiores e inferiores. Consiste em uma atitude depreciativa e discriminatória em relação a
um grupo social ou étnico”.


(Blog do IFSC. “Entendendo o racismo”. www.ifsc.edu.br, 24.11.2021. Adaptado.)


Texto 3


A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol em 21 de maio de 2023, mostra que este não é um fato isolado. Em outro jogo, torcedores do Atlético de Madrid fizeram um boneco do mesmo atacante sendo enforcado, em referência a práticas supremacistas brancas. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas brasileiros no futebol europeu. Em 2022, uma banana foi
atirada no campo após um gol de Richarlison em um jogo do Brasil contra a Tunísia, em Paris.
O racismo no esporte mais popular do mundo, porém, não se limita à Europa. No Brasil, a prática avança de maneira preocupante. Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de
ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%.


(Lincoln Chaves. “Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 24.05.2023. Adaptado.)

Texto 4

Os códigos disciplinares do futebol definem que clubes e federações podem ser penalizados por atos discriminatórios cometidos por torcedores. Ainda é uma polêmica definir quem deve ser punido (judicial e esportivamente): apenas a pessoa que cometeu o ato, caso seja identificada; ou se o clube a que ela pertença também deve responder pelo crime.
O código disciplinar brasileiro prevê, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil, a perda de pontos no campeonato em que a manifestação ocorreu. Há, porém, um detalhe no texto do artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que trata da perda de pontos: diz ele que a punição ocorrerá se a “infração prevista neste artigo for praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. Por isso que, em caso de torcedor isolado cometendo ato discriminatório, a punição mais provável seja a multa. A Justiça desportiva também tem absolvido clubes que identificaram as pessoas que realizaram os crimes.

(Marcel Rizzo. “Racismo: leis esportivas preveem punições a clubes por atos de torcedores”. www.uol.com.br, 18.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:


Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?

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Redação UEA Redação UEA SIS 2

Tema de Redação da UEA SIS 2 de 2023 – “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”

O tema de redação da UEA sis 2 de 2023 foi “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”.

Você pode conferir os textos motivadores no link do PDF ou a seguir:

Texto 1

Texto 2
Os zoológicos são uma oportunidade única de observar e aprender sobre os animais selvagens, e isso sempre gerou um fascínio importante no ser humano. Por se tratar de locais de lazer, podem informar o público com a composição de ambientes atraentes e divertidos. Entretanto, um bom zoológico é responsável não só por informar. mas também por educar e conscientizar o público sobre a importância de proteger a biodiversidade
À medida que a sociedade se conscientizou sobre o bem-estar animal e a conservação da diversidade biológica, passou a não gostar de manter animais selvagens em cativeiro apenas para o entretenimento. Isso significa que, cada vez mais, os zoológicos são obrigados a justificar o cativeiro, alem do entretenimento do público, não se limitando a abrigar animais selvagem, mas sendo ativos na preservação da biodiversidade mundial.
(Érica Terrón Gonzáles. “Zoológicos como aliados da biodiversidade”. http://meusanimais.com.br , 21.12.2022. Adaptado)

Texto 3
Juntos, zoológicos e aquários no Brasil atraem cerca de 20 milhões de visitantes por ano. Pesquisadores que defendem a manutenção de zoológicos acreditam que essas instituições ajudam a conscientizar a população sobre a importância de preservar a biodiversidade, auxiliando inclusive na conservação de animais ameaçados, pois muitos zoológicos têm programas específicos para promover a reprodução e manutenção de espécies em extinção. Além disso, a receita gerada com ingressos de visitantes financia também atividades de conservação, pesquisa e educação.
(Patrícia Figueiredo. “Em defesa de espécies ameaçadas, ativistas dão argumentos a favor e contra os zoológicos.”. https:// g1.globo.com , 26.02.2019. Adaptado.)

Texto 4
Em julho de 2022, a organização não governamental (ONG) “Os Animais Importam” protocolou uma ação civil pública contra a visitação noturna disponibilizada pelo Zoológico de São Paulo. A requerente alega que permitir a circulação do público durante a noite impede os animais de descansarem. “A visitação durante o dia já causa
por si só estresse aos animais lá mantidos, mais ainda em período noturno, momento que deveria ser destinado ao repouso e sossego desses animais”
assegura a ONG.
O Zoológico de São Paulo afirma que atua com base em evidências e diretrizes internacionais de conservação: “todo cuidado animal do Zoológico de São Paulo é baseado em metodologia científica, realizado a monitorado por uma grande e multidisciplinar equipe com especialização no manejo e cuidado de animais selvagens, além de educadores focados em ações de educação visando à preservação da biodiversidade”.
Leandro Ferro, presidente da ONG, criticou a existência de zoológicos. “Esses pobres animais são usados como ativos turísticos e de diversão. A ciência já provou que os animais podem sentir emoções, sofrer e criar laços de forma até mais
complexa que os seres humanos. Nos zoos, eles estão mais para uma coleção de arte em um museu vivo” garante Ferro.
Não é a primeira vez que a entidade entra com uma ação contra o Zoológico de São Paulo. Em 2021, o tema do requerimento foi a transferência do orangotango Sansão para um santuário, local sem fins lucrativos onde animais são reabilitados. O animal está isolado em seu recinto no zoológico de aproximadamente 30 metros quadrados há mais de três anos.
(Bruno Lucca. “ONG entra com ação contra visitação noturna no Zoológico de SP”. www.folha.uol.com.br, 28.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos escreva um texto expositivo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
ZOOLÓGICOS: PRESERVAÇÃO OU DESRESPEITO AOS ANIMAIS?


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Redação UEA

Tema de Redação da UEA de 2023 – “É possível viver a democracia em um país tão desigual como o Brasil?”

O tema de redação da UEA 2024 foi “É possível viver a democracia em um país tão desigual como o Brasil?”. A prova, realizada em 2023, que garante o acesso à universidade em 2024, teve o tema com uma pergunta, semelhante ao tema do ano anterior (“O ativismo digital pode mudar positivamente a sociedade brasileira?”). Você pode conferir os textos motivadores a seguir:

Texto I
Democracia: sistema ou regime que se baseia na ideia
da soberania popular e na distribuição equilibrada do poder, e que se caracteriza pelo direito ao voto, pela divisão dos poderes e pelo controle dos meios de decisão e execução.
No Brasil, afora dois períodos em que não foi exercida com sistema de representação direta (1937-1945, 1964-1985), a partir da independência, consolidou-se como princípio e como realidade, conforme o artigo 1o
da Constituição de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
(www.aulete.com.br. Adaptado.)

Texto II
A crise da democracia contemporânea é um dos principais temas sobre o qual tem se debruçado a teoria política nas primeiras décadas do século 21. Em entrevista concedida à Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV – Fiocruz), a cientista política Céli Pinto, professora emérita da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que o Brasil, um país rico mas com grande desigualdade social, dificilmente vai ter uma
democracia robusta, pois, para isso, precisa de alguma igualdade. Segundo a pesquisadora, o que se vê com o neoliberalismo é justamente o oposto: “existe uma relação bastante grande entre diminuição da democracia, inclusive dos valores democráticos, com aumento da desigualdade social, porque nesse caso teria mais possibilidade de ascensão de um líder carismático e populista, na defesa de que a democracia é
um sistema que não atende aos interesses das pessoas. As
grandes desigualdades sociais são muito propícias a regimes antidemocráticos. Em contrapartida, quanto mais igualdade social, maior é a possibilidade de haver democracia”, defende a professora.
(Redação – EPSJV/Fiocruz. “Uma democracia robusta precisa de alguma igualdade social”. www.epsjv.fiocruz.br, 29.09.2022. Adaptado.)

Texto III

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Redação UEA

Tema de Redação da UEA de 2021 – “Floresta Amazônica: Entre os Benefícios do Agronegócio e os Malefícios do Desmatamento”

O tema de redação da UEA de 2021 foi “Floresta Amazônica: entre os benefícios do agronegócio e os malefícios do desmatamento”. A seguir, você pode acompanhar os textos motivadores do tema da UEA 2022, realizada no ano de 2021. Você pode conferir os textos motivadores neste link ou vê-los na íntegra abaixo.

Texto 1

O agronegócio (1) surpreendeu em 2020. O setor teve um crescimento de 24,31% no número de contratações em relação a 2019 e bateu recorde com cerca de 62 mil novos empregos com carteira assinada, em um ano em que a taxa de desemprego chegou a 14,1%, segundo o IBGE. A área com maior número de contratações foi a da agricultura, seguida pela de criação de gado e de aves.
Para a professora Elaine Toldo Pazello, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da Universidade de São Paulo (USP), a razão desse aumento no número de contratações foi a alta nas exportações de grãos em 2020, “explicadas pela desvalorização da nossa moeda e valorização do dólar”.
De acordo com Borges Matias, professor de Administração Financeira, aposentado pela FEA-RP, o crescimento do setor tem sido grande, gerando não só empregos, mas também a criação de novas tecnologias e mais especializações na área. A previsão para 2021 é positiva, diz o professor, e pode transformar o Brasil no maior exportador de grãos do mundo nos próximos dois anos.

(Léia Coelho. “Agronegócio surpreende e bate recorde no número de contratações em 2020”. https://jornal.usp.br, 25.03.2021. Adaptado.) (1) agronegócio: todas as atividades econômicas que se relacionam com a produção e a comercialização de produtos derivados da agricultura e da pecuária.

Texto 2

Cinco estados brasileiros enfrentam o que já é considerada a pior seca em 91 anos. O déficit de chuvas atual já é considerado severo, segundo o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que representa o comitê de órgãos do governo federal. O alerta emitido vale para os estados que se localizam na bacia do Rio Paraná: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Mas por que tem chovido menos?
De acordo com o cientista Paulo Artaxo, doutor em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da Amazônia há 37 anos, “estamos em uma trajetória que está colocando em xeque a economia brasileira. A economia quase que exclusivamente baseada em carne e soja pode não ser mais viável em 10 anos. Qual é o futuro do Brasil que queremos? O futuro como exportadores de carne e soja está comprometido”, afirma.
O desmatamento da Amazônia é uma das causas para chover menos na região central do Brasil. Uma das provas disso aconteceu em agosto de 2019, quando uma chuva preta caiu na capital paulista e o dia “virou noite”. Na época, a fumaça proveniente de queimadas na região amazônica, dos estados do Acre e Rondônia e da Bolívia, chegou a São Paulo pela ação dos ventos, o que causou a chuva preta e a escuridão na capital.
Esses ventos que muitas vezes trazem chuva para São Paulo vêm da região equatorial do Oceano Atlântico e são chamados de ventos alísios. Eles trazem a umidade do oceano no sentido leste a oeste e, chegando na Amazônia, essa umidade se precipita em forma de chuva. Essa chuva hidrata o solo e é absorvida pelas raízes mais profundas das grandes árvores, que são essenciais nesse processo. As árvores drenam a umidade e, por meio da transpiração, devolvem a umidade para o ar, de forma que o ciclo de umidade e chuva vai se repetindo levado pelos ventos, de acordo com Pedro Luiz Cortês, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP. “A soja ou a pastagem, por exemplo, não têm raízes profundas e não conseguem desempenhar o mesmo papel. Com a intensificação do desmatamento, a floresta corre o risco de entrar em um ciclo em que perde a capacidade de manutenção da umidade atmosférica e esse processo pode tornar-se irreversível”, explica.
Mesmo que a floresta seja restaurada, demoram-se anos para que as árvores criem raízes profundas para desempenhar o mesmo papel das que vêm sendo devastadas. Uma plantação de soja não desempenha o mesmo papel da floresta nativa.

(Bárbara Muniz Vieira. “Entenda por que está chovendo menos no Brasil e se há risco de nova crise hídrica em SP”. https://g1.globo.com, 14.06.2021. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Floresta Amazônica: entre os benefícios do agronegócio e os malefícios do desmatamento

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UEA 2024 – Sugestões de temas de redação para estudar

Visando ajudar os alunos com a redação da UEA no ano de 2023 para a UEA edição 2024, tanto Macro quanto SIS, fiz uma coletânea de 3 eixos temáticos com 9 temas. Obviamente, quero deixar claro que acho muito mais valioso saber como argumentar é muito melhor do que saber de um tema de antemão.

Veja os eixos temáticos e os temas:

  • 1. Eixo de educação

– O aumento do analfabetismo na sociedade brasileira: entre a culpa do Estado e da sociedade

Texto para leitura:

Em 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o objetivo de ressaltar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial. 

Alfabetizar todos os brasileiros desde o início de sua trajetória escolar é um dos maiores desafios político-educacionais do Brasil. Por essa razão, o Governo Federal criou, em janeiro de 2019, a Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação, e instituiu, em abril do mesmo ano, por meio do Decreto nº 9.765, de 11 de abril de 2019, a Política Nacional de Alfabetização (PNA). 

As ações realizadas pela Secretaria de Alfabetização do Ministério da Educação, em atendimento à PNA, focam na participação de docentes, famílias, escolas, redes de ensino e do poder público, visando à elevação da qualidade da alfabetização e ao combate do analfabetismo em todo o território brasileiro.

Sabendo que a aprendizagem da linguagem oral, da leitura e da escrita começa em casa, na convivência entre pais e filhos e seguindo as diretrizes da PNA, o Ministério da Educação, por meio da Sealf, lançou o programa Conta pra Mim, que tem como objetivo a ampla promoção da Literacia Familiar. (Fonte: Site do Governo Federal, 08/09/2022)

– Negros são maioria em universidades: as cotas devem deixar de existir?

“É a primeira vez que temos mais pretos e pardos nas universidades públicas do que brancos. Isso mostra um acerto da política de cotas, mas ainda há avanços que precisam ser conquistados“, avaliou o pesquisador Cláudio Crespo, do IBGE.
No mercado de trabalho, no entanto, 64,1% dos desempregados eram negros ou pardos em 2018, e 66,1% eram subutilizados (trabalhavam menos horas do que gostariam). Além disso, somente 29,8% dos negros ou pardos ocupavam cargos gerenciais, e dos 10% mais pobres do país, 75,2% eram negros ou pardos. O levantamento também apontou que os índices de violência aumentaram em 2017 para negros e pardos. Negros e pardos também são sub-representados no Parlamento brasileiro, de acordo com a pesquisa do IBGE. Apesar de representarem 55,9% da população brasileira, o Congresso tinha apenas 24,4% de negros ou pardos em 2018. “Esse é um espaço importante para tomada de decisões, de poder, e, nesse espaço, pretos e pardos estão sub-representados. Quanto maior a esfera de poder, menor a representação“, disse Crespo. “O que pode impulsionar uma campanha é a capacidade de financiamento, e quando se desagrega as campanhas se vê que aqueles candidatos que tiveram ao menos 1 milhão (de reais) de recursos para para a campanha, aí se tem menos pretos e pardos”. (Fonte: Site da UOL Economia, 13/11/2019)

– Desempregados com diplomas: entre o sucateamento do ensino superior e a especialização do trabalho

A culpa não é só da crise econômica, que levou o desemprego a 11,8% no terceiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, mas do perfil dos recém-formados. Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.
Os números de 2014, os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em seis ramos: comércio e administração; formação de professor e ciências da educação; saúde; direito; engenharia e computação. Ao olhar o que faziam os trabalhadores com ensino superior, o professor notou que os cargos não existiam na mesma proporção dos diplomas.
Para a professora Elisabete Adami, da Administração da PUC-SP, esse objetivo está ligado à ideia de que o diploma basta para ganhar mais. (Fonte: Site da BBC, 4/11/2016)

  • 2. Eixo de saúde

– O movimento antivacina é passageiro?

A história do movimento antivacina, de fato, é anterior ao desenvolvimento dos primeiros imunizantes e está associada a epidemias de varíola. Nos tempos antigos, a simples visão de pacientes com varíola causava medo e pânico. Era uma doença perigosa.
Vários líderes religiosos acreditavam que a varíola era uma punição de Deus e não deveria ser tratada. Alguns médicos se opuseram ao conceito de vacinação de Jenner. Foi nessa época que o movimento antivacinação começou a surgir, opondo-se aos Jennerites – seguidores do médico. As partes em conflito publicaram panfletos e tentaram usar jornais e tirinhas para ridicularizar seus oponentes.
No Brasil, o medo e a desinformação sobre a imunização, além de questões políticas, foram os combustíveis para a chamada Revolta da Vacina, entre 10 e 16 de novembro de 1904.
Em 1995, Andrew Wakefield, professor e consultor em gastroenterologia em uma escola de medicina em Londres, publicou um artigo na principal revista médica The Lancet, dizendo que a vacina contra o sarampo poderia causar a doença de Crohn (inflamação dos intestinos). Pesquisadores criticaram sua metodologia e descobriram que nem o sarampo nem a vacina contra o sarampo causaram a doença. Em janeiro de 2010, o Conselho Médico Geral do Reino Unido considerou Wakefield culpado de desonestidade e irresponsabilidade e de realizar procedimentos de que seus pacientes não precisavam (por exemplo, o médico realizou uma colonoscopia em crianças que os colegas julgaram desnecessária). (Fonte: Site da BBC, 15/01/2022)

– Uso de protetor solar: entre a ascensão de uma geração informada e os efeitos da falta de hábito da antiga geração

O sol pode ter um efeito muito negativo na pele, pois tem o potencial de danificar nossas células, o que pode levar a alguns tipos de câncer. Para minimizar os impactos dos raios ultravioleta (UV), existem os protetores e bloqueadores solares, além de roupas com ação antirradiação. Expor ao sol constantemente uma área desprotegida pode causar danos irreversíveis à pele. Uma imagem publicada no Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology mostrou uma diferença gritante entre uma região que recebeu filtros solares por 40 anos e outra que não estava protegida.
A foto mostra o rosto e o pescoço de uma mulher de 92 anos que supostamente usou hidratante com proteção UV no rosto, mas não no pescoço. O resultado é uma diferença marcante nos danos visíveis dos raios UV.
“Embora seja improvável que possamos (ou mesmo devamos) tentar derrotar o envelhecimento humano por várias razões, os modificadores do envelhecimento ainda serão capazes de mudar tanto o tempo de saúde (o tempo em que vivemos sem doenças) quanto o tempo de vida”, disse Posch em um comunicado. “Tais avanços serão realizados por uma redução significativa de doenças relacionadas à idade, incluindo a prevenção de câncer. Por quê? Porque há uma sobreposição substancial entre as características do câncer e as características do envelhecimento. Assim, abordar as mudanças biológicas do envelhecimento também abordará os pré-requisitos da cancerogênese”. (Fonte: Site Contilnet notícias, 03/09/2022)

– Aumento de cirurgias plásticas em jovens no Brasil: entre a pressão social e a responsabilidade parental
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem e, segundo o psicólogo Michel da Matta Simões, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, boa parte é motivada por demandas sociais “que exigem dessas pessoas mais do que elas podem ou se sentem capazes de oferecer”.
Para o psicólogo, as redes sociais desempenham um papel importante nesse processo de insatisfação, seja pelo alcance “que elas proporcionam quanto pelas possibilidades que elas oferecem”. Simões acredita que o universo virtual, ao veicular a ideia de corpo e estilo de vida perfeitos como algo real e concreto, cria padrões e ideais de beleza que são inatingíveis. “Todo esse mecanismo dificulta a integração daquilo que se tem a oferecer e torna os recursos pessoais de cada um insuficientes, porque, aquilo que é natural é imperfeito e, portanto, diferente daquilo que se posta e compartilha.”
O professor diz que os procedimentos cirúrgicos com fins estéticos são recomendados para jovens a partir dos 18 anos, quando possuem mais autonomia e maturidade para tomarem decisões. Mas, casos em que pessoas estão suscetíveis ao sofrimento do bullying escolar, além de “uma redução drástica de autoestima e qualidade de vida”, devem ser analisados separadamente. “Se a gente pensar que a definição de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é o estado de bem-estar físico, social, mental e psicológico, a cirurgia plástica nesses casos vai trazer uma melhora para a qualidade de vida do paciente, logo para a saúde”, analisa Coltro. (Fonte: Site da Universidade de São Paulo-USP, 11/01/2021)

  • 3. Eixo do ambiente digital

– Analfabetismo digital: descaso da sociedade ou manipulação proposital?

Nos países emergentes, a educação online requer acesso a redes de informação, além da formação daqueles que irão conceber e aplicar competências ao modelo educacional online. Ou seja, além de aplicar as novas tecnologias à educação, devem ser desenhados novos cenários educativos onde os alunos possam aprender a movimentar-se e a intervir no novo espaço virtual. Esta não é uma conquista casual. É um erro presumir que as novas gerações alcançarão interações e competições virtuais de forma intuitiva. Na realidade, essas são habilidades que devem ser trabalhadas, caso contrário sofrerão paralisia ou atraso educacional. Contudo, as perspectivas podem ser difíceis em países que nem sequer eliminaram o analfabetismo.
O Estado deve ser o meio para fornecer políticas eficazes para erradicar o analfabetismo e, ao mesmo tempo, alcançar o acesso universal à educação através do uso de novas tecnologias de informação, sem diferenciar se existem programas online ou online. modelos presenciais. (Fonte: Site do MSN, 04/10/2023)

– Golpes na internet: o Governo é negligente em proteger a população?
Normalmente, não é uma tarefa simples atacar e fraudar dados em um servidor de uma instituição bancária ou comercial e, por este motivo, golpistas vêm concentrando esforços na exploração de fragilidades dos usuários. Utilizando técnicas de engenharia social e por diferentes meios e discursos, os golpistas procuram enganar e persuadir as potenciais vítimas a fornecerem informações sensíveis ou a realizarem ações, como executar códigos maliciosos e acessar páginas falsas. (Fonte: Site do Governo Federal, 21/12/2020)

– Nichos na internet: entre a aceitação social e o distanciamento da realidade

De acordo com o fundador da Grupos Internet S.A., Leandro Costa Schmitz, observa-se que cerca de 60% dos usuários são estudantes e que há grande número dos chamados grupos de apoio, em que pessoas se solidarizam e trocam informações e experiências sobre temas como doenças no trabalho, câncer, amamentação.
Há também grupos que se caracterizam pela condição fisiológica em comum. Um exemplo é o jornalista recém-formado Jean Schutz, cego, que percebendo a demora com que informações chegavam para pessoas com deficiências visuais, criou o grupo de discussões cegos@grupos.com.br. O grupo funciona há dois anos e possui 142 integrantes, que utilizam programas para adaptar o computador às suas necessidades especiais. Segundo Schutz, as discussões acontecem sobre os temas mais variados, com participantes de vários estados brasileiros, além de estrangeiros de Portugal e Argentina. O contato, diz ele, não se restringe somente à lista de discussão, e algumas vezes acontecem conversas por telefone.
Azevedo cita como algumas das vantagens dos fóruns de discussão: no plano objetivo, o apoio técnico dos outros membros na resolução de problemas específicos, constituindo uma rede de contatos que podem se tornar fornecedores ou solicitantes de serviços; e no plano subjetivo, o sentimento de pertencimento a um grupo e o reconhecimento de competências do indivíduo por outras pessoas do grupo. Mas há também desvantagens. A primeira delas é o excesso de mensagens que chegam na caixa de correio eletrônico, se a lista não dispor de servidor web que concentre as mensagens postadas. A segunda é a dispersão de um tema e a dificuldade de acompanhar uma discussão quando a lista possui muitos membros. (Site: Jornal da Tribuna, 17/08/2005)