Categorias
Redação UFRGS UFRGS

Tema de Redação da UFRGS de 2023 – “Qual História pode e deve ser ensinada?”

O tema de redação da UFRGS do ano de 2023 e acesso 2024 foi “Qual História pode e deve ser ensinada?”. O tema tinha como base o texto motivador com o título “Deixem a História em paz” de Jaime Pinsky. Baseado na leitura, você deveria escrever um texto que concorda ou discorda dos pontos apresentados do texto e que deveria ser lido em um grupo de discussão sobre o ensino de História na escola entre pais, alunos e professores.

Você pode conferir as instruções e o texto motivador neste link ou vê-los a seguir:

Em junho de 2022, Jaime Pinsky, historiador, editor, professor Titular de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Livre Docente pela Universidade de São Paulo (USP), publicou um texto no Jornal Correio Braziliense, em que apresenta seu entendimento a respeito da História e do ofício do historiador. Leia o texto abaixo.

Deixem a História em paz
Se as lições da História fossem claras, Solano Lopez não seria considerado herói no Paraguai e bandido no Brasil, e Duque de Caxias não seria cultuado no Brasil e considerado um carrasco sanguinário no país vizinho. Ouço, em conversas informais, médicos, advogados, economistas e administradores de sucesso me informando (consolando?) que pensaram em estudar História, admiram muito os historiadores e gostam das lições que ensinam. Sinto decepcioná-los, meus caros, mas história não é para amadores. Na verdade, a maioria nem sequer tem ideia do que é História, embora todos se sintam no direito (obrigação?) de palpitar sobre o assunto, e até de exigir a troca de professores em muitas escolas.
Mas vamos por partes. Sim, senhores, História é uma área de conhecimento que nos toca profunda e diretamente, não é aquela coisa idiota e decorativa (nos dois sentidos) ensinada em meados do século passado no Brasil e em muitas escolas de primeiro mundo até hoje. Basta examinar livros didáticos, supostamente de História, em escolas públicas nos EUA: não passam de compêndios parecidos com listas dos infindáveis presidentes americanos e alguns cidadãos de destaque, algo sobre suas vidas, outro tanto sobre suas obras e poucas e até nenhuma palavra sobre as sociedades em que atuaram, a condição das minorias, a democracia na prática (não só a democracia formal), o papel das mulheres, a vida dos indígenas, dos negros, dos imigrantes e assim por diante.
História não é a narrativa, ou uma narrativa, nem qualquer narrativa sobre coisas que aconteceram. História implica se apropriar do passado a partir do presente. Se um estudioso de qualquer época e de qualquer tema do passado decide pesquisar algum fato que tenha acontecido, ele vai, obrigatoriamente, olhar esse passado a partir do seu presente. E seu presente, o ponto de vista a partir do qual ele se dá conta daquilo que aconteceu, será, hoje, diferente do ponto de vista de alguém que estudou esse passado há, por exemplo, um século. Um elefante será sempre um elefante, mas se o ponto de vista levar o observador a conhecer o elefante pela frente, ele poderá ver uma tromba enorme, mas se o enxergar por trás, verá apenas um rabinho. Deixando a zoologia de lado, é evidente que não se pode deixar de considerar a historicidade do próprio historiador.
Uma historiadora que se debruce hoje sobre a história das mulheres no período colonial brasileiro será levada a fazer investigações que outra, vivendo um século atrás, não terá feito. O comportamento, a prática social, a relação que as mulheres têm com o próprio corpo, a moral sexual, os objetivos profissionais, até mesmo seus anseios e sonhos têm a ver com sua realidade econômica, política, religiosa. Mulheres da Arábia Saudita só receberam autorização para dirigir veículos há poucos anos e isso, seguramente, pode parecer revolucionário para moradoras de países vizinhos, algumas ainda sujeitas a imposições machistas vestidas de dogmas de fé.
Mas a coisa toda parecerá um arcaísmo insuportável em sociedades que superaram esse dilema há muitas décadas. O historiador precisa ter sensibilidade e conhecimento empírico e teórico para pesquisar, entender e apresentar a questão. História não é para amadores. Uma questão precisa ficar clara: História não tem partido, não é de esquerda, nem de direita. Quem trabalha com ela precisa utilizar todas as técnicas que aprendeu, na faculdade ou fora dela, para não confundir a atividade docente com um espaço de pregação política. Seu compromisso, como docente, é com o conhecimento histórico estabelecido a partir de pesquisas feitas por gente séria.
Hoje, temos centenas de cursos de história no país, com gente boa se formando em muitos lugares. Temos também livros sérios que apresentam questões fundamentais da história com linguagem acessível a professores e alunos. Buscar obras de qualidade para ter bons pontos de partida é uma atitude necessária para não transformar a sala de aula em campo de batalha, ou palanque político. Por outro lado, cabe aos dirigentes educacionais oferecer suporte aos seus docentes. Tenho visto um movimento inaceitável de pais de alunos querendo interferir em programas de curso, em abordagens de temas sensíveis, chegando até a instrumentalizar seus filhos para questionarem de modo grosseiro os professores quando estes não apresentam abordagem histórica que os interessa.
Ler para os filhos, ler com os filhos, ler para dar exemplo aos filhos é, sem dúvida, uma forma melhor de ajudar o processo educacional do que insurgi-los contra os professores de História. Pedir para que as escolas cuidem mais da iniciação científica de seus alunos, para que o país tenha ainda alguma chance de chegar a um patamar que desejamos, é outra. É só querer ajudar de verdade.

PINSKY, J. Deixem a História em paz. Disponível em: . Acesso em: 27 set. 2023.

O texto é claro: o Professor Pinsky é contundente em defender seu ponto de vista, especialista que é em sua área do conhecimento. Podemos, a partir da leitura de suas ideias, destacar um conjunto de argumentos que o levam a defender suas opiniões; e isso não apenas sobre a História narrada em livros, mas também sobre o papel que têm, na construção dessa narrativa, a escola, os alunos, os pais de alunos e a comunidade em geral.
Agora, considere a seguinte situação.
Você está no último ano do ensino médio e faz parte de um grupo formado por pais, alunos e professores cuja função é debater o futuro do ensino na sua escola. Desta vez, o ensino da História será o grande tema de discussão: Que História pode e deve ser ensinada?
Esse assunto tem grande relevância, porque ele faz pensar sobre o nosso passado e o nosso presente; ele também faz refletir sobre manifestações de preconceito, de intolerância, de autoritarismo, de racismo e de tantas outras formas de discriminação. Uma boa discussão a respeito de tudo isso faz ver e entender melhor nossa conexão com a História da humanidade, o que inclui avaliar nossas ações, tanto positivas quanto negativas. A partir disso, podemos criar sociedades mais equitativas, justas e inclusivas.
O texto “Deixem a História em paz” certamente é um bom ponto de partida para o debate sobre o futuro do ensino de História em sua escola e, por isso, foi apresentado ao grupo do qual você faz parte, como forma de dar início à conversa.
Após a leitura feita pelo grupo, decidiu-se que algumas pessoas deveriam apresentar uma opinião fundamentada sobre as ideias veiculadas pelo texto do Professor. Você está entre as pessoas escolhidas. O conjunto dessas opiniões conduzirá o grupo a levar em conta, ou não, o texto como um parâmetro.
Como um dos escolhidos, você foi encarregado de dissertar sobre as ideias do texto “Deixem a História em paz”, de Jaime Pinsky. Nessa dissertação, você deverá apresentar ao grupo o seu ponto de vista a respeito dos argumentos expostos pelo historiador. A sua dissertação será lida perante o grupo e, certamente, será levada em conta para auxiliar a balizar o futuro do ensino de História em sua escola.
Lembre bem: você terá a oportunidade de opinar sobre algo que pode ter grande impacto na sua escola, o que pode incluir outras disciplinas do currículo e, na formação da cidadania de seus colegas.
Bom trabalho!

Categorias
Redação UNIFESP UNIFESP

Todos os temas de redação da UNIFESP, desde 2013

Você pode conferir abaixo todos os temas da UNIFESP desde 2013.

O ano de aplicação se refere ao ano que os candidatos fizeram a prova e a edição significa o ano de ingresso, ou seja, o candidato da UNIFESP 2025 fará a prova em 2024.

Fonte: Site da VUNESP
Categorias
Notícias em Níveis: Inglês

“Romanceiro da Inconfidência” de Cecília Meireles – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Qual o contexto histórico da obra?

Resposta possível – Em uma perspectiva da autora, a obra foi escrita durante o período do Modernismo, período literário preocupado com uma identidade nacional brasileira e que revisitava eventos históricos para dar um novo significado ou relembrar ao imaginário popular brasileiro. Já no âmbito da narrativa, a história se passa no período da Inconfidência Mineira, evento de um movimento com ideais separatistas que foi denunciado e com seus participantes condenados, além de adicionar informações anteriores do período de colonização e ocupação de Minas e os anos posteriores dos exilados e da morte de Tiradentes.

Pergunta 2 – Como a ficção separa a obra da visão histórica?

Resposta possível – A ficção possibilita uma análise dos sentimentos envolvidos durante o movimento da Inconfidência Mineira, como a adição do passado histórico e das lendas da região, mas aproximando o leitor do horror e da violência desbalanceada de como foram tratados os inconfidentes e suas punições. Além disso, auxilia na revisitação do passado histórico brasileiro como forma de criar uma identidade nacional e uma educação a respeito de suas origens e costumes.

Pergunta 3 – Qual a importância do lirismo para o acontecimento histórico?

Resposta possível – O lirismo abre a possibilidade dos sentimentos sentidos pelos mineiros com as histórias que já se passaram pela região de Minas Gerais e do sentimento de impunidade com a corte portuguesa. Adicionalmente, isso conecta os leitores como forma de uma construção de um imagético popular cultural a respeito do acontecimento, em vez de tratar o assunto de forma impessoal e apenas objetiva, que fica esquecida como apenas uma outra página de história com um herói mártir.

Pergunta 4 – Qual o papel da obra para se refletir sobre o ocorrido?

Resposta possível – A obra funciona como uma grande contextualização do que ocorreu na Inconfidência Mineira antes mesmo dela se tornar um plano, apresentando que não foi um evento singular ou que aconteceu de uma insatisfação única, mas de tantas outras adicionadas (soberba da corte, decadência econômica, insatisfação popular). Além disso, após mais de 100 anos sem ter sido tocada de novo ou se quer analisada, Cecília Meireles traz um questionamento e uma análise do período, importante para que o povo possa construir uma identidade cultural lúcida e sem idealizações.

Pergunta 5 – Por que a história não deu uma epopéia?

Uma epopéia se caracteriza em uma personagem principal que atua um ato heróico, representando os valores de uma nação. Diferente de outras obras épicas como “Os Lusíadas”, “Eneida” e “Odisseia”, as personagens de “Romanceiro da Inconfidência” nunca tiveram se quer uma chance contra a violência e brutalidade da corte portuguesa. A história é marcada por uma derrota do movimento, mas, pior que isso, o herói considerado como mártir esquartejado, e os inconfidentes restantes exilados e as pessoas que apoiavam o movimento silenciadas, com a ideia morta por corpo e a alma.

Categorias
Notícias em Níveis: Inglês

“Quincas Borba” de Machado de Assis – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Explique o que é a teoria do Humanitismo

Resposta possível – Criada pelo filósofo Quincas Borba, o Humanitismo tem como ideia uma entidade chamada Humanitas, a qual é uma força que se alimenta do que existe no mundo. Se há uma força que move os vencedores a vencerem e os perdedores a perderem, é o Humanitas. Apesar de ser esta a teoria na obra, a teoria é uma forma de zombaria de tantas outras teorias sociais da época (como o darwinismo social e o determinismo) que tentavam explicar de forma muito superficial e simples problemas sociais muito mais complexos, já que a teoria só beneficiava quem acreditava nela e quem tinha poder, ou até mesmo, dinheiro.

Pergunta 2 – Quais são as características presentes na obra do Realismo?

Resposta possível – A obra trata de vários aspectos sociais, como a importância da posse e das aparências e não da essência e do caráter das personagens. Da mesma maneira, é comum ver como algumas instituições (exército, igreja, política) estão decadentes e apenas se interessam por dinheiro e poder, tal qual as amizades e relações sociais presentes na obra. Como as relações sociais são muito importantes como pano de fundo e também da análise da sociedade, há também a ausência de maniqueísmo das histórias, pois é inserido informações necessárias ao contexto para que se entenda que as personagens não são inteiramente más ou boas. Por fim, a tentativa de mostrar uma teoria e comprová-la ao longo da narrativa (estratégia comum de Eça de Queirós em suas obras) é um outro aspecto do Realismo.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – O fim do século XIX e início do século XX foi marcado pela industrialização rápida da cidade do Rio de Janeiro e também dos estudos sociais de comportamento. Há um contraste entre a cidade de Barbacena, local que Rubião nasceu e é tão inocente da maldade alheia, com a cidade do Rio de Janeiro, que é importante ter bons aliados e muito dinheiro. Não só isso, mas a teoria do Humanitismo também se adiciona como uma ironia à crescente de tantas teorias sociais que tentavam explicar como os seres humanos se comportavam em sociedade, ignorando fatores legítimos como situação financeira, saúde, educação e simplificando demais a ponto de trazer respostas e explicações simples para problemas complexos.

Pergunta 4 – Cite diferenças da obra das características do Realismo

Resposta possível – Algumas diferenças da obra para as características do Realismo são: o narrador tece comentários, traz juízo de valor às personagens e usa o leitor para tecer comentários e conversas a respeito da narrativa, retirando a impessoalidade característica do Realismo; a obra muda de foco com as personagens na narrativa para que se torne mais interessante, saindo do traço objetivista e documental do Realismo; por fim, a linguagem ondula entre o poético e o irônico, apesar de ser uma característica de Machado de Assis, não é uma do período realista.

Pergunta 5 – Analise a ironia presente na obra

Resposta possível – A ironia pode estar presente principalmente em trechos que uma ação acontece e um comportamento ou reação não eram esperados. É bem comum que a reação comum se torne incomum e o incomum seja o comum em algumas ações irônicas. Ela pode ser encontrada também com o rumo da vida de algumas personagens, como Rubião que era pobre e continuou pobre, ou até Dona Tonica que ficou para casar e não se casou, e Teófilo que trabalhou tanto para apenas continuar trabalhando tanto em outro lugar sem ganhar uma promoção.

Categorias
Notícias em Níveis: Inglês

“Marília de Dirceu” de Tomás António Gonzaga – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Quais os aspectos árcades e românticos da obra?

Resposta possível: A obra tem como principal pano de fundo o cortejo entre Dirceu, um pastor com muito gado e riqueza, e Marília, sua amada. Essa forma de romance pastoril é um dos aspectos do Arcadismo, tal qual também a linguagem simples e o uso de elementos da mitologia grega e romana (a citação do cupido e de outras entidades mitológicas) na composição. Apesar desta visão mais pastoril da parte 1, a parte 2 e 3 possuem um teor mais melancólico, com a tristeza do eu lírico como sentimento característico do Romantismo. Além disso, a mudança de perspectiva de uma visão de um futuro feliz para uma saudade ao passado e um desejo de escapismo reforçam os elementos presentes que estarão no Romantismo.

Pergunta 2 – Como é o posicionamento amoroso de Dirceu?

Resposta possível – Mesmo que não seja constante, há diferenças na demonstração do sentimento de Dirceu em cada uma das três partes. Na parte 1, ele assume um cortejo mostrando o quanto ele é rico e que podem aproveitar o dia, argumentando como nem o cupido pode fazer ele se apaixonar por outra mulher e o quanto Marília é muito mais bonita que todas as outras mulheres (reais ou até da mitologia romana e grega). Na parte 2, Marília é uma espécie de refúgio de um presente e futuro tenebroso que aguarda o eu lírico, ele lamenta o estado que se encontra e como não é tão mais rico como antes, mas tem a certeza que reencontrará Marília. Na parte 3, Dirceu assume um amor racional, argumentando como o amor dele segue uma linha de raciocínio em vez de ser apenas impulso sentimental.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – A parte 1 foi escrita anterior aos acontecimentos da Inconfidência Mineira, uma tentativa de um movimento com ideais separatista da corte portuguesa. A parte 2 acontece enquanto é se dado o julgamento dos inconfidentes, presos pelo crime de infidelidade à corte. A parte 3 ocorre em seu exílio, que foi uma mudança de sua sentença, a qual era antes a morte. Cada uma das partes adiciona um sentimento na escrita, sendo a parte 1 mais positiva e com ideias de um futuro próspero, a parte 2 com um saudosismo do passado e lamento de um futuro sombrio, e a parte 3 com uma ausência de exagero amoroso e uma melancolia de não poder se mudar o passado e aceitá-lo como é.

Pergunta 4 – Quais as figuras de linguagem utilizadas na obra?

Resposta possível – As figuras de linguagem mais destacáveis são: metáfora (comparação de simbologia entre dois elementos); comparação (uso de conectivos linguísticos que fazem uma metáfora); assonância (repetição de sons vocálicos); aliteração (repetição de sons consonantais); hipérbole (exaltação e exagero de uma ideia); elipse (omissão de uma parte da frase); hipérbato (inversão da ordem sintática das frases).

Pergunta 5 – Quais os aspectos que distanciam a obra do Arcadismo e do Romantismo?

Resposta possível – Alguns aspectos que afastam a obra do Arcadismo é o uso do ambiente e da natureza como símbolos de sentimentos de tristeza e melancolia, além do uso do sentimentalismo exagerado de amor. Ademais, outros aspectos que afastam a obra do Romantismo são a racionalização do sentimento amoroso, e a amada que foi alcançada, porém, se encontra afastada do eu lírico.

Categorias
ENEM ENEM 2023 Redação ENEM

Tema de Redação do ENEM de 2023 – “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”

O tema de redação do ENEM de 2023 foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. A seguir, você pode conferir os textos motivadores do tema:

Categorias
ENEM ENEM 2023 Redação ENEM

Possíveis Temas de Redação para o ENEM de 2023

Os temas estão separados em 4 eixos temáticos e na seguinte ordem: saúde; meio ambiente; crianças e adolescentes; direitos negligenciados. Dentro de cada eixo, foram propostos 3 temas, com um texto explicativo de cada um a seguir:

  1. Doação de órgãos

Para dar destaque à importância da doação de órgãos, o Ministério da Saúde criou em 2007 o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. Em extensão, criou o Setembro Verde para conscientizar a sociedade sobre a doação de órgãos, tecidos e células. O sistema público de saúde do Brasil lidera o ranking mundial, com o maior número de transplantes realizados. Essa conquista só foi possível após a implementação da Lei nº 9.434, criada em 1997, que passou a permitir a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo para fins de transplante e tratamento. 
Em alguns casos, o transplante ocorre ainda em vida, quando o doador é o responsável pela anuência da transferência. Em outras situações, ela pode ocorrer depois do falecimento da pessoa, mas nesse caso a família é responsável por dar o aceite.  No País, a doação ainda é tratada como tabu, por vezes, por falta de informação e pouca discussão sobre o assunto. Em 2020, devido à pandemia, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgou que o número de doações caiu e a taxa de mortalidade de quem está na fila de espera aumentou de 10% a 30%. Além desses, tecidos como córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias. Assim, um único doador pode beneficiar várias pessoas que aguardam na fila do transplante. 
Como as doações depois da morte dependem da família, o Ministério incentiva que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Atualmente já existem carteiras de doação, em que o possível doador formaliza a sua decisão com a finalidade de facilitar que a família tome a decisão. 
(Fonte: Site do Estadão, 25.09.2021. Adaptado)

2. Violência contra o trabalhador da área de saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência como o uso intencional (mediante ameaça ou concretização) de força ou poder dirigido a outra pessoa, grupo ou comunidade, que resulta numa probabilidade elevada de causar sofrimento, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado, privação ou morte. A violência e o assédio no local de trabalho dos profissionais de saúde não é novidade e já causam preocupações há um tempo. Infelizmente, a taxa de profissionais de saúde agredidos no Brasil é alta. 
De acordo com um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a ONG “Mexeu Com Um, Mexeu Com Todos”, divulgado em 2020, cerca de 80% dos médicos brasileiros relataram ter sofrido algum tipo de violência no exercício da profissão. O estudo também apontou que a violência verbal foi a mais frequente (74,4%), seguida da violência física (25,2%) e da violência psicológica (13,6%).
(Fonte: Site do Sanar, 11.04.2023. Adaptado)

3. Violência obstétrica
Violência obstétrica é o termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde durante a gestação, na hora do parto, nascimento ou pós-parto. Os maus tratos podem incluir violência física ou psicológica, podendo fazer da experiência do parto um momento traumático para a mulher ou o bebê.
A violência obstétrica está relacionada não apenas ao trabalho de profissionais de saúde, mas também a falhas estruturais de clínicas, hospitais e do sistema de saúde como um todo.
Procedimentos desnecessários ou não autorizados pela gestante também se encaixam no quadro de violência obstétrica. A paciente não pode ser desrespeitada ou não informada sobre quaisquer procedimentos. Entre os exemplos: Abusos físico, sexual ou verbal; Discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas; Más condições do sistema de saúde, como falta de recursos; Recusa na oferta de tratamentos à gestante ou ao bebê; Não informar a paciente sobre procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma.
(Fonte: Site do G1, 12.12.2021. Adaptado.)

4. Lixo eletrônico
No mundo, foram gerados o equivalente a 4,5 mil Torres Eiffel de lixo eletrônico (44,7 milhões de toneladas) nesse mesmo ano. Até 2021, a previsão é que esse número suba para 52,2 milhões de toneladas por ano. A obsolescência programada, também chamada de obsolescência planejada, é uma técnica utilizada por fabricantes para forçar a compra de novos produtos. Mesmo que os que você já tem estejam em perfeitas condições de funcionamento. Ela consiste em fabricar itens que já possuem a duração de sua vida útil previamente estabelecida.
(Fonte: Site do Ecycle)

5. Reaproveitamento de água
Lei que obriga o governo federal a estimular o uso de água das chuvas e o reaproveitamento não potável das águas cinzas foi publicada no Diário Oficial da União. São chamadas “cinzas” as águas usadas em chuveiros, pias, tanques e máquinas de lavar.
Segundo a Lei 14.546/23, a prática deve ser estimulada em novas edificações e atividades paisagísticas, agrícolas, florestais e industriais. A norma altera a Lei do Saneamento Básico e tem origem no projeto de Lei 4.109/12, do ex-deputado Laercio Oliveira (SE), aprovado pela Câmara em 2019.  
Embora a medida não especifique as formas de estímulo, o dispositivo legal estabelece que os reservatórios destinados a acumular águas das chuvas e águas cinzas devem ser distintos da rede de água proveniente do abastecimento público.
Além disso, a lei determina que essas águas devem passar por processo de tratamento que assegure a utilização segura, previamente à acumulação e ao uso na edificação.
(Fonte: Agência Brasil, 06.04.2023. Adaptado.)  

6. Recuperação ambiental
O conceito da recuperação ambiental, de forma simplificada e intuitiva, é associado a intervenções realizadas com intuito de restituir as condições de um ambiente natural degradado ou alterado a um estado próximo ao seu original, em parte ou em sua totalidade.
Previsto inicialmente como um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente, e ainda presente em diversas normas infralegais, a Recuperação Ambiental tem na definição do Decreto nº 8972/17 uma das mais específicas e atuais, que considera recuperação ou recomposição da vegetação nativa a “restituição da cobertura vegetal nativa por meio de implantação de sistema agroflorestal, de reflorestamento, de regeneração natural da vegetação, de reabilitação ecológica e de restauração ecológica”. Este mesmo Decreto traz a definição de outros conceitos atrelados à recuperação ou recomposição da vegetação nativa, sendo recuperação entendida como o conceito basilar e os demais como ‘modalidades’ ou ‘tipologias’ que explicariam a forma que ela poderá ser conduzida.
O termo “recuperação ambiental” pode ainda ser utilizado de forma mais ampla, associado a diversas soluções reparatórias por danos ou impactos a outros atributos naturais, como à fauna, à pesca ou à qualidade ambiental, de forma geral.
(Fonte: Site do Governo, 02.12.2022. Adaptado.)

7. Cirurgia plástica em jovens
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem e, segundo o psicólogo Michel da Matta Simões, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, boa parte é motivada por demandas sociais “que exigem dessas pessoas mais do que elas podem ou se sentem capazes de oferecer”.
Somente nos últimos dez anos, houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos, segundo a SBCP. Entre as cirurgias mais procuradas estão os implantes de silicone, a rinoplastia e a lipoaspiração. Para o psicólogo Michel Simões, essa procura está muito ligada a um conflito entre aquilo que os indivíduos gostariam de ser e o que é exigido para que se considerem ajustados à sociedade. Diz que a insatisfação com a própria imagem vem da infelicidade causada por “dificuldades em se sentir capaz ou insuficiente para lidar com o mundo, a sociedade e a realidade de uma forma geral”. 
Para o psicólogo, as redes sociais desempenham um papel importante nesse processo de insatisfação, seja pelo alcance “que elas proporcionam quanto pelas possibilidades que elas oferecem”. Simões acredita que o universo virtual, ao veicular a ideia de corpo e estilo de vida perfeitos como algo real e concreto, cria padrões e ideais de beleza que são inatingíveis. “Todo esse mecanismo dificulta a integração daquilo que se tem a oferecer e torna os recursos pessoais de cada um insuficientes, porque, aquilo que é natural é imperfeito e, portanto, diferente daquilo que se posta e compartilha.”
(Fonte: Site do Jornal da USP, 12.06.2023. Adaptado.)

8. Alienação parental
A alienação parental é qualquer interferência na formação psicológica da criança, promovida por genitores, avós, familiares ou qualquer outra pessoa que tenha autoridade sobre ela. Portanto, qualquer pessoa que pratique a desqualificação de um ou ambos os genitores, poderá ser responsabilizada pela prática da alienação parental, independente de residirem sob o mesmo teto que a criança alienada ou não.
(Fonte: Site do JusBrasil, 19.10.2020. Adaptado.)

9. Evasão escolar
Entre as dificuldades que separam crianças e adolescentes dos estudos estão a pobreza, a falta de acesso à escola e problemas de estrutura nos municípios. O Unicef identificou os quatro motivos mais comuns: tem criança que não vai para escola por falta de vagas na educação infantil ou porque não tem transporte, e adolescentes que trocam o estudo pelo trabalho ou pela maternidade.
(Fonte: Site do G1, 07.08.2023. Adaptado)

10. Violência doméstica
De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
(Fonte: Site do Instituto Maria da Penha)

11. Culturas de matriz africana
A cultura afro-brasileira desempenha papel significativo em nossa sociedade e influencia diversos aspectos da vida cultural, artística, religiosa e política do país. As influências da cultura africana no Brasil estão presentes em nossas vidas de várias formas, com um papel importante na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. 
A inclusão da cultura e história afro-brasileira no currículo escolar é uma forma de contribuir para a construção de uma consciência crítica em relação às questões raciais. Aliás, a lei 10.639/2003, que determinou o ensino obrigatório sobre a história e a cultura afro-brasileira nas escolas, completou 20 anos agora em 2023. Na BNCC, a temática sobre racismo e cultura afro-brasileira está contemplada nas áreas de Linguagens e suas Tecnologias (competência 3) e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (competência 5).
(Fonte: Site do Instituto Nacional do Ensino)

12. Proteção trabalhista aos esportistas
De antemão, saiba que aos atletas profissionais é aplicada a Lei n° 9.615/1998, popularmente conhecida como “Lei Pelé”. Sendo ela complementar as regras trabalhistas dispostas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A Lei Pelé surgiu como uma forma de regular os detalhes que envolvem a relação entre os atletas e instituições desportivas, classificando-a como uma relação de emprego. Ou seja, essa lei tem um importante papel para regulamentação e proteção das atividades profissionais dos atletas. 
De antemão, para poder ocorrer uma competição entre atletas profissionais com o fim de obter rendimentos, os clubes devem ter empresa constituída.
Ainda, os atletas devem possuir o respectivo contrato de trabalho desportivo com esses clubes. Ou seja, deve ser formalizada a relação empregatícia, clube e atleta, com os seus direitos e deveres, inclusive acerca da remuneração.
(Fonte: Site Nicoli Sociedade de Advogados, 23.01.2023. Adaptado)

Categorias
Notícias em Níveis: Inglês

Tema de Redação do ENEM de 2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”

O tema do ENEM de 2020 foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Foi a primeira vez que o ENEM pediu um tema relacionado à área de saúde.

Você pode conferir os textos motivadores no PDF ou a seguir:

Texto I
A maior parte das pessoas, quando ouve falar em “saúde mental”, pensa em “doença mental”. Mas a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente
uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

Texto II
A origem da palavra “estigma” aponta para marcas ou cicatrizes deixadas por feridas. Por extensão, em um período que remonta à Grécia Antiga, passou a designar também as marcas feitas com ferro em brasa em criminosos, escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade “correta” e “honrada”. Essa mesma
palavra muitas vezes está presente no universo das doenças psiquiátricas. No lugar da marca de ferro, relegamos preconceito, falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves.
Achar que a manifestação de um transtorno mental é “frescura” está relacionado a um ideal de felicidade que não é igual para todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria distância dos sentimentos reais, e quem os demonstra é rotulado, o que progressivamente dificulta a interação social. É aqui que redes sociais de enorme popularidade mostram uma face cruel, desempenhando um papel de validação da vida perfeita e criando um ambiente em que tudo deve ser mostrado em seu melhor ângulo. Fora dos holofotes da internet, porém, transtornos mentais mostram-se mais presentes do que se imagina.
http://www.abrata.org.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

Texto III

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Categorias
Redação UEA

Tema de Redação da UEA SIS 3 de 2023 – “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”

O tema de redação da UEA SIS 3 de 2023 foi “Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?”.
O SIS é uma outra forma de ingresso para a UEA que conta com um vestibular em três etapas, acompanhando cada ano do ensino médio.

Você pode conferir os textos motivadores a seguir:

Texto 1

(Marília Marz. https://fotografia.folha.uol.com.br)

Texto 2


Segundo o professor Luiz Herculano de Sousa Guilherme, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o racismo “é um conjunto de ideias, pensamentos e ações que parte do pressuposto da existência de raças superiores e inferiores. Consiste em uma atitude depreciativa e discriminatória em relação a
um grupo social ou étnico”.


(Blog do IFSC. “Entendendo o racismo”. www.ifsc.edu.br, 24.11.2021. Adaptado.)


Texto 3


A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol em 21 de maio de 2023, mostra que este não é um fato isolado. Em outro jogo, torcedores do Atlético de Madrid fizeram um boneco do mesmo atacante sendo enforcado, em referência a práticas supremacistas brancas. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas brasileiros no futebol europeu. Em 2022, uma banana foi
atirada no campo após um gol de Richarlison em um jogo do Brasil contra a Tunísia, em Paris.
O racismo no esporte mais popular do mundo, porém, não se limita à Europa. No Brasil, a prática avança de maneira preocupante. Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de
ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%.


(Lincoln Chaves. “Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 24.05.2023. Adaptado.)

Texto 4

Os códigos disciplinares do futebol definem que clubes e federações podem ser penalizados por atos discriminatórios cometidos por torcedores. Ainda é uma polêmica definir quem deve ser punido (judicial e esportivamente): apenas a pessoa que cometeu o ato, caso seja identificada; ou se o clube a que ela pertença também deve responder pelo crime.
O código disciplinar brasileiro prevê, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil, a perda de pontos no campeonato em que a manifestação ocorreu. Há, porém, um detalhe no texto do artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que trata da perda de pontos: diz ele que a punição ocorrerá se a “infração prevista neste artigo for praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. Por isso que, em caso de torcedor isolado cometendo ato discriminatório, a punição mais provável seja a multa. A Justiça desportiva também tem absolvido clubes que identificaram as pessoas que realizaram os crimes.

(Marcel Rizzo. “Racismo: leis esportivas preveem punições a clubes por atos de torcedores”. www.uol.com.br, 18.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:


Racismo no futebol: é necessário punir também os clubes ou só os torcedores criminosos?

Categorias
Redação UEA Redação UEA SIS 2

Tema de Redação da UEA SIS 2 de 2023 – “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”

O tema de redação da UEA sis 2 de 2023 foi “Zoológicos: preservação ou desrespeito aos animais?”.

Você pode conferir os textos motivadores no link do PDF ou a seguir:

Texto 1

Texto 2
Os zoológicos são uma oportunidade única de observar e aprender sobre os animais selvagens, e isso sempre gerou um fascínio importante no ser humano. Por se tratar de locais de lazer, podem informar o público com a composição de ambientes atraentes e divertidos. Entretanto, um bom zoológico é responsável não só por informar. mas também por educar e conscientizar o público sobre a importância de proteger a biodiversidade
À medida que a sociedade se conscientizou sobre o bem-estar animal e a conservação da diversidade biológica, passou a não gostar de manter animais selvagens em cativeiro apenas para o entretenimento. Isso significa que, cada vez mais, os zoológicos são obrigados a justificar o cativeiro, alem do entretenimento do público, não se limitando a abrigar animais selvagem, mas sendo ativos na preservação da biodiversidade mundial.
(Érica Terrón Gonzáles. “Zoológicos como aliados da biodiversidade”. http://meusanimais.com.br , 21.12.2022. Adaptado)

Texto 3
Juntos, zoológicos e aquários no Brasil atraem cerca de 20 milhões de visitantes por ano. Pesquisadores que defendem a manutenção de zoológicos acreditam que essas instituições ajudam a conscientizar a população sobre a importância de preservar a biodiversidade, auxiliando inclusive na conservação de animais ameaçados, pois muitos zoológicos têm programas específicos para promover a reprodução e manutenção de espécies em extinção. Além disso, a receita gerada com ingressos de visitantes financia também atividades de conservação, pesquisa e educação.
(Patrícia Figueiredo. “Em defesa de espécies ameaçadas, ativistas dão argumentos a favor e contra os zoológicos.”. https:// g1.globo.com , 26.02.2019. Adaptado.)

Texto 4
Em julho de 2022, a organização não governamental (ONG) “Os Animais Importam” protocolou uma ação civil pública contra a visitação noturna disponibilizada pelo Zoológico de São Paulo. A requerente alega que permitir a circulação do público durante a noite impede os animais de descansarem. “A visitação durante o dia já causa
por si só estresse aos animais lá mantidos, mais ainda em período noturno, momento que deveria ser destinado ao repouso e sossego desses animais”
assegura a ONG.
O Zoológico de São Paulo afirma que atua com base em evidências e diretrizes internacionais de conservação: “todo cuidado animal do Zoológico de São Paulo é baseado em metodologia científica, realizado a monitorado por uma grande e multidisciplinar equipe com especialização no manejo e cuidado de animais selvagens, além de educadores focados em ações de educação visando à preservação da biodiversidade”.
Leandro Ferro, presidente da ONG, criticou a existência de zoológicos. “Esses pobres animais são usados como ativos turísticos e de diversão. A ciência já provou que os animais podem sentir emoções, sofrer e criar laços de forma até mais
complexa que os seres humanos. Nos zoos, eles estão mais para uma coleção de arte em um museu vivo” garante Ferro.
Não é a primeira vez que a entidade entra com uma ação contra o Zoológico de São Paulo. Em 2021, o tema do requerimento foi a transferência do orangotango Sansão para um santuário, local sem fins lucrativos onde animais são reabilitados. O animal está isolado em seu recinto no zoológico de aproximadamente 30 metros quadrados há mais de três anos.
(Bruno Lucca. “ONG entra com ação contra visitação noturna no Zoológico de SP”. www.folha.uol.com.br, 28.07.2022. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos escreva um texto expositivo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
ZOOLÓGICOS: PRESERVAÇÃO OU DESRESPEITO AOS ANIMAIS?