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Aluguel na Bélgica – O básico que você precisa saber

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Literatura Africana Niketche: uma história de poligamia Paulina Chiziane Resumo de Cada Capítulo UNICAMP 2025

“Niketche: uma história de poligamia” de Paulina Chiziane – Resumo de Cada Capítulo

Capítulo 1

O narrador fala que ouve um estouro e pensa em se esconder. Rami, ou Rosa Maria, a narradora, é chamada pelas vizinhas para falar que Betinho que quebrou o vidro do carro. Ela sente-se mal pelo seu caçula de ter batido em carro de gente rica e pensa em como Tony podia deixar-lhe assim. O caçula voa para o quarto como que procurando o sossego que viria antes do castigo, Rami quer se sentir viva e quer castigar. Mas a cara dele de choro era demais e ela não conseguia, o menino só queria uma manga. Pedia castigo, Rami fica encantada, ainda pensa em Tony e como ela devia cuidar das coisas de homem. O dono do carro falava fino e não foi violento, ela explicou que Dr. Tony, comandante da polícia, resolveria. Aceitou, mas não sentiu crença nas palavras da mulher desesperada. As vizinhas consolam Rami. Tony era o culpado, sua ausência era perceptível e sabia por onde andava, trabalho não era. As outras falavam de como os maridos delas também as largaram. Rami não entende como os homens fazem isso com as mulheres, procurar algo novo e criar novos apetites na velhice. Para acalmar a dor, as outras mulheres contam suas dores. As mulheres sofriam caladas, mandavam ali, poucos homens passavam por ali de noite como amantes. Ela pensa em como o amor é dito e relacionado com os homens e as mulheres. Encostava a cabeça na cama fria pensando como ela foi ter aquela situação de ficar com um homem ruim sendo bela. Ela não se vê, depende dele. Dava tudo, obedecia e era desprezada. Agora que tinha mais dinheiro ficava com outras mulheres de Maputo. Não se achando psicologicamente, foi ao espelho ver-se fisicamente, tinha olheiras, chorava muito. Via uma coisa e sentia outra, até tentou falar consigo mesma, chorava e lamentava-se, não aceitava ter sido trocada do marido. Como parte da cultura, a música, o canto e a dança são para todos os momentos. A mulher feliz e bela que vê no espelho não condiz com Rami. Beija o espelho e sente frio, aquela era quem era e queria ser de novo.

Capítulo 2

Ao acordar, Rami lamenta mais ainda. Ela não lembra de ter lutado ou ter ido atrás dos desejos. Ela se sente um rio vazio de vida e quer se sentir viva. Ela vai encarar a tal Julieta – ou Juliana, não sabia bem – que tem filhos de Tony. Quer confrontá-la, machucá-la. Comeu bem, tomou banho, foi andando até a casa que sabia onde era. Bateu na porta, teve remorso, ela abriu, teve raiva de vê-la gordinha, e disse que estava ali para ter o marido. Ela entra na casa e vasculha, vendo tudo maior e mais bonito. Ela vê uma foto pendurada de Tony com a moça e fica com raiva, Julieta a trata com carinho e aí que piora tudo. Ela começa a xingar, dizendo o que nunca disse e assustando Julieta, daí elas partem pra agressão física, mas Julieta toma vantagem, Rami foi para apanhar e desmaia. Apesar de tudo, Julieta levou ela para dentro, deu banho e cuidou, respondendo que ela que devia saber onde o marido que ela procurava estava. Toda aquela contradição ofende Rami, a casa, as roupas, os quadros pendurados. Julieta disse que namoraram enquanto ainda era pequena, que Tony era casado por obrigação e esperava um momento para poder se divorciar. Tal qual Rami, tinha 5 filhos. Faziam 7 meses que ela não via Tony. Ele só aparece para deixar dinheiro. Há uma analogia de como Deus faz os homens e as mulheres, nada é o mesmo. Agora Rami tem dó. Ela era vítima, não rival. Rami consolou e quis saber onde ele estava, Julieta dizia que com uma terceira, já até tentou tirar satisfação. Rami achou estranho, pois o marido não era dela, e Julieta perguntou desde quando “teu” era algo para homem. Entrava e saía da vida de mãos vazias, tudo que chamava dela seria por pouco tempo. As duas sofriam, mulher só mudava de rosto e nome. Saiu de lá num táxi com roupas da rival. Ela fala com o espelho, não sente saudades de Tony e quer que fique longe. Quis deixar tudo, cantou para espantar os males. Queria divórcio, mas outra mulher dormiria na cama e cuidaria dos filhos. Decidiu ficar. Ler página 20

Capítulo 3

Tony dormia, roncava muito. Respondia “sim”, “não” e rosnando. Os pensamentos são fortes e ela acorda o homem que reage a nada para perguntar se lhe traía. Rami desembuchou tudo, da dor e da saudade, até do encontro com Julieta. Ele ouve e vira para dormir de novo, ela diz que traição é crime, ele diz que os homens são livres e as mulheres que pecam. Ele caiu no sono de novo e deixou ela ali, pensando no que ele sonhava. Ele acorda meia noite, enquanto era observado por Rami, como se chamassem pelo além, veste-se e vai. Há uma superstição de mudjiwas, reencarnações de cônjuges que vagam pelo mundo. Ele reclama que quer dormir em paz e vai embora. Ela queria que ficasse, mas ele vai embora antes.

Capítulo 4

Rami pede ajuda para entender o amor. O amor não é matemático e varia. Ouviu de família, mãe, amigas sobre causos e truques, sem poder entender como realmente saber do amor. Ela terá a primeira lição. Percebeu que emagreceu e pensou se estava feia, perguntou ao espelho. O espelho sorriu mudo e disse que era gorda, ela emagreceu, com o custo de um marido que a deixava louca, ele disse como ela era sortuda de ter um marido que a fazia emagrecer. Rami achou o espelho louco. Ela pede conselho ao espelho, ele diz para varrer tudo do peito e considerar que não há mulher culpada, e se quer existe homem inocente. Na primeira aula, a conselheira de amor a espera. Ela troca as letras, Rami não ri e fica feliz com a nortista. Ela era bem gorda, preenchia a cadeira, mas posava como rainha que conhecia tudo do amor, Rami invejava e pensava no que ela já devia ter passado. Na Europa, a beleza é magreza, na África, gente gorda era de alimentado bem. Rami a acha atraente, ela não era mais bonita, mas era mais magnética. Começam falando de família, Natal, e finalmente chega a pergunta de como ela estava. Ela sente vergonha, a conselheira diz que amor não se compra e não há o que ter de vergonha. Falaram de costumes e de tradições, como foi o preparatório para o casamento. Ela dizia de bordado e rezas, a conselheira perguntou de sexo, ela sabia de nada, não ouviu disso no campo e na igreja. A conselheira disse que era criança. Ela lembrou da frase “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, sem lembrar da autora. Falaram até de costumes de besuntar a pele, do tabu da menstruação, alimentação, trabalhos domésticos, intempéries, das mulheres do norte serem taxadas de frescas e falsas e as do sul serem frouxas e frias, são tratadas diferentes pelos homens, as do norte são compartilhadas e as do sul são gado. As do norte se embelezam e dão luz, as do sul falam alto como trovoadas e se vestem porque não podem ficar nuas. Os homens do sul ficam louco com as do norte e vice-versa, o primeiro pela beleza e o segundo pela subserviência. As mulheres do sul gostam dos homens do norte porque são gentis e as mulheres do norte gostam dos do sul pela agressividade. A grama do vizinho é sempre mais verde. A conselheira descobre que Rami nunca foi às escolas de amor e nem outra que não fosse cristã. A conselheira contou que ensinavam de amor e sexo. Dizia como aquilo engrandecia, e Rami ficava incomodada de ser taxada de criança, contou de Tony e sua infidelidade. Ela disse que seria mais fácil compartilhar ele, em uma poligamia. No Norte de Moçambique a partilha é comum, de bens, de comidas, até de parceiros, a mulher é luz e é dela que sai o sobrenome dos filhos das famílias. No Sul, a mulher é posse e vai pro irmão mais novo em caso de morte ou ser estéril. Rami não conseguia, era moderna mas egoísta. Ela conta que Tony também não foi às escolas de amor, e a conselheira dizia que ele era criança também. Ela ficou mais furiosa pela desqualificação do marido do que ela, a conselheira explicou que na escola do amor é ensinado que mulher é sagrado, é como mãe ou Deus, não se bate, agradece-se, idolatra-se. Ela pensa no tanto de violência que passou, passa e que até em Julieta fez. Ela conta das cores e como homem se atrai. Tal como insetos, as mulheres precisam de cor e flores. É bicho de som, é sempre bom cantar, gritar o espanta. O olho de homem é como elefante, encanta-se com coisa pequena, astuta, como gripe, infecção de bactéria. O homem é uma flecha que viaja e destrói, deixa ele ser fim e você é princípio. O amor é pavio aceso e precisa ser reaquecido, como dia e noite, como as curvas de tudo e da mulher. Rami se encanta e sente-se revelada com ela. Ela aconselhou Rami a usar ouro para destacar a pele negra bela. Falaram da pele e das diferenças, no Norte é bom pele lisa, no Sul o oposto. Os olhos são também importantes, não há mulher feia pois o amor é cego, há mulher diferente. Conquista-se homem na cama e com comida, ela conta até das partes da galinha que vão para cada um. Rami comenta como queria que tradições fossem combatidas. A conselheira achava era bom, facilitava para fisgar e manter homem por coisa boba, como a moela de galinha. Rami participou de 15 aulas, até de temas proibidos e que foi reprimida. Revoltou por estar tão despreparada, mas na escola do amor não havia idade para começar. Sabia tanto de balé e de ideias cristãs de colonizadores mas sabia nada dos ritos do próprio povo. Aprendeu segredos só de colegas de ensino, aprendeu do poder da mulher. Queria testar o conhecimento em homem novo, ver o que podia fazer. Comprou roupas novas em tons quentes, ela deseja Tony e pensa nele olhando-a. Ele a observa, põe a mão nela e diz que estava cheirando açafrão. Quis ver a terceira mulher que arruinou tudo. O espelho a encorajou para continuar a guerra. Amanhã seria outro dia.

Capítulo 5

Rami queria ver a terceira, mas para aprender, como que ela conseguiu tomar o lugar de Julieta? Pensou em quem seria sua conselheira e saiu de manhã de casa. Porém, assim que entrou na casa começou a apanhar, não adiantava dizer que era de bem, muito menos que era casada em comunhão de bens, tomava a maior surra da vida. Foram presas pela a polícia, a vizinhança via a comoção e só sabia que tinha homem no meio. Muitas mulheres marginais estavam lá, a cela era pequena e quente, fedia. Luísa, o nome da terceira, segura mãos com Rami, que estava assustada. Era boa mulher, mas saiu sem cuidar da casa e dos filhos, olhava Luísa com remorso e lágrimas. Ao passar um vigia, Rami quis saber por qual motivo estava presa se era santa, o policial disse que era santa arruaceira. Quando ela disse que era casada com o comandante António Tomás, daí que ele se arrepiou. Quis saber o que ela fazia na rua e ela foi cobrar a infidelidade. Ele disse que homem era livre para achar na rua o que não achava em casa. Aceitou conferir a identidade e ameaçou que pagaria o sobro se fosse mentira. Antes de sair, mandou que libertasse Luísa, o guarda se riu e deixou as duas em uma sala fresca com banco gelado. Luísa, após um silêncio e desculpas, dizia que Tony era dela. Rami dizia que ela era bonita e podia ter bem melhor. Ela argumenta que ela teria nada por ser amante, vivia no segredo e sem direito. Ela aceitava a marginalidade, ela recebia o dinheiro e prazer, ela acreditava que mulher devia ser usada como objeto, sem ter ilusões de criar uma casa, ela sabia que Tony era casado e tinha dois filhos. Rami se assusta com essa mulher que aceita migalhas. Ela aproveitava a maré favorável até não ser usada mais, Rami dizia que a agressão foi demais, mas Julieta tinha ido na mesma semana e tinha agredido ela, Luísa só revidou. Rami queria conhecer, Luísa era de Zambézia, de uma aldeia que homem faltava e era compartilhado, daí sua postura de aproveitar o pouco que tinha, Tony a visitava pouco mas era o suficiente de alguém que só tinha homem velho na aldeia. Luísa acusa as mulheres do sul de roubarem homens, que haviam muitos estrangeiros e sobrava nada para elas. Rami perguntou qual motivo não procurava um só pra ela, homem tinha, mas com grana era difícil. Rami perguntava como ela se achava de Tony, enquanto recebesse dinheiro, era esposa, os filhos consolidavam ainda mais, quando não ganhava dinheiro, fazia qualquer coisa, mesmo que fosse Saly agora o interesse de Tony, uma quarta mulher. Ela fascina Rami, procura tudo o que tem nela que não tem em si: cabelo farto; pele lisa; fogosa; olhos brilhantes. Ela fascinava-se com Luísa. Ela finalmente descobriu e viu que muito de Luísa era Rami no passado. Ela entendeu que Tony foi atrás do que Rami foi, procurava juventude. O guarda volta repreendendo as duas por terem baixado o nível, que deviam se comportar com a mesma finura do marido. Se elas fossem fazer mais bagunça, o próprio marido cuidaria daquilo. Elas deveriam ter vergonha. Dali, Rami foi procurar Saly, que a indicou para Mauá, a quinta mulher. O coração de Tony tinha cinco pontos, um hexágono amoroso.

Capítulo 6

Rami sente o corpo todo dolorido e inchado das rivais que foram invadidas. Ela vai para o hospital, lá, vê um casal de idosos, um senhora empurrando um senhor na maca. Eles mostram marcas da vida que passou. Quando o médico fala com eles, o senhor cala a senhora. Farta, a senhora xinga-o de rabugento e o deixa ali. Ele a chama nervoso. Ele desmaia. Rami fica surpresa com tudo aquilo.

Capítulo 7

Rami procurava soluções, estava abatida fisicamente com as rivais. Apelou para a magia. O mercador de sorte diz que pode engarrafar o homem, Rami não se dá por feliz. Ele passa uma receita de sopa nojenta, e o que move esses mercadores é dinheiro, tem quem acredita e paga para ver. Ela pensa nas lembranças de um passado oposto. Lembra do calor e da presença, hoje tem silêncio e ausência. Pensou em um caso de ladrão que engordava ao tentar sair da casa que roubou e emagrecia se afastava-se da porta. Viu tudo mas não o viu engordando. Aceitou a magia mas não a sopa porque não queria o bafo. Aceitou também uma tatuagem feita de lâmina para enfeitiçar Tony, só que ela piorou. Funcionou, Tony veio cheio de amor e pegou na tatuagem que não curou, ela o xingou e ele foi embora.

Capítulo 8

O espelho é uma metáfora constante na obra, sobre evolução, idealização, saudosismo e autoconhecimento. Ela se sente mal com o presente e envergonhada com a situação social com Tony. Fez de tudo de crendice, roupa, creme e nada do amor de volta. Ao ver as amantes, apanhou da primeira, passou vergonha com a segunda, por apanhar e ter menos filhos e ainda ter que trabalhar para manter as crianças, a terceira bateu nela e falou que o que era dela estava no ventre e o marido era dela também, tinha nenhum homem perto e era feliz por ser casada e ter um homem por um dia do mês, tinha quem nem tinha um se quer na vida. A quinta amante, Mauá, tinha dezenove anos e era borboleta ainda, tinha nem como brigar com ela. Aborreceu-se de tudo, de ter ido para a escola do amor e de tudo, a tradição e os costumes são combatidos e tenta-se entender até que ponto devem ser mantidos ou questionados. Rami fala de como as mulheres suportam as piores coisas para ter um homem e evitar a solidão. Mas é mais preciso, como Luísa disse, o problema é homem rico. Os homens exigem beleza das mulheres, as mulheres exigem dinheiro dos homens. Ela até pensa como a Bíblia diz do mal das mulheres no mundo e pensa como que Deus as trouxe ao mundo. Ela até pensa em uma deusa, casada com Deus e reza o “pai-nosso” mas mudando para uma perspectiva de mulher casada. Os homens são naturalmente polígamos, mas Rami quer Tony e o terá mesmo que seja a última coisa que faça em vida.

Capítulo 9

Tia Maria conta histórias de poligamia a Rami em sua visita, foi casada aos 10 anos e era pagamento de dívida a um rei. Morou com 24 outras esposas e teve dois filhos de um guarda e morava com 2 maridos. Rami achava tudo estranho, Tia Maria falava que a vida era curta e tudo havia de se compartilhar para ser feliz, cachimbo, comida, marido e mulher. Rami achava tudo um harém, mas a tia explicava que todas dividiam as tarefas por igual e o rei era exemplo, tinha que agradar todas sem dar privilégio ou tratar diferente. Rami não compreendia como sua tia podia ser rainha no meio de tanta poligamia, ela explicava que nada faltava, que até na Bíblia a poligamia era comum, e o rei devia ter a quem mandar e ser sinal de prosperidade, com filhos e riqueza, sem ter festas de matrimônios que ele planejasse pois isso cuidavam os outros, e tudo era parte de um contrato de jogo político, exceto a tia que era pagamento de dívida. A primeira esposa era diferente, ninguém encostava e só com ela o rei dormia na cama. Ela era também magra e possivelmente pela amargura de ficar sozinha. O rei era inteligente e poderoso. Morreu e a tia foi casar com Marcos, pai das meninas, trabalhou na África do Sul nas minas de ouro e teve silicose. Tomás cuidou das filhas e acolheu Marcos. Marcos tinha fama de gostar de homens e ser gay, mas a tia deixava que os outros falassem, ainda porque ela era a devassa por ter dois maridos.

Capítulo 10

Rami bebia vinho na festa da criança de Luísa. Ela lamenta não ser mais criança e das pequenas preocupações sem saber das durezas da vida adulta. Acha o aniversariante bonitinho como Tony, lembra do seu filho, Betinho. A casa tem poucas reformas de mão masculina e de imposição da falta de controle das mulheres. Ela não ia de início para a festa, mas aceitou o convite para mostrar que não guardava rancor e até conhecer Luísa e quem a rodeava. De noite, as crianças se foram e um homem bonito trazia flores na casa. Era o amante de Luísa, ele não sabia disfarçar e Rami pegou rápido os indícios. Ela começa a ficar encantada com o homem e fala como Tony foi encantado por Luísa e a vingou de Julieta. No fim, a vergonha a abandona, poderia ser uma metáfora de ter vomitado metaforicamente e literalmente, a Luísa arrasta ela para o quarto, um tanto desconfortável que faltava homem, que Tony fez dois filhos ali. Ela tem um sonho metafórico de pedir vinho e um homem socorrê-la. No dia seguinte acordou na cama de Luísa e pensa que teve sexo com o amante de Luísa. Pensa que tudo foi uma trama, do vinho ao quarto. Ela diz como devia ter trazido sua capulana, um vestido típico de Moçambique, que protegia sempre uma mulher e que se rendeu e seu casamento estava errado. Luísa fez café e chamava-a de irmã, Rami sentia vergonha e se chamava adúltera, Luísa dizia que não era possessiva e vinha de onde emprestar homem era como emprestar colher de pau, ainda mais elas que tinham o mesmo marido e estavam quites. Ela se sentia estuprada e usada, Luísa disse que ela estava carente e precisava, ainda mais que ela colocava essas ideias de fidelidade das mulheres do sul como tola, já que Rami era deixada para lá e Tony continuava aprontando. Rami não quer ser mulher de vida e se pune por ser mulher casada, Luísa dizia que ela era casada, mas ganhava nada e era mais sozinha do que todas, era melhor ir achando o que podia e dar aos filhos uma vida que ela jamais teve. Ela bebe mais café e pensa. Ela até ouve a mesma cantoria de ontem e acha que está delirando, mas o mesmo homem retorna, cumprimenta Rami e ela fica toda nervosa. Não há mulher feia se amor é feito no escuro, muito menos mulher fria no fogo do amor. Ele admira Rami, desde o físico até sua atitude com Luísa de se unir. Ela acha que ele se aproveita da fragilidade do casamento e que abusou dela. Mas ele era carinhoso, diz que devia haver um basta na tirania de homens e até mesmo que não fosse por outra tirania, o que não era fácil. Ela pergunta de Lu, quer saber o que ocupa em sua vida. Ele já foi casado e também foi tirano, mas achou ela na rua voltando do serviço sangrando ainda grávida, expulsa de casa por Tony. A criança levou o nome de Vítor, o mesmo do homem que a salvou. Rami não acreditava que Tony era capaz disso. Vítor disse que homem é assim, faz às amantes o que jamais faria à primeira. Ele maldizia de Tony, devia ser largado em vez de motivo de briga das mulheres. Ele tinha remorso e por isso ajudava Lu, bateu na mulher no último mês de gravidez e perdeu o único filho que teria de outras duas. Ele queria casar com Lu, mas ela só tem ambições com Tony, ainda mais que ela não queria um padrasto, pois homem do sul trata mulher como sucata. Rami tem pena e se atrai, quer ajudá-lo e sela o compromisso com um beijo, entendeu que não era produto de álcool a atração. Ela agora considera Lu uma amiga, elas voltam juntas para a casa. As crianças a recebem e ficam felizes de a ver melhor, que vivia antes qual tal viúva, ela voltou uma nova mulher. Passou a frequentar a casa da Lu e ter o amante polígamo, ainda que se enojasse, precisava.

Capítulo 11

Rami ansiava por uma terra para chamar de sua, o que era impossível em uma cultura patriarcal que desapropria tudo da mulher. Ela tinha nem sobrenome que não ligasse a homem ou espaço físico e espiritual para repousar. Pensou na poligamia como uma solução para a situação, reverteria a situação de explorada, até mesmo porque ela já vivia nessa situação. Tinha histórias de mulheres magoadas que viraram sogras terríveis para se vingarem e com razão. O povo Macua era um sem poligamia pela influência do Islamismo, já o de Rami, com raízes cristãs, era poligâmico ainda que contradiz a lei atual e a influência, pois a raiz de Moçambique era a poligamia, mas o papa influenciou para mudar esse costume ao celibato. Porém, pouco poder se exerce com pouca mulher. Ainda assim, seguiam a poligamia sem seguir tudo, como ter as mulheres e regalias mas não cumprirem os deveres de tratá-las por igual e com respeito. É uma terra com costumes de homens que é preservado pelas mulheres. A obra ao longo da narrativa vai de questionar, aceitar e entender os costumes, não de simplesmente negá-los ou ir contra, pois os costumes também possuem raízes que beneficiam duas partes, como a poligamia antes e no momento da história. Rami até pediu que Deus trouxesse um novo Moisés que contasse de Adão com várias Evas, além de bananas, já que maçãs não existem por ali. Rami não achava ruim a ideia da poligamia e de Tony, mas queria que ele tivesse dito, seguisse os moldes, e até se casasse com mais feias e mais desastradas. O jeito que Tony fazia era desrespeitar a mulher e torná-la objeto, todas rodando o mesmo homem que nada devolve e só toma. Rami ainda se considerava adúltera, mas tentava usar palavras para mudar a situação e amenizar, como um eufemismo. A poligamia contava cinco esposas e dezesseis filhos, mais quatro no ventre, Rami tinha ciúmes, ainda que não pudesse pela cultura, até de não ser a que mais tem filhos e ia fazer mais um de birra.

Capítulo 12

Rami queria ajuda da família para tramar uma conspiração com a família e os tios sobre a situação com Tony. Era um ultimato de escolher as outras ou a primeira na frente da família. Ao visitar os pais, já fica triste com o pai que mal vive mais e sempre está de olhos fechados, como quem não quisesse saber do mundo. Começou falando de coisas pequenas e foi ao problema, o pai mudou de voz moribunda e olhos fechados para arregalar e culpá-la, dizendo que na época dela mulher só ouvia. Afasta-se do pai, que era para ser segurança e perde as esperanças, vai ter com a mãe e desembucha o sofrimento. Ela se compara com as mulheres, diz o que não tem e culpa a mãe por tê-la feito menos bonita. Ela sorri e diz que homem é como bode, vai pastar em outros lugares mas sempre volta, bastava segurá-lo pelos chifres. A mãe até chora, pois Rami a lembra da irmã mais velha morta por moela de galinha, o gato comeu aquele resto e o marido a espancou, mandou ir para a casa dos pais e morreu no meio do caminho por um leopardo. Rami não sabia antes da história porque a mãe não queria lhe dar pesadelos. Ela sentiu sua dor ser menos, teve pena e perguntou da reação. A mãe disse que elas só podiam obedecer, o pai de Rami era mais um homem como todos.

Capítulo 13

Rami perguntava a quem podia do que achavam de poligamia e de sua história. Os homens sorriam e falavam que era a tradição, as mulheres praguejazam e diziam que mataria todas as amantes. Os homens falavam que o marido devia ser respeitado, as mulheres apontavam sobre inimizade, traição e até de união. A tia lhe disse que “quando as mulheres se entendem, os homens não abusam.”. Ela analisava e via que Tony não era amoroso com as outras, as usava e somente passava mais tempo com Mauá. Pensava no futuro incerto de todas. Teve um encontro secreto com todas, faltando Mauá, pois ela era amada, diferente das outras. Luísa falava de como Tony deu filhos bons, Julieta o maldizia por fazer sofrer com mentiras, Saly se indignava com a falta de apoio familiar e de linhagem. Rami se solidarizava, mas se deliciava com as dores e de ser a primeira dama, coisa que pensou no nome e na loucura de haver uma numeração. Ela precisava tomar uma ordem para ajudar todas, dirigiu-se a cada uma da dor que cada uma sentia. Elas choram ao ouvir como são tratadas por Tony. Pediu união, elas se assustaram, Rami faria um novo monumento de esperança com os cacos que tinham de todas.

Capítulo 14

Tony tinha uma festa grande de 50 anos de idade do bom e do melhor, Rami tinha um plano e foi doce durante toda a festa, Tony estava contente e até carinhoso com Rami. Cada uma das mulheres de Tony chegava, mas elas trocavam alguns filhos entre si como se cuidasse uma da outra. Tidas vestiam o mesmo e as crianças também, tal qual tradição de poligamia. Tony tinha um misto de raiva e vergonha, tentava explicar o pessoal que cochichava da cena. Elas entraram como serpentes, não tiveram vergonha. O tio dele até fala da cultura bantu, mas achava exagero o tanto de mulheres e filhos, Rami o defendia como um homem fértil e provedor. Outro tio falava de cultura, miscigenação e todas tantas outras coisas moralistas. Muitos foram embora daquele reino de pecado católico e outros homens de poder saíram dizendo que tinham compromissos. Apenas ficaram as fofoqueiras. Nesse meio tempo, Tony tomou 4 doses de uísque duplo. Rami pediu que fosse conversar com ela e as outras mulheres, que já se uniram para viver em conjunto e em poligamia. Tony resmungou e falou que ia levar uns papéis que o Ministro esqueceu, de forma covarde. Não voltou mais e elas se divertiram por ali, Rami as encorajou de aproveitar o momento de visibilidade, Rami usou a arma que Tony usou contra ela. Ao fim da noite, ela começou a ter remorso, pensando que elas ganharam visibilidade, mas o que ela teria agora?

Capítulo 15

Bem cedo, a sogra de Rami a chamou, ela gritava e tratava-a como uma criança, como toda sogra trata a nora para manter o poder e a hierarquia. Tony tinha chegado abatido, chorava e dizia que o envenenaram, comia comida sem sal e a sogra a culpava. Ela contou os fatos, da traição constante de Tony e da reunião das mulheres aliadas. A imagem de santo de Tony caía e a sogra ficava quieta. Até que ela ficou doce e feliz, pensou que família grande era sempre bom, tinha quem podia ajudar em casa, dar felicidade e até tristeza, ainda mais com dezessete netos, a família ser grande era uma união da tradição bantu com a visão católica. Rami ficou surpresa e empolgada com a visão. Até perguntou se eram ilegítimos, a sogra disse da lei, mas todos eram ainda seus netos e a continuação da linhagem. A sogra ficava feliz, tinha gente para povoar o quintal dela e queria saber quando iriam, dizia como Tony era mal-educado e como escondeu essa felicidade dela. Rami disse que não dependia dela dos netos visitarem, exigiu ver Tony o quanto antes. Vergonha era ser operário sem dinheiro para ser polígamo, mas Tony era doutor e rico, precisava desfrutar do dinheiro com a família. Mauá era quem passava mais tempo com Tony e ele ficava magro, silencioso, irritado e tratava mal os subordinados da polícia, além de beber mais. Agora que as mulheres se entendiam, ele piorava.

Capítulo 16

Rami disse às rivais que viessem cobrar Tony de suas obrigações, deveres e responsabilidades. Ao longo do livro é uma ondulação de chamar as outras mulheres de rivais, amigas e companheiras. Ele reclamava, fugia, Rami aguentava tudo e Tony enfim soltou que tudo era porque não trabalhavam e mendigavam. Cada uma tinha um sonho de negócio, Saly já tentou mas teve que usar todo o dinheiro para curar o filho, Lu queria uma loja de moda, Ju gostava de crianças, Mauá foi criada para ser esposa. Rami organizou para que os negócios se unissem, ela vendia produtos, comprava roupa e revendia, inspirando cada uma, tinham agora negócios de cabelo, roupa, devolviam o dinheiro com juros e mimos. Tony reclamava, mas não o ouviam. Rami participava da venda de roupas e no mercado principal vendia para outras. Ouvia história na hora do almoço de violência sexual das vendedoras e como cada uma tinha no consolo da história ruim um lado positivo, de maridos, filhos, pais e padrastos. Rami contou da situação com a Lu, as rivais e o marido doutor, até da prestação de contas. As vendedoras se assustavam, achavam que eram irmãs e aconselharam a mentir ao Tony das contas. Disseram que ela precisava guardar um pouco para si, até mesmo de amantes de áreas que lhe interessavam. Elas diziam que ela continuar atrás de doutor era furada, ainda mais que eles só se preocupam com filosofias e não sabem manejar dinheiro. Ela até disse que eles podiam ajudar, mas elas dizem que eles só atrapalham. Ela finalmente entrou forçada no xitique. Ela e Lu abriram uma loja cada de roupas, Saly tinha uma loja de bebidas, Ju tinha um armazém, Mauá um cabeleireiro. As rivais se sentiam mal pelo passado violento e como tudo começou, ela aceitava que não tinha como ter começado bem.

Capítulo 17

A sogra de Tony se acabava de ver os netos, levava chocolate e visitava todos, falavam de como elas deveriam ser loboladas, que é um processo de pagar à família da noiva ou à noiva em relação ao casamento. Ela agora advogava pela poligamia e negava a monogamia, sistema que negou seus netos e os marginalizou, brigou até com o irmão que era padre, agora Tony honrava a família que tinha tanta dificuldade de ter filhos. A sogra foi contra os costumes cristão e voltou às raízes sem resistência da família. Ju e Lu foram loboladas, uma com dinheiro e a outra espantada com o tanto. Tiveram que adaptar pois os filhos já estavam casados. Todas elas lobolaram com papel especificando as cláusulas e retirando o assistente conjugal. Finalmente as mulheres aceitavam um costume patriarcal, ficavam em festas por meses. Tony ia perdendo o conforto e Rami também. Uma reunião das casadas foi feita com auditoria da sogra, Rami foi promovida à rainha e podia punir as outras, ainda que não quisesse. Organizaram uma rotina de quem ficaria com Tony e de como o serviriam. A comida seria fresca, havia até mesmo o que era para alimentar e o motivo de ser apenas uma semana em cada casa. As mulheres finalmente descobriam compromisso sendo que sempre foram escondidas. Rami se deliciava.

Capítulo 18

Mauá passava Tony pela escala. Rami perguntava como foi a semana, elas se alimentavam afetivamente de pouco mas era assim mesmo. Alimentou com as partes da galinha que devia e dizia que o via cantarolando, mas na hora do sexo Tony só dormia. Mauá brilhava menos, desconfiou e descobriu que Tony tinha uma outra amante. Mauá chorava e se queixava, Ju e Lu se deliciavam pois a Mauá perdia o posto da mais nova. Elas diziam que ela finalmente sentia a desgraça que sentiam. Para Rami era o oposto, ela sentia mais nada, que diferença fazia uma sexta em uma poligamia? Seguia a tradição da poligamia e mantinha o homem por perto. Até mesmo o número de mulheres na poligamia dizia muito do homem, de saber resolver conflitos e discussões. Mauá se inconformava mais com o fato da nova amante ser feia do que a traição em si, ela era mulata, e as mulheres logo ficaram preconceituosas, dizendo que mulata não prestava. Elas precisavam descobrir o estado civil, até porque a cultura da poligamia era dos negros, podia bem ser que ela só queria se divertir, mas o fato de ser solteira poderia implicar em mais uma na poligamia, Rami não gostava da ideia de seis pois poderia dificultar em eleições com um número par. Mauá ficou encarregada de descobrir tudo da sexta, com foto e informações. Finalmente fizeram o flagrante e viram que ela era bem mais bonita que a Mauá. Ficaram pensando o que ela preenchia que outras 5 não preenchiam. Infelizmente a Mauá levou a culpa de ter sido ela que não manteve Tony amado. Saly desabafava que desde sua aparição Tony era mais ausente e a vida só piorava. Até que chegou a informação que a amante era estéril, rejeitada por um político. Na poligamia, sempre havia uma estéril, já que ela não se ocupava com crianças, provavelmente o que Tony procurava. Ela também talvez não procuraria dinheiro pois tinha emprego que mandava em homem e carro próprio, talvez do antigo casamento. Decidiram um corretivo de sexo, não uma greve, Rami tentava reinar entre as esposas no cio, reprimidas e revoltadas, Rami sofria muito.

Capítulo 19

Todas foram juntar juntas com Tony, que aprovou a ideia. Todas ficaram felizes de vê-lo e o embebedaram para que ele soltasse a verdade. Perguntavam o que ele gostava em cada uma, com a promessa de que não ficariam bravas. Mauá era doce, Saly era boa cozinheira e boa de briga, Lu é boa de corpo e se enfeita bem, Ju é um monumento de redenção, Rami é a afirmação dele de homem no mundo. Ju sentia que elas eram vistas como objetos a Tony, apesar de tentar dizer que as via com respeito tal qual Jesus Cristo veio de uma mulher, elas iam se ofendendo e fechando o rosto, até perguntarem da mulata nova, Eva. Ele diz que estava feliz com elas, mas queria experimentar uma carne mais clara. Mauá fica louca e Lu cobra da performance dele, que deve explicações pois é casado. Tony tenta falar que ele é o marido e está acima, elas respondem como nunca responderam, dizendo que era direito da poligamia de até mesmo convocar um assistente conjugal da sua má performance. Ele ameaça as deixar de lado, ainda que as tivesse registrado. As mulheres são vistas como objetos e Tony como um doador de estatutos. Elas aceitavam as palavras duras, mas Mauá dizia que era até melhor ficar solteira, pois todas elas tinham ganhado clientes e contatos, além de dinheiro. Saly comandou que Tony ficasse e agradasse todas elas aquela noite, trancou a casa e colocou Tony em cheque. Elas ficaram nuas no quarto de Saly que tinha arrumado essa armadilha para Tony com outros estrados, ele ficava num misto de nervoso e feliz, chorando e sorrindo. Mulher pelada era mau agouro e Tony se desesperava, não dava conta e ainda tentou clamar por Rami, que ela mudou e era melhor. Ele bebe uísque e diz que Eva era mulher rica, só tinha dinheiro e não tinha homem, era a única coisa que Tony podia oferecer a ela, companhia. Elas acreditam porque homens podem mentir por nada, podia ser verdade ou não. Ele bebe mais meia garrafa e decide ir para casa com Rami, ela fica feliz do marido em casa, ele toma um café forte e vomita. Ele finge dormir na cama e Rami fica pensando em como a mulher nua era um agouro, o Tony quis tanto ter tantas que ficou mal. Falou das analogias do corpo nu, o que significava, e de um conhecido que perdeu dinheiro até e capotou o carro de tanto desejar Rami nua. Até uma história da guerra civil de Moçambique de uma mulher nua com miçangas na frente que desmoralizava as tropas inimigas. Pensou também como mulher podia ser bom, como musas inspiradoras, de como o povo africano associava nudez à terra. Ela conta de um rei déspota tirano que foi combatido e ganhou. As mulheres foram anunciar o descontentamento. Ele respondeu com palavras arrogantes, elas mostraram a bunda e se foram, ele ficou insultado e teve um ataque cardíaco, morreu no mesmo dia. Rami ficou com insônia nesses pensamentos. Queria ouvir música e banhar-se com espuma e concluiu melhor ouvir voz feminina, como a de Rosália Mboa. Ela tenta ver sua nudez, queria se estimar e se assusta. Ela volta ao quarto, Tony ainda dorme e ela pensa que ele provavelmente tem um pesadelo de mulheres nuas. Ela pensa em tantas outras mulheres que vivem nessa situação de harém e pede “perdão a Deus pelo mal que a vida lhes faz.”.

Capítulo 20

Houve um conselho de família feito por Tony que pediu ajuda de todos os familiares, acusava as mulheres de não o tratarem bem e mal sabia conduzir a reunião, em um misto de choro e pressão. Apenas o pai de Rami não apareceu. A sogra de Rami a defendia, dizendo que ele que era o feiticeiro e não aguentava. A tia de Tony perguntava dos ritos, da comida, e ele confirmava tudo, apesar de não lembrar de ter comido moela, mesmo que elas tenham dito que era dado. A família de Tony defende e murmura a seu favor, as mulheres ficam em silêncio, querem construir pontes, não queimar. Saly tenta se defender falando que compra mais de quilo de moelas, mas um velho a interrompe, acusando que foram mal instruídas e que há diferença entre moela e moelas. A mãe de Rami fica quieta, Rami quer revidar, mas fica em silêncio pela mãe quieta. Começa uma discussão da moela e de como não há respeito, ainda mais que moela pode ser comprada aos montes e comida por qualquer um. Fazem como que as mulheres tivessem que olhar ao chão, como forma de submissão e pensar menos, mesmo que o chão levasse mais questionamentos. Mauá levantava a voz, incomodada com as pedradas, coisa de mulher do Norte acostumada a ser ouvida, reclamou da importância da moela, de como estavam unidad e agora era um problema. Tony usava palavras grosseiras para falar de como desrespeitaram quando ficaram nuas. A família defendia Tony falando que aquilo já era demais e ele se sentia vitorioso, até mesmo do azar que não chegava mas estava no futuro. Rami chorava porque as tias falavam de amor como se soubessem ou tivessem recebido, as mulheres eram obedientes com a casa. Contam a história de Vuyazi, uma princesa insubmissa que não fazia nada dos agrados de casamento ao homem, que foi punida pelo dragão do rei e estampada na lua, o que explicava uma vez por mês as mulheres menstruarem. Rami resmungou que não precisava ser estampada na lua e o tio de Tony clamava por ele como uma pérola no deserto. Tony ficou feliz e anunciou que sua morte seria pelo azar das mulheres. Fica um silêncio e Rami vê que mulher nasceu para chorar e sofrer, questiona Deus e o motivo de ser mulher, até mesmo do que adiantava ser homem. A família jantou e bebeu de forma exagerada, Tony era um rei por ali. Rami analisava tudo e de como podiam usar a nudez como arma, assim como Mauá ria e dizia do povo do Sul, dizendo depois da dança de Niketche, uma dança do povo macua que celebra a transição de menina para mulher, sobre a sensualidade, ainda mais das cinco que dançaram a Tony e ele só soube chorar. Falam depois das diferenças de tratamento aos homens e mulheres, mulher é celebrada com uma galinha ao nascer, homem com vaca, mulher recebe três batidas de tambor, homem cinco, mulher é amamentada até um ano, homem aos dois, mulher é anunciada como bebê no relento, homem embaixo de árvore de antepassados ou na casa, homem casa, mulher é casada, homem dorme, mulher é dormida, mulher fica viúva e homem só perde uma mulher. Lu falava até mesmo de como o verbo ter mudava a perspectiva de ver as coisas no casamento. Rami chorava era de raiva, mas usaria as mulheres como suas armas.

Capítulo 21 Tony se afasta cada vez mais de Rami e ela pensa constantemente em separação. Ela pensa que não adianta, separação é libertação para homem, para mulher é perder estatuto. Pensava em como a solidão afetava cada gênero até que Tony chega, na semana da Saly, com sorriso de que vinha coisa ruim. Queria divórcio. Rami chora, como de costume, ela pergunta o motivo e ele diz que era castigo, tentava ser rainha mas era pior que todas. Rami nem se sentia bem, quem dirá orgulhosa, como acusava Tony. Tony dizia que elas o tratavam mal pois agora tinham dinheiro. A vida era boa para ele e agora tudo mudou por orgulho de Rami.

Capítulo 22

Um homem gorducho apareceu para Rami, o advogado de Tony. Ele pediu que assinasse pacificamente, ou se não seria acusada de danos morais, maus tratos e violência psicológica e estava infeliz. Rami lembrou que ele era polígamo ao advogado, ele não ligou, acusou da culpada ser Rami de não ter sido o suficiente. Mandou ela assinar novamente, dizendo que ela era a única esposa na lei e Rami se negou a ser maltratada por outro homem além de Tony. Deu um tapa e o homem saiu correndo gritando pela mãe, Rami ia comer o gorducho. Ele disse que era da lei e se complicaria, ela ameaçou matar ele e Tony e ainda arranhou o homem. Sabendo que se complicou, fugiu dali. Ela se sentiu culpada, mas gostou de ter batido em alguém pela primeira vez, ainda mais depois de tanto apanhar e ser um homem de lei. Pensou no divórcio e desmaiou.

Capítulo 23

Rami pensa em como aceitou e suportou tudo do amor e está sendo dispensada. Foi conversar com o espelho, eles conversaram de como Deus tinha planos maiores, além de que não seria nem a primeira e nem a última a divorciar, se acontecesse, era para acontecer. O espelho dizia que o mundo continuaria sem ela e que há mulheres que sofrem muito mais. Dali apareceram as quatro rivais e perguntavam do divórcio, Rami não queria lutar contra mas as mulheres pediam que lutassem, já que podiam ser as próximas divorciadas. Ju se desesperava, pois ela tinha agora o prazer de ter um marido pois Rami era a segurança de tudo. Saly achava estranho como as mulheres do sul aceitavam ter tantos filhos sem ter amor, a relação era moral, ter filhos de pais diferentes é ruim, antes elas tentassem fisgar ele com vários filhos. Saly dizia que prazer vinha antes, condenava essa moral que só machucava elas, já que no Norte o prazer é mais simples. As rivais não se davam por vencido, elas tinham progresso, teriam com o divórcio. Saly, Mauá e Lu perguntam e explicam como encantam Tony, sem saber que Rami nada fazia, desde raspar musgo a fazer comida com teia de aranha. Encantava a ideia dessas magias, mas qual o custo do amor se é feitiçaria? Rami atacava falando que elas pensavam só em sexo, o que é um questionamento, Lu apontou já que a primeira coisa que vêem é a genitália. Mauá continuava falando da infantilidade de negarem os ritos de amor e escolas, que o pessoal do sul é só estética. Rami ainda era contra colocar as filhas na escola de amor para manter a virgindade. Saly dizia que Rami precisava ser amada, mas não por homem, ela mesma, que fizesse exercícios da parte íntima. Saly apontava que a Europa infectou Moçambique, com esses costumes de cristianismo e ciência, depositam amor no beijo mas trazem pornografia aos tolos. Mauá reafirmava que homem era escravo na mão de mulher que sabe amar. Todas falavam de como sugavam Tony por mulher ter o que comer sem precisar trabalhar. Rami está cansada e se sente derrotada de continuar e mudar. Elas insistem e contam as artimanhas de amor, tal qual as tatuagens, o que interessa Rami mas deixa-a mais cansada. Elas tentam convencê-la de como juntas já fizeram tudo, mas Rami estava insultada e queria todas longes.

Capítulo 24

Rami pensa como toda mulher é solidão e silêncio, de como se fala pouco com o que carrega e não diz. Pensa nas canções que a vagina poderia fazer, vai ao parque e faz diálogos silenciosos com todas que passam. Elas contam histórias iguais de conteúdo, mas são todas diferentes na estética. Pensa na obediência das mulheres e relata histórias esteriotipadas do coletivo social moçambicano. Pensa em como doutores ficam moles e valem de nada. Pensa em como são rebaixadas a serem rotuladas de nada, mas os homens fazem mundos e fundos para achar uma, sendo na solteirice ou traição. Finalmente ela sorri e tem orgulho de ser mulher.

Capítulo 25

Rami quer falar com sua mãe, alguém que a ama e que a entende. Rami chora ao vê-la, enquanto o pai falava com dois amigos. Ela dizia do divórcio e como mais nada agradava Tony e ela era um fracasso. A mãe a defende, falando que ela casou e foi virgem, teve tudo na legalidade e conquistou o sonho de muitas mulheres, sem feitiço. Rami pergunta de como não aprendeu nada e pede que ela conte uns feitiços, a mãe se desculpa falando que o pai era da cidade e chora. Ela se silencia e pensa em como dói a traição, a poligamia e a monogamia. Se a mãe sabia da dor da vida, por que Rami veio ao mundo?

Capítulo 26

Rami vai a pé ao trabalho. Um homem morreu atropelado e a natureza parava para ver. Falavam do lugar ser assombrado. Trabalhou e foi dormir com essa imagem. Saly ligou de madrugada, dizendo que não achava Tony. Rami ficava irritada com ter que mudar a rotina por um vadio, o coração apertava de imaginar Tony como o homem morto. Saly achava estranho tudo pois Tony foi de calção e chinelo comprar cigarro, sem levar documento e nem se quer carro. Não o acharam, às seis da manhã, foi dormir.

Capítulo 27

As tias e cunhadas de Tony entram na casa de Rami às 7 alegando que ela estava livre do fardo do divórcio, pois era viúva. Mandavam ficar quieta para não parecer alegre, Rami não entendia como eles acharam o paradeiro dele tão acertado, tomaram conta da casa e dela, rasparam a cabeça de navalha e vestiram-na de preto, moviam os móveis. Pensou que era melhor ter assinado os papéis. A morte sempre uniu pessoas mais fácil, mulher pode chorar tudo o que guardou e se alimentar com a comida paga pelo marido morto. Depois de abraços e choro que era controlada, falaram que o encontraram atropelado na ponte. Mal dava para ver o corpo e como isso passou pelas rivais? Choravam por Tony, Rami chorava por ele ter ido para outra mulher. As esposas vieram e conversaram sobre o acontecido. Elas achavam estranho todo o corpo delito, a invocação de religião e o enxotamento da ajuda policial. Lu desconfiava de traição, Saly reclamava dos olhares julgadores, Mauá dizia que a morte sempre vem com aviso e esse veio sem nada. Só que Lu lembra que no sul a morte é celebração e questiona quem que vai pagar pela comida de todos. Vão até o necrotério e Rami identifica que não é Tony por uma cicatriz atrás da orelha direita de uma briga que deixou ele todo costurado depois de uma garrafada, mas Rami não diz nada. Tentou falar até para a sogra, mas ela tentava consolar Rami. Sentiu-se irada, entendeu que toda aquela pressa era vingança do sucesso. Rami aceitou as loucuras supersticiosas da família e queria aproveitar a situação. Naquele mesmo local, havia morrido outro polígamo um ano atrás, podia ser que havia um espírito.

Capítulo 28

A família de Mauá e Saly, macua e maconde, vieram exigir os direitos de viúvas característicos das tradições. O irmão mais velho de Tony era o porta-voz e explicou que as tradições de nada valem na poligamia, pois ela é feita de trato assinado e isento de tradição. Todas vieram como concubinas e de prazer, pois na poligamia não há interesse, como elas vieram depois de Tony doutor e com dinheiro, a poligamia nem oficializava elas como esposas, apenas Rami e mal validava Ju. Isso ofende, naturalmente, os macondes e os macuas, que protestaram contra os maus-tratos de Rami e já avisaram de não encostar em Saly e Mauá. Começa uma briga de ofensas de generalizações das pessoas do norte, ditas como escravos das mulheres, e das pessoas do sul, ditas como brutas e violentos com suas mulheres. Um tenta se defender do outro, os do norte dizendo como mãe é certeza, provedora e vida, os outros no respeito da terra, mas o problema é que os homens do norte conseguem defender-se melhor, pois os homens do sul só apontam os erros, zombam e diminuem, os do norte explicam e desarmam os brutos. Saly e Mauá pedem socorro a Rami que disse que aquilo tudo era show, ninguém se mataria. Continuavam as ofensas, famílias que fizeram tanto e sofreram tanto e esqueceram do velório. Ninguém quer ficar por baixo.

Capítulo 29

As mulheres da família de Tony fazem uma nova reunião, somente com Ju e Rami. Elas culpam Rami da traição, tratar mal, fazer complô com as rivais e de feitiçaria. Rami aceita tudo e diz que sim. Agora os familiares voltavam às tradições e passariam as esposas a um dos cunhados, empolgados pela carne. Rami aceita tudo, dá a cara e não se abaixa. Pensa que era bom ter outro homem, ainda que fosse levirato e não incesto, não precisaria ficar nas ruas para encantar.

Capítulo 30

Eva, a suposta amiga de Tony, foi conversar com Rami, era bonita. Ela perguntava diretamente à Rami, até porque ela sabia que Tony estava vivo e em Paris de férias, recebeu até uma ligação dele e contou que o motivo não era para ser explicado agora. Mas Eva achava estranho tudo, ele tinha um problema do joelho e ela sugeriu ver um médico, cuidou de tudo e no dia da viagem viu a Gaby, mais uma amante, ela achou que Mauá era a última e ficou magoada com a mentira. As rivais cobraram de Eva uma participação do luto, pois havia gente que chorava e comia ali. Rami desculpou-as por serem enxotadas, Eva disse mais uma vez que era apenas amiga de Tony. Ela era do Norte, maconde. Eva pedia para que parasse a loucura, chamasse a polícia, mostrasse os documentos, Rami disse que pensaria e só seguia essa invocação de tradição e religião da família pois não a ouviam. Mas ela também queria aproveitar o momento, ela ficaria com um cunhado que era bem bonito, Levy, e até Eva o cobiçou. Mas ela ainda pensava como Tony reagiria, Rami contou de tudo que passou e Eva o considerou louco, merecia ser punido. Eva concordou com Rami do curso que tomaria e se foi, Rami a elogiou e admirou e pensou que mulher só podia ser presa ou livre, mas sempre solitária.

Capítulo 31

As quatro rivais estão no funeral de preto, Rami está com todos os acessórios de preto e só faltava pele ser pintada do tanto que tinha. Estava bela e queria ser lembrada desse dia. Há muita gente, há até outras mulheres chorando que podiam ser outras amantes de Tony, o cemitério não deixa sentimento ser escondido. Rami só chora por ver gente chorando sem ter perda. Chegou a noite e o enterro, Rami simbolicamente deixava naquele corpo a morte de Tony, não queria mais saber dele, enterrou as memórias boas e ruins. Tudo se foi do que ela admirava, ainda para melhorar ele seria lembrado como quem fingiu de morto. Rami pediu perdão por essas culturas que sofria, da história do rei e a rainha insubmissa e como a sua tia teve da moela. O enterro continuou com o corpo descendo e choro, apenas uma lágrima de Rami para não perder a pose. Ela fitava Levy, que seria seu pelos próximos oito dias, pediria a Mauá para ensinar a dança sexual e ele seria seu consolo sexual. Estava cansada dos rituais cristãos e de ganhar nada em seguir. A vida seguia em frente, partilharam tudo do Tony, disputaram até cueca e presente de familiares, deram 30 dias para sair da casa que deixaram só teto e parede para a viúva, sem encostar nas outras esposas, com medo de superstição, feitiço, gente vindo ou de não considerarem esposas.

Capítulo 32

Oito dias depois, um grupo de mulheres prepara uma fogueira na casa de Rami e a tia de Tony puxa ela da esteira e a leva pelo pulso. Ela pega o robe e vai ao banheiro com raiva. Tenta ver o espelho mas ela foi arrancada de lá. Foi banhada de água quente e folhas, cobriram com lençol branco a jogaram num quarto com incenso, folhas no chão e pelada. Ela grita e pergunta a Deus como sofre tanto se é fiel e obediente. Eis que sente uma mão quente, de Levy, era o ritual de passagem. Ele a beija de leve, incendeia rápido e se amam. Ela fica feliz e não sente vergonha de aproveitar o homem já casado, preferia ser amada por um instante do que desprezada a vida inteira.

Capítulo 33

Tony volta e acha estranho a situação toda. Vê os filhos e a Rami sem nada por volta e ela pede para ele ouvir e sentar. Ele ouve tudo, segura o choro, teve que processar da tradição da iniciação sexual e perguntou como que ela não resistiu. Ela disse que foi ensinada a obedecer, como que no luto não o faria, além de elogiar Levy como um cavalheiro e gentil. Ele tinha voz baixa, disse que Rami tinha princípios, que sabia que não era ele, até perguntou o que seria agora, a vontade de Rami de vingança era mais forte do que compaixão, disse que foi largada, raspada e despida, ainda mais que nunca era ouvida. Perguntou das outras, elas estavam recebendo visitas e condolências dos irmãos de Tony, mas ser humilhada apenas Rami, questionava a não aparição da polícia, ela respondia que foi vetada e não pegava bem uma viúva por aí. Ele estava sem chão, sem expressão, amaldiçoou a tradição, Rami o chicoteava da mesma forma que sempre foi. Ele pensava nos filhos que deixou e que a tradição os deixou sem colchão, a tradição que tanto achava boa, que trabalhou como doutor, deixaria nada aos filhos. Ele chorava, tentou um abraço e ela, pela primeira vez, recusou, ela que tanto pedia. Ela disse que ele podia ser um espírito e mandava se afastar, ele tentava de novo e continuava a repelir o homem. Ele ainda acusava Rami da desgraça, Rami disse que ele a construiu com teto de palha. Anoitece e Tony continua meditando no mesmo engradado de cerveja que sentou para ouvir tudo, as outras rivais dormiam na cama que Tony comprou, Rami e seus filhos dormiam em folhas de jornal. Até quis comprar uma cama, mas as lojas já fecharam e não atendiam esse tipo de emergência. No meio da noite Rami ainda viu Tony acordado e viu como sofria, não só de ser saqueado e tomado tudo, construiu nada para ficar, mas também da kutchinga, foi tomado e substituído em tudo que teria de resquício de vida. Ele tinha até emagrecido e contou que mandou prender todos do saque, até a mãe, responderiam judicialmente. Ele disse que não adiantava, errou demais para fazer algo, ele prometia melhorar e que errou. Ela disse que iria ao Levy e levaria os filhos, ele dizia que não e pedia perdão, ela ignorava e dizia que ele era nada, viveu como quis e que colhesse os frutos, poderia ser feliz com suas concubinas e partiria. Ele barrou a saída, puxou as malas, ela o empurrou e brigaram. Mas pararam quando chegou o filho mais velho chora vendo tudo e a campainha toca.

Capítulo 34

Cada rival foi aparecendo, bem vestida pela Lu e perfumadas pela Mauá, Tony estava no meio tal qual bolo a ser fatiado. Saly o acolhe e pergunta da viagem com deboche, elas dizem ser um espírito e o beliscam para ver se era realmente vivo, soltava gemidos e chorava, queria pedir perdão, errar era humano. Ele balbuciava, as mulheres diziam de como foram tratadas, como que voltou se foi com a Gaby. Vomitaram tudo que sentiam. Ele se oferecia para ser chicoteado, Rami pedia divórcio. Denunciavam o tratamento e escapava de responder das mulheres que choravam no velório. Falam de como é a morte no norte, respeitosa. Ele queria retomar o controle e voltar como tudo era, disse que pagaria os gastos do velório e dos negócios fechados por uma semana, pediu a tabela semanal de esposas. Saly gritou que ele devolveria tudo a Rami em sete dias. Rami disse que faria a escala, mas faltava Eva e Gaby. Tony pediu que não, eram amigas. Rami dizia que iria ao Levy. Ele clamava que só por cima do cadáver, o que era fácil. Elas se uniam para que Eva fosse a sexta, sofreu junto e se uniu às esposas. Pedia piedade e Rami foi ao banheiro ver a careca, o espelho pergunta quem era, e nega que fosse Rami, era quem a sociedade construiu.

Capítulo 35

Rami foi ao restaurante perto do serviço, estava sozinha na semana, Tony partiu para outros braços. Queria falar com Lu e retomar uma conversa. Enquanto bebia água gelada, viu um carro bonito chegando e Lu que dirigia, era usado, mas o primeiro carro, Rami a abraça de felicidade. O tópico era o Vítor, como que Lu não ia a ele para casar. Ela chegou perto como quem conta segredo, não queria ser como Rami, a primeira, pois toda primeira esposa é serviço e espinho, a segunda é flor e prazer, ela jamais trocaria isso. Rami a considerava ingrata, mas as coisas eram assim, Rami perfumava e cuidava de Tony, as esposas o recebiam perfumado e sem obrigações familiares, apenas prazer. Vito e Tony eram do sul, ela prometeu jamais casar com um homem do sul e se contentava com os prazeres de cada homem na ilegitimidade. Rami se surpreende de novo com como ela é assertiva, decidida e afronta tudo. Ela segue apenas o décimo mandamento, ama a ti mesmo como o próximo. Os homem aprendem a amar antes si do que outros, as mulheres o oposto, ela fazia como os homens, valia de nada obedecer se obedecer fosse o destino de Rami. Rami chorava, Lu se indignava de como a tratavam mal, ela multiplicava o amor onde existia ódio. Devia ser amada, Lu era grata pela poligamia e tudo que deu. Rami pensava em como os filhos também perpetuavam costumes. Também perguntava de novo da lei, que era mais forte que tradição, Lu resistia mas até chorou. Ela conta como foi violentada na vila, trocada por algodão para cobrir os irmãos, mal tratada por uma família de dezessete pelas mulheres, fugiu pela mata e sofreu na cidade até ter Tony na sua frente. Rami insistia no assunto do casamento com Vito, sentia muito pelo passado, mas ele já foi. Lu prometeu pensar.

Capítulo 36

A casa de Rami virou local de reclamações das rivais, coisa que não incomoda ela, mas os seus filhos. Era sexta, dia de passar o Tony. Lu responde o de costume, como o serviu, como o tratou, mas Tony apareceu em sua casa sem ser avisado por Saly. Ele também não foi dançar, Saly teve dó de Tony, já tinha 50 anos e dizia que gastava energia na poligamia. Tony gasta a energia que tem dançando de jazz a rock com as esposas, elas já podem pagar as despesas de fim de semana. Tony se enche de amor das esposas e ele enche sua vida com elas, troca os nomes menos o de Mauá. Porém, faziam 15 dias que Saly estava com Tony, nenhuma mais queria tomar ele em casa, homem em casa limita, não ajuda e elas tinham seus negócios agora. Ju aceitou recebê-lo, mas ela reclama de como o mimam e como isso gera mais trabalho. Rami se delicia com o plano que tem, as mulheres mudam, menos Tony, ele viveria e morreria pelas mulheres.

Capítulo 37

De noite, Mauá vai visitar Rami, bem vestida, logo vem cada uma, menos Lu, constantemente Rami é lembrada de como era traída e do que cada mulher fez para conquistar Tony, amargurando seu interior. Elas disseram que Tony as chamou ali, acharam tudo estranho e que vinha coisa ruim, principalmente Rami, que sabia o que viria mas não contava. Elas se elogiavam, pensava em como a roupa feminina só pode ser criação de homem para controlar. Finalmente Tony chegou, fumando nervoso, Rami leu uma carta breve, era um convite de casamento de Lu e Vito. Tony as ofendia, dizendo que foi traído, que não adiantava ter tantas no mundo, era o gado dele, domesticado, que riam dele pelas costas. Elas ficavam quieta, ele reclamava e dizia até demais, de como Mauá iria trair logo mais, de como Ju sempre quis casar com ele, de como Lu tinha até um filho chamado Vito e pensando desde quando existia esta relação. Pensou até se os filhos eram seus das mulheres. Quatro lhe bastavam ele diz, mas temia o que outros diriam da sua virilidade. Rami já via que ele choraria as pitangas a ela. Botou a culpa em Rami, disse que homem não nasceu para sofrer, bebeu e saiu em disparada com o carro. Telefonam para Lu e avisam do que rolou. Eles seguem Tony com o carro de Mauá e encontram a porta da casa dela escancarada. Acharam Tony chorando como touro capado, Rami preferia ver violência do que ele chorando por amor. Ele pedia que ficasse, até o dinheiro do lobolo e os filhos. Ela negava pois ele não era pai oficial. Ele até falou de largar todas e depois de matar se o deixasse. Propôs ser casada com aliança e véu, ficaria se fosse assim. Tony procurava uma solução. Escolheu a violência e disse que a amava e dava de tudo, voltaria implorando ele de volta pois ele era o melhor. Ele tenta socar ela para machucar o rosto antes do casamento, mas vai fraco, ela desvia e morde o braço dele até sangrar. Rami tentou estancar a ferida funda com um lenço. Ela sente ciúmes. Mais uma vez Tony culpa Rami, ela aceita e ele pergunta se não tem pena dele. Ele diz que ela é boa, que trazia amarguras, mas que ela era boa por isso. Ela aceita. Rami o ajuda a ir embora. Ele não aceita ser abandonado, mulher é acostumada, homem não. Ela pensa em como cantar espanta os males, tal qual uma mulher do Zimbabué que teve cinco filhos, cada uma geração da história de guerras de lá. Mas cantava feliz, apesar de ter sido violada, o último filho foi de amor e ela só teve homens, que jamais conheceriam a dor da violação sexual.

Capítulo 38

Rami está com insônia e vê Tony delirando com Lu. Ele acorda e pergunta a hora, era o dia do casamento de Lu e ele perguntou se Rami ia, pois queria impedir o casamento e pediu a participação de Rami. Rami, ainda que não fosse se ele não a deixasse, disse que ela era apenas lobolada, não havia como impedir. Ele apela dizendo que é bom, Rami só tem ele para curar de outras. Ele pensava em feitiço, contratar um pistoleiro, uma invocadora de trovões, prova do que gostava mais de Lu do que de Rami. Ele vai de desejar Lu a enxotá-la em casa frase. Ele vai a loucura quando Rami menciona de que ele devia casar com mulher antiga, ele grita do trovão a ser encomendado e desmaia. Levaram ao hospital Rami e os filhos. Ela explica ao doutor a situação do casamento, Tony grita que ela devia saber o seu lugar, Rami se cansa e o deixa. Ele chora por ela. No dia seguinte, arruma-se bem para o casamento, apesar de ter ligado ao médico para verificar como estava Tony.

Capítulo 39

Lu está irradiante no casamento, Rami se emociona. Lu pergunta de Tony e Rami explica que está hospitalizado de depressão por ela, o que a deixa mais feliz. Lu agradece e se emociona com Rami, as outras rivais, menos Ju, agradecem Rami e o que fez, Mauá até conta que era a próxima noiva. Lu até oferece o lugar de segunda esposa no casamento, para que tenha prazer. Rami vê e pensa nas mulheres que sofrem, nos homens que têm a vida para eles. Dançam, celebram Vuyazi e pensam num mundo melhor aos dois gêneros.

Capítulo 40

Já é novembro, Rami acorda, sente saudades de não sabe quem e inveja talvez da Lu, mas de tantas outras mulheres em sua situação e situações diferentes. Acha triste a situação das mulheres do mundo e estranho como é invejada. Até pensa em como é possível roubar um marido. Pensa nas promessas do Tony não cumpridas e levanta-se. Ela invoca um canto que sua mãe gosta e fala de como apanha. Enquanto lavava a louça para espantar a amargura, Tony chega com uma rosa e cheio de ternura, Rami preferia que fosse lenha. Ele diz que queria largar todas para focar só em Rami. Ela fica enjoada das mentiras e tentativas de explicar porque traía. Tenta elogiar ela mas tem um sentimento de aversão em Rami. Ele tenta jogar promessas e um ideal que nunca esteve com Rami de fato e teve pouco tempo para conhecer. Rami vai ficando com raiva, o nojo aumenta de um homem que traiu, agrediu e abandonou mulheres e filhos. Tentou bater nele com uma colher de pau mas foi parada. Ela diz como o via como sagrado e se enganou. Ele diz que o médico disse para cuidar da vida depois de ouvir suas histórias, além de que as outras esposas só o seguiam por dinheiro, agora que tinham negócios, o desrespeitavam. Pergunta o que é de cada mulher, cada uma delas tem prioridades, tenta ser doce e falar que Rami é a verdadeira. Rami lembra do avô materno que batia na sua avó, chamando-a de tambor. Ele continua com essa ideia de tentar envolvê-la, dizendo como ela o apoiava, ela não aguentou e saiu dali. Não queria mais amar um homem, queria ser segunda esposa, queria ser qualquer outra coisa.

Capítulo 41

As rivais foram convocadas emergencialmente. Elas riram, apenas Rami tinha ouvido isso pela primeira vez. Chora de novo, de como homem mente e mulher sofre. Elas fazem uma votação de arranjar uma nova mulher, todas mal têm tempo para Tony ou si mesmas. Rami diz que elas não amam mais Tony, elas dizem que o verbo é diferente, não é emoção, ficou lógico e racional. Rami acreditava no amor eterno, mas Tony não a correspondia e as rivais já tinham se aproveitado dele, cansaram-se. Ju explicava como ter um marido polígamo era cuidar como um rei, obedecer e ter direito nenhum. Pensavam quando envelhecesse do que valeria aquela poligamia. Decidiram viajar para a quinta esposa, no sul eram gordas e não serviam, no centro tinham cores de pele variada mas nada mais, no norte faltava algo ou eram imperfeitas em detalhes. A procura era longa e talvez houvesse um fim.

Capítulo 42

Elas têm uma reunião com Tony. Rami começava com medo mas todas a ajudavam no discurso que elas estavam velhas e precisavam cuidar de Tony. Ao ouvir da nova esposa, pediu que não. Elas já tinham achado a nova esposa, Saluá, dezoito anos, ela entra e é graciosa e bonita, Tony se apaixona e começa a exagerar nos ditos. Ele pergunta dela, tem medo pois é velho e tem medo de sujar a menina. Elas perguntam de novo da decisão, ele diz que não, as mulheres invocariam os assistentes conjugais e declarariam impotência sexual de Tony, que estava na lei. Mauá anuncia que já tem outro dentro de quinze dias, Tony não fala nada, Ju tinha um português com dinheiro fazia dois anos que até adotou os filhos de Tony e talvez os não legítimos entre eles. Tony permanece em silêncio.

Capítulo 43

As rivais saem com Saluá, Tony fala com Rami e a culpa de novo. Tony começa a dizer que a queria admirar, elogiar e confiar, mas homem só fazia o oposto de tudo isso. Ele fica andando na casa e decide sair na chuva. Rami tem medo da superstição de homem que sai na chuva e some. Ela até consegue chegar na frente dele e barrar a passagem. Tony queria ir para um local seguro de mulheres, a casa de sua mãe. Ele lamenta os filhos que teve e confunde, as mulheres que mal viveu junto, arrependia-se. Eles caminham juntos na chuva e até se beijam, Rami fica feliz e ele encosta em seu ventre duro. Ela estava grávida, mas ele não entendia como. Todas as esposas partiram, Lu casou com quem lhe ama, Ju casou com quem estava presente, Saly conquistou um italiano padre, Mauá tinha um substituto de Tony. Ela podia salvá-lo, mas recusa-se, o filho era de Levy. Três trovoadas o deixam mole. Rami o segura, mas solta depois de um tempo, ele cai.

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2020 Redação UEA UEA 2020 acesso 2021

Tema de Redação da UEA de 2020 – Censurar imagens de pessoas fora do padrão estético é uma forma adequada de combater o cyberbullying?

Texto 1
Cyberbullying é o bullying realizado por meio das tecnologias digitais. Pode ocorrer nas mídias sociais, plataformas de
mensagens, plataformas de jogos e celulares. É o comportamento repetido, com intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar
aqueles que são vítimas. Quando o bullying ocorre on-line, pode parecer que o indivíduo está sendo atacado por todos os
lados, inclusive dentro da sua própria casa. Parece que não há como escapar.
(“Cyberbullying: o que é e como pará-lo”. www.unicef.org. Adaptado.)
Texto 2
Débora se sentia linda em certa noite. Ela estava em uma confraternização com a família, quando fez uma selfie com o
celular. A jovem, na época com 15 anos, compartilhou a fotografia em seu perfil no Facebook. O registro, feito em um momento
de alegria, tornou-se um dos maiores traumas de sua vida.
Após publicar a selfie na rede social, a jovem notou que desconhecidos estavam compartilhando a fotografia. Ela descobriu que havia se tornado meme — como são chamadas as imagens de humor replicadas exaustivamente em redes sociais
— em razão de sua aparência. Enquanto a selfie arrancava risadas daqueles que compartilhavam a imagem, Débora chorava
em seu quarto na periferia da zona sul de São Paulo (SP).
A repercussão da imagem fez com que a garota evitasse sair de casa para não ser reconhecida. “Eu me sentia muito feia,
muito humilhada e inferior a outras meninas. Nos comentários sobre os memes com a minha foto, falavam muito sobre a minha
aparência e isso me chateava”, conta Débora, atualmente com 22 anos. Na época, ela abandonou a escola, deixou de sair
de casa e chegou a tentar o suicídio.
Por meio de nota, o Facebook informou que bullying e assédio violam os padrões da comunidade da rede social. No comunicado, a empresa solicita que as pessoas denunciem conteúdos que acharem que não deveriam estar na plataforma. Débora,
porém, afirma que desde 2012 tem denunciado todos os memes com sua selfie, mas as imagens nunca foram excluídas.
O Facebook declarou, em comunicado, que a rede social tem atuado cada vez mais para coibir os casos de bullying. Em
2018, lançou uma ferramenta de revisão de fotos, vídeos ou postagens, por meio da qual é possível pedir que determinada
denúncia, caso não tenha tido os resultados esperados, seja reavaliada.
(Vinícius Lemos. “‘Virei meme e minha vida se tornou um pesadelo’: brasileira abandonou a escola e tentou se matar após piadas”.
www.bbc.com, 19.07.2020. Adaptado.)
Texto 3
O TikTok orientou seus moderadores a censurar vídeos nos quais aparecessem pessoas consideradas fora do padrão
estético. Estas instruções foram encontradas em documentos internos aos quais o The Intercept teve acesso.
Segundo esse veículo, as normas instruíam os funcionários do aplicativo a observar, nos vídeos, se as pessoas apresentavam algum tipo de “forma corporal anormal”, como aparência facial feia, muitas rugas no rosto ou ainda sorrisos tortos.
Outras partes do corpo também eram observadas, pois nos documentos há menção a barrar pessoas com barriga de cerveja.
A presença dessas características era o suficiente para que os tiktokkers ficassem de fora da indicação algorítmica, perdendo audiência.
Ao The Intercept, um porta-voz da ByteDance, empresa proprietária do aplicativo de vídeos curtos, disse que a maior parte
das diretrizes obtidas pelo veículo não estão mais em uso ou, em alguns casos, nunca foram utilizadas, além de afirmar que
elas foram criadas com o objetivo de combater o cyberbullying.
(André Luiz Dias Gonçalves. “TikTok é acusado de censurar vídeos de usuários ‘feios e pobres’”.
www.tecmundo.com.br, 16.03.2020. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Censurar imagens de pessoas fora do padrão estético
é uma forma adequada de combater o cyberbullying?

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Redação UFRGS UFRGS UFRGS 2021 Acesso 2022

Tema de Redação da UFRGS de 2021 – Mudanças climáticas e direitos humanos

O tema de redação da UFRGS de 2021, acesso 2022, foi “Mudanças climáticas e direitos humanos”.

REDAÇÃO
Considere, abaixo, parte da entrevista da ex-presidente da Irlanda e Alta Comissária das Nações
Unidas para os Direitos Humanos, Mary Robinson, publicada no Jornal Valor Econômico, em 2016, e
aqui reproduzida a partir do site https://www.fronteiras.com/.
Nessa entrevista, a ex-presidente aborda o tema “Mudanças climáticas e direitos humanos”.
Por que as mudanças climáticas são uma questão de direitos humanos?
M.R.: Porque estão corroendo uma série de direitos, particularmente os sociais. Direito à alimentação,
à água. E também estão corroendo a saúde, tirando as pessoas de seus lugares. Existe uma grande
injustiça nas mudanças climáticas, porque afetam comunidades pobres e países pobres que não são
responsáveis pelas emissões de gases.
Por que o maior impacto sobre as pessoas pobres não ganha evidência?
M.R.: Acho que as pessoas não têm uma compreensão completa em relação a isso. E também não
se sentem suficientemente responsáveis. Temos que trazer à luz a injustiça da mudança climática e
torná-la mais visível.
[…] E o aspecto financeiro? Nem todos concordam em financiar as mudanças necessárias.
M.R.: Precisamos ver as finanças climáticas como uma forma de deixar o mundo mais seguro para
todos, fornecendo tecnologia e investimentos aos países em desenvolvimento para uma transição bem
rápida para a energia renovável.
[…] Governos e líderes empresariais parecem muitas vezes mais interessados no aspecto
econômico. Como incluir as pessoas nas soluções?
M.R.: Foi por isso que criei minha fundação, que é voltada à justiça climática. Precisamos colocar as
pessoas no centro de todas as ações relacionadas ao clima, ou iremos cometer erros. Por exemplo,
em 2007, 2008, havia um grande movimento para transformar o milho em etanol nos Estados Unidos.
Isso fez com que os preços de alimentos subissem e foi muito ruim para as comunidades pobres.
Tenho ouvido cada vez mais sobre grandes projetos, grandes hidrelétricas, florestamento que tentam
ser positivos para o clima, mas não são bons para os pequenos proprietários de terra, atropelam os
direitos dos povos indígenas, das pessoas pobres. Isso não é aceitável.
Como a senhora vê os direitos humanos atualmente?
M.R.: É difícil responder globalmente. Há uma preocupação com o que é descrito como o fechamento
de espaço para ação da sociedade civil. Em outras palavras, é mais difícil para a sociedade civil ser
influente. A chamada guerra contra o terror tem feito até protestos legítimos serem caracterizados como
terrorismo. E há um grande movimento para proibir ou reduzir a ação das ONGs. Muitos países estão
suspendendo o financiamento externo para as organizações não governamentais. E se não conseguem
recursos do exterior é muito mais difícil para elas financiarem suas atividades que são responsabilizar os
governos pela garantia de direitos humanos… É um grande problema, há muitos mais.
[…] As mudanças climáticas podem gerar refugiados do clima?
M.R.: Tenho certeza de que veremos o clima como fator de deslocamento das pessoas, porque estão
sofrendo com secas severas, inundações severas. Há estimativas de que em 2050 poderemos ter algo
entre 50 e 200 milhões de refugiados do clima. Nem podemos chamá-los de refugiados, porque eles
não têm esse status.
Como a senhora vê a atual situação?
M.R.: Falamos sobre direitos humanos e sobre problemas do clima e isso pode ser deprimente. Esses
problemas são muito sérios. Acredito que existem duas formas de olhar para isso.
Uma é ver o quanto isso é ruim e descrever o quanto isso é ruim. E tudo fica muito negativo, não há
energia, não há oxigênio para fazer nada. A outra é ver que a situação é difícil, mas que há pessoas
corajosas lutando contra isso e que podemos tentar ajudá-las.

Eu sempre pego emprestada uma expressão do meu amigo arcebispo Desmond Tutu. Estivemos em um painel em Nova Iorque, há alguns anos, com pessoas jovens, e ele fica muito entusiasmado quando está com jovens. Havia lá uma jornalista que, de forma até um pouco ríspida, perguntou a ele como se mantinha otimista. E ele respondeu: “Minha cara, não sou um otimista, sou um prisioneiro da esperança”. Isso foi profundamente importante para mim. Você precisa ter esperança, que é a energia para fazer mudanças. Adaptado de: . Como você pode perceber, a ex-presidente da Irlanda tem opiniões claras a respeito do impacto que as mudanças climáticas têm na vida das pessoas. Ela, em sua argumentação, apresenta aspectos relativos às mudanças climáticas e à consequente ameaça aos direitos humanos. A partir disso, considere a seguinte situação. Você já é aluno universitário e é finalista, juntamente com mais dois colegas, de um projeto de sua Universidade que proporciona a jovens estudantes debater presencialmente com grandes personalidades do mundo. Neste ano, a personalidade que debaterá com um aluno será a expresidente Mary Robinson. Na verdade, apenas um dos três finalistas terá a incumbência de discutir com ela. O escolhido será aquele que convencer um grupo de jurados, formado por alunos e professores, de que tem as ideias mais bem fundamentadas a respeito do assunto a ser debatido e de que tem opiniões bem claras e definidas acerca do que pensa a ex-presidente. Para definir quem será o escolhido entre os três finalistas, os jurados determinaram que cada um deverá escrever um texto dissertativo a respeito das ideias da ex-presidente na entrevista. Esse texto será lido, em voz alta, em uma sessão em que os jurados estarão presentes. Você deverá, portanto, escrever o seu texto e lê-lo para os jurados. Lembre-se de que esses jurados vão escutá-lo e vão comparar o seu texto aos dos outros dois alunos que também gostariam de estar frente à ex-presidente para, com ela, debater. A partir dessa comparação, os jurados escolherão quem será o aluno que representará sua Universidade no debate com a grande pensadora. Em resumo, você deverá escrever uma dissertação que, ao ser lida perante o grupo de jurados, deve apresentar claramente seu ponto de vista sobre as ideias de Mary Robinson expressas na entrevista publicada no jornal. Essa redação deve convencer os jurados de que você é a pessoa certa para representar sua Universidade nesse grande evento. Para fazer o seu texto, recomendamos que você: a) seja claro ao apresentar seu ponto de vista sobre as ideias defendidas pela expresidente na entrevista; b) construa argumentos bem fundamentados, de modo que possam convencer os jurados de que você é a pessoa ideal para debater com a pensadora. Bom trabalho! Instruções A versão final do seu texto deve: 1 – conter um título na linha destinada a esse fim; 2 – ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título – aquém disso, seu texto não será avaliado –, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco serão descontados do cômputo total de linhas. 3 – ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.

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Alice no País das Maravilhas Lewis Carroll Literatura Inglesa Resumo de Cada Capítulo UNICAMP

“Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll – Resumo de Cada Capítulo

Lewis Caroll foi um professor de matemática em Oxford.

Segundo o prefácio de Monteiro Lobato, ele inventou uma história para três menininhas enquanto passeava pelo Tâmisa que gostaram muito, nascendo, assim, a obra. O problema da tradução é mais do que a língua, mas costumes, repertórios, tradições e imaginário popular. A história ganhou sucesso internacional e no Brasil por Emília, personagem de “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, querer saber da história, mas precisar de uma tradução.

Capítulo 1 – Descendo a toca do coelho

Alice estava ficando entediado com a irmã que lia um livro sem diálogos e imagens. Ela até pensou no que valia o livro assim, ainda mais de fazer uma coroa de margaridas naquele dia de calor. Então, viu um coelho branco passando na frente dela, mas ele dizia que estava atrasado, além de tirar um relógio do bolso, coisa que Alice finalmente achou estranho. Ardendo de curiosidade, seguiu o caminho e o viu pulando em uma toca de coelho. Ela entrou, mesmo não considerando como sairia, era uma toca estreita que ia se inclinando, até o ponto que ela não tinha mais firmeza e começou a cair. Sem saber se caia em um poço profundo ou se caía lentamente, deu tempo de ver para baixo e os arredores, mas estava escuro para baixo e dos seus lados via armários e prateleiras de livros, deu tempo de pegar um pote vazio enquanto caía dali que estava escrito “geleia de laranja”. Pensou que poderia ser considerada muito corajosa pela queda e como contaria tudo depois, devolveu o pote vazio em outro armário. Estava caindo faz um certo tempo, até fez as contas que já passaram dos 6.000 quilômetros, fato que repetia a si mesmo para praticar e menos para impressionar alguém, já que estava sozinha. Pensou até em latitude e longitude, mas não tinha chegado nesse assunto na escola, só quis falar. Pensou até que cruzaria o planeta e cairia ou na Nova Zelândia, Austrália ou com os Antipáticos, daí ficou feliz de ninguém ouvir o que falava, julgou prudente e menos evidente que seria ignorante se só olhasse uma placa. Até praticava uma reverência. Sentiu saudade da Diná, a gata, queria ela ali e ficou pensando na alimentação dela. Ficou se perguntando e ficando sonolenta, até cair em uma pilha de gravetos e folhas secas sem se machucar. Conseguiu ver um corredor longo e o coelho virando a esquina, ainda preocupado com a hora. Estava em uma sala baixa e comprida, com várias portas que não conseguia abrir e pensando como retornaria. Enfim, achou uma mesa de três pernas e uma chave, mas não entrava nas portas. Até que achou uma pequena porta atrás da cortina, nela, a chave entrou. Viu um jardim de flores, mas ela tinha que passar por um corredor muito pequeno. Pensando que nada seria impossível com tantas coisas extraordinárias, voltou à mesa da chave com esperança de algo e viu uma garrafa pequena com a nota de “beba-me”. Verificou se era veneno antes, trauma de histórias ouvidas. Vendo nada que lembrasse das outras histórias e no rótulo, bebeu e sentiu gostos variados, de peru assado a mel, e encolheu. Esperou um tempo para ver se diminuía mais, até pensando como é uma vela quando se apaga. O problema é que ela esqueceu de pegar a chave, e agora estava longe demais dela. Até chorou mas se recompôs, falando consigo mesma e se encorajando com conselhos, mesmo que raramente os seguisse, gostava de fingir ser duas pessoas e até já trapaceou contra si mesma em um croquet, até se punindo. Viu um bolo que tinha “COMA-ME” de aviso. Ficou esperando algo, assim como esperava de tudo, mas nada aconteceu. Terminou o bolo e continuou sua jornada para ir ao jardim.

Capítulo 2 – A lagoa de lágrimas

Supreendentemente, Alice começou a ficar esticada, ela ficou triste com o afastamento dos pés e prometeu que cuidaria deles, mas que eles deveriam se cuidar também. Conseguiu pegar a chave e foi para a porta. Mas ainda assim não podia passar, só ver com os olhos a passagem. Chorou e de novo se repreendeu. Depois de chorar uns galões que deixaram uma poça de 10 centímetros, ouviu passarinhos e o coelho falando de uma Duquesa. Ela até tentou pedir ajuda mas o coelho passou, deixando uma luva e um leque. Ela achou tudo curioso e ficou pensando se tudo era tão normal e quando tudo mudou, lembrou-se de ir dormir e da manhã, sem pistas de algo estranho. Pensou até ter sido trocada, mas cada uma das meninas eram muito diferentes de si. Tentou se recordar da tabuada, sem muito sucesso, da geografia também, poesia menos ainda. Até pensou que poderia ter mudado e se sairia dali se fosse para melhor, mas estava cansada de estar sozinha. Percebeu que vestia a luva do coelho e estava encolhendo por conta do leque. De novo, esqueceu a chave, mas para piorar, estava menor ainda e em águas salgadas. Pensou estar no mar, e que poderia pegar um trem, por associar que em toda praia há uma estação. Mas eram suas lágrimas, achou que devia ter chorado menos e como seria curioso ficar afogada nas próprias lágrimas. Ouviu algo respirando, achou ser um hipopótamo, mas era apenas um rato. Ela perguntou se ele sabia como sair dali, enquanto pensava qual era o tratamento correto para um rato de suas aulas de gramática, ela tentou falar francês, mas soltou uma pergunta de onde estava seu gato, o rato se estremeceu e ela se desculpou. Alice perguntou se ele não gostava de gatos, e o rato questionou como ele havia de gostar. Ainda assim, Alice disse que gostaria que conhecesse Diná. Mas o rato não gostava do rato calmo e Alice decidiu parar. O rato estava se tremendo e daí ela começou a falar de um cachorro simpático. Ele era bem esperto, fazia truques, valia muito e até matava ratos, daí o rato nadava para mais longe. Alice se desculpou e disse que não falaria mais de gatos e cachorros. Ele deu meia volta e explicou que contaria sua história na margem para Alice. Outros animais seguiram o comando de Alice para sair do lago, já que ficaram presos ali também.

Capítulo 3 – A corrida da convenção e uma longa história

O pato, o dodô, o papagaio, a aguiazinha, Alice, o rato e outros animais estavam na margem, irritados e querendo se secarem. Alice conversava com todos de forma que os conhecessem por um longo tempo, o papagaio parou de falar com ela por se achar mais velho e por saber mais. O rato bradou que todos sentassem e que tinha um plano, como parecendo que era um líder, todos os obedeceram. Ele disse que faria todos ficarem seco, e começou a contar a história de Guilherme, o Conquistador. Um resmungou, outro não entendeu, o rato contava a história. Até que o Dodô propôs uma corrida, a Corrida da Convenção. A regra era que a corrida fosse corrida do tanto que achassem bom, sendo que uns paravam, outros continuavam, até que o Dodô disse para parar. Todos tinham vencido segundo ele e mereciam prêmios. O Dodô colocou Alice para dar os prêmios e ela tinha uma caixa de bombons exatos para cada um ali que achou no bolso no desespero. Alice merecia um prêmio, então ela procurou e achou um dedal. Ela o presenteou, todos o aplaudiram com seriedade. Ao comer os bombons, os animais variavam de nem sentir o gosto para se engasgarem pelos seus tamanhos. Alice toca no assunto de novo dos bichos e o rato diz que é uma história triste, com um trocadilho em inglês. Segundo a história confusa, um cão e um gato o julgarem sem juíz e com pena de morte. Alice não prestava bem atenção. O rato ameaçou a ir embora e ela e todos pediram que contasse tudo. Ele se foi. Uma carangueja lamentou ter ido embora e Alice tornou a falar de Diná, assustando os pássaros e os outros animais a irem embora. Alice ficou sozinha, lamentando falar da gata, ouviu passos e pensou que era o rato chegando de novo.

Capítulo 4 – O coelho envia o pequeno Bill

Era o coelho vindo. Ele procurava pelo par de luvas que devia dar à Duquesa. A sala mudou e não tinha mais a mesa desde seu mergulho. O Coelho tratou Alice por Mary Ann e demandou que ela achasse logo as luvas. Eles seguiram até a casa do Coelho, ela entrou antes para ver se a verdadeira Mary Ann não estaria por ali. Pensou que seria possível que depois tivesse que obedecer a gata. Em um outro quarto, ela pegou um leque, um par de luvas e bebeu uma garrafa que estava por ali, esperando algo fantástico acontecer. Ela cresceu antes de terminar metade da garrafa. Ela ficou do tamanho do quarto, com o braço de fora, pensando que era desconfortável. Pensou nessas coisas fantásticas que lia em contos de fadas e que provavelmente haveria de ter um sobre ela, nem que ela escrevesse sobre. Ela pensou que não cresceria mais, muito menos ficaria velha ou aprenderia mais. Do lado de fora, ouviu o Coelho a chamando. Ele tentou abrir a porta sem sucesso, estava travada pelo ombro de Alice. Tentou ir pela janela, ela o agarrou mas o soltou e ele caiu em uma estufa. Ele chamou por Pat, e exigiu que ele retirasse o braço do quarto. Tentou pegá-los, outros gritinhos e vidro quebrando. Bill foi chamado para ajudar. Ela ouviu que ia descer pela chaminé e chutou ele para longe quando sentiu. Toda a cena é descrita apenas pela perspectiva de Alice estar na sala ouvindo, ela não vê de fora e pouco menos sabemos o que está de fora e até quais são os animais, como o Bill. Pensaram em queimar a casa e Alice disse para que não o fizessem. Após um silêncio, jogaram bombinhas na casa, ela disse para parar. Depois, viu que haviam alguns bolinhos dentro do quarto, resolveu comer. Ficou pequena e saiu do quarto para encontrar todos. Viu até o lagarto Bill, que antes tomava conhaque e agora se recuperava com dois porquinhos-da-índia. Ela correu para uma floresta densa antes mesmo que pudessem ver quem era Alice. Ela traçou um plano de ficar no tamanho normal, mas mal sabia o tamanho que tinha e como começar. Ela ouviu um latido agudo e viu um cachorro imenso que a olhava com cara de fome. Ela jogou um graveto, ele foi atrás e ela correu. Ela repetiu para que não fosse esmagada, tal qual brincasse com um cavalo. Ela repetiu até que ele ficasse entretido e foi embora. Pensou até que poderia ensinar-lhe truques, mas lembrou que precisava voltar ao seu tamanho. Ela viu tudo para ver o que podia comer, viu um cogumelo grande como ela, subiu nele e avistou uma lagarta que fumava um narguilé.

Capítulo 5 – Conselhos de uma Lagarta

Após uns momentos se encarando, a Lagarta perguntou quem era Alice com uma voz sonolenta. Alice mal sabia se definir, já que mudou tanto desde que acordou. A Lagarta não entendia, mas quando Alice era clara, não concordava com as análises de estar diferente. Ela até tentou fazer a Lagarta falar quem ela era primeiro, perguntou o motivo e ela desistiu. A Lagarta pediu que voltasse e pediu calma. Depois de um tempo, a Lagarta tentou entender Alice, ela explicou que não tinha certeza de ser si mesma e até esquecia de coisas que havia decorado. É muito comum a inteligência estar associada a coisas decoradas, a Lagarta pediu para recitar o poema “o velho pai William”. É um poema sobre um homem gordo com algumas façanhas e habilidades estranhas para seu físico. Mas estava tudo errado segundo a Lagarta. Ela ficou curiosa com a busca do tamanho, Alice só não queria mudar tanto, mas não agradava a altura de 7cm, a mesma da lagarta. Após um tempo de tanta contradição de sua vida, a Lagarta fumou, espreguiçou-se e foi embora, falando que um lado a iria crescer e outro a diminuir, dizendo que era o cogumelo. Não ajudava muito, o cogumelo era redondo, pegou um pedaço de cada lado, um fez ela se achatar, o outro se espichar. Seu pescoço era agora flexível como uma cobra. Encontrou-se com uma pomba assustada e tentou acalmá-la. Mas a pomba era traumatizada com serpentes e que todos os lugares eram locais para achar uma. Alice tentava lhe dizer que era uma garotinha, mas nem ela acreditava direito pelo tanto de coisas que se transformou em um dia. Relacionando que Alice comeu ovos, disse que ela não era tão distante de uma serpente assim. Ficou pensando na ideia nova, mas falou que nem ovos queria, ainda mais crus. Conseguiu voltar ao tamanho normal e estava desacostumada. A obra trata o crescimento do corpo de Alice como uma alegoria de crianças que passam pela puberdade. Novamente, voltou ao seu objetivo final e grande desenvolvedor da história, o jardim de flores. Ao continuar, chegou inesperadamente a um lugar aberto com uma casa de 1 metro e 20, e achou prudente não chegar lá com o tanto de altura que tinha e reduziu seu tamanho para 20 centímetros.

Capítulo 6 – Porco e Pimenta

Após olhar por uns momentos a casa, viu um peixe vestido de lacaio e peruca sair do bosque e bateu na porta da casa. Foi atendido por um sapo com peruca e uniformizado, o peixe trazia uma carta, para a Duquesa, era um convite da Rainha para jogarem croquet. Eles repetiram as frases um do outro, mudando a ordem das palavras, curvaram-se e as perucas se entrelaçaram. Alice riu da cena e se escondeu para não ser vista. Viu de novo e viu que o peixe se foi e o sapo fitava o céu. Alice queria entrar, mas o sapo disse que fazia tanto barulho lá dentro que seria difícil ouvir as batidas, além de que ele estava ali. Alice perguntava como poderia entrar, mas o sapo continuava fitando o céu, talvez por sua anatomia, e não respondia diretamente as perguntas, além de falar que deveria ficar ali até amanhã. Um prato saiu da porta, voou na frente dele e explodiu na árvore. Disse que era melhor voltar depois de amanhã. Alice queria entrar, mas o Lacaio perguntava se ela deveria entrar se quer. Constantemente, Alice é contrariada na obra, uma vez que ela estava acostumada a não ser confrontada ou que tudo que ela dizia era uma papagaiada dos adultos. Alice até perguntou o que devia fazer, o Sapo que disse que ficaria ali dias e dias, respondeu que ela podia fazer o que bem entendesse. Ela abriu a porta e se deparou com uma grande cozinha cheia de fumaça. A Duquesa estava por ali embalando um bebê. A cozinheira mexia uma sopa no caldeirão. Havia muita pimenta no ar, Alice se esforçava para não espirrar. Apenas as cozinheiras e o gato de Cheshire, que sorria de uma orelha para a outra, que não espirravam, o bebê e a Duquesa sofriam. Alice perguntou do gato e do seu sorriso, era típico da raça. Alice achou estranho, a Duquesa achava normal a todos os gatos, Alice disse nunca ter visto, a Duquesa afirmou que ela sabia pouco. Alice queria mudar o tópico da conversa, a cozinheira se estabanou com o caldeirão e a choradeira do bebê era descontrolada, Alice pedia cuidado. A Duquesa disse que tudo seria mais rápido se cada um se preocupasse com seus problemas, o que fez Alice dizer que não era possível, contando a velocidade de eixo da Terra, o que não fez a Duquesa continuar reclamando e pedir pra ela cortar a cabeça de Alice. A cozinheira pareceu não ouvir e a Duquesa cantava uma canção de ninar macabra enquanto embalava o bebê que só sabia chorar. O bebê e a cozinheira até embalavam no refrão, mas o bebê chorava cada vez mais. Ele foi arremessado para Alice, sugestão da Duquesa para embalar. A Duquesa foi se arrumar para ir ao croquet com a rainha, uma panela voou perto dela pela cozinheira mas não acertou. Alice tinha dificuldades de segurar o bebê inquieto e saiu dali. Conseguiu achar um jeito de segurá-lo e pensou melhor levá-lo dali, achou que poderia morrer com tantos perigos em sua volta e se sentiu responsável. O bebê parecia um porco, olhos pequenos, nariz torcido, grunhia várias vezes. Ela pensou no que fazer com ele, até que o bebê virou um porco. Ela o soltou e o porco trotou. Achou bom que ele era um porco e não seria uma criança estranha. Pensou até em crianças que conhecia e como seria bom se elas pudessem ser mudadas para o jeito certo. Percebeu que o gato de Cheshire a via. Ela pensou que poderia ganhar na simpatia e perguntou para onde deveria ir. O gato disse que já que o destino não importava, todos não importavam. Ela adicionou que queria chegar a algum lugar, o gato disse que bastava andar o suficiente. Dos caminhos, o gato disse que em um acharia a Lebre de Março, do outro, o Chapeleiro, ambos loucos. Alice queria distância de gente louca, mas o gato disse que todos eram loucos, inclusive eles dois. Ele argumentou que estava ali, por isso seria louca, não a convenceu, mas ficou curiosa como o gato seria louco. Ele disse que um cão balança o rabo feliz e rosna nervoso, ele faz o contrário. Alice chamou de ronronar, ele disse que poderia chamar do que quiser. Ele quis saber se ela jogaria croquet, ela queria, apesar da falta de convite. Disse que ele estaria lá e desapareceu, coisa que não surpreendeu Alice pois já estava acostumada com coisas estranhas acontecendo. O gato apareceu de novo, perguntou do bebê, Alice disse normalmente que virou um porco, o gato achou normal e desapareceu. Alice até esperou, achando que ele voltaria. Nisso, pensou que poderia ver a Lebre, já que já viu um Chapeleiro na vida e a Lebre poderia delirar menos já que era Maio. Ao olhar para cima, o gato a olhava e perguntou de novo se era porco ou figo que o bebê virou, ela repetiu a resposta, pediu que não ficasse aparecendo e desaparecendo tão rápido, ele aceitou e desapareceu lentamente, da cauda até só ficar o sorriso. Ficou pensando no sorriso e imaginou a casa da Lebre. A chaminé, que viu da casa, tinham o formato de uma lebre e o teto tinha pele. Comeu o cogumelo e aumentou para 70 cm. Pensou que se a Lebre estivesse delirando, teria sido melhor ter ido ver o Chapeleiro.

Capítulo 7 – Uma Louca Festa do Chá

Em uma mesa posta embaixo de uma árvore na frente da casa, estavam o Chapeleiro e a Lebre, com um Arganaz (espécie de esquilo). O Arganaz dormia, os outros o usavam como almofada. Alice achou desconfortável, mas pensou que ele dormia por não o ser, eles se alarmaram quando ela chegou falando que não havia espaço, mesmo que estivessem todos do mesmo lado em uma mesa grande. Alice sentou em uma poltrona do outro lado, disse que não via vinho e que achou nada educado oferecerem, mas a Lebre disse que ela não devia sentar sem ser convidada e disse que havia vinho nenhum. O Chapeleiro disse que ela deveria cortar o cabelo. Alice achou rude e o Chapeleiro perguntou da semelhança do corvo e de uma escrivaninha. Alice se empolgou para descobrir a charada. A Lebre se impressionou dela querer achar a resposta, e Alice quis dizer isso, mas aí os três da festa falaram que não era a mesma coisa que querer dizer, que tivesse dito. Depois, um silêncio. Alice pensava e o Chapeleiro perguntou que mês estavam, Maio, Alice disse “o quarto”, a ordem do mês no ano. Chapeleiro reclamou que a manteiga não ia funcionar, mesmo que fosse a melhor. A Lebre resmungou, olhava para o relógio de bolso, molhou-o no chá e guardou. Alice achou estranho o relógio falar apenas os dias, enquanto o Chapeleiro achou normal, acharia estranho se mostrasse o ano. Alice entendia mal o Chapeleiro, ele repetiu que o Arganaz tinha dormido, despejou chá nele e o Arganaz murmurou algo que concordasse com a conversa. O Chapeleiro perguntou se ela descobriu a resposta da charada. Ela disse que não, muito menos os outros sabiam. Ela acusou de ser perda de tempo, e ele disse que se ela conhecesse o tempo, não falaria em desperdiçar. Uma das alegorias mais comuns da obra é sobre a passagem do tempo e do trabalho relacionado ao relógio. Ela não entende, pois ela só bate tempo em estudo de música. O chapeleiro disse que realmente ela não entendia, já que o tempo não gostava disso. Ela achou estranha a ideia, mas o Chapeleiro disse que poderia avançar quando bem quisesse e parar. Alice perguntou se era isso que ele fazia, mas não, eles discutiram isso em Março, antes da Lebre enlouquecer, no meio do concerto organizado pela Rainha de Copas. Ele começou a cantarolar “twinkle twinkle” mas falando de morcego. Alice achava conhecer, a letra estava trocada e o Arganaz que dormia cantava junto. Até que a Rainha viu a Lebre matar tempo e mandou cortar a cabeça, desde então, o relógio parou nas 6 e não obedecia mais o chapeleiro. Alice percebeu que era isso que dizia que era sempre hora do chá, nunca limpavam nada porque a hora não ia e só mudavam de lugar. Apesar de Alice perguntar o que acontecia quando eles voltavam ao início, a Lebre quis mudar de assunto e pediu uma história de Alice. Ela não sabia, então os dois gritaram para que o Arganaz contasse uma. Ele contava de 3 meninas que. Viviam em um fundo de poço num caldo de xarope, por isso ficaram doentes. Alice ia perguntando tudo, como era possível viverem lá, no xarope, sem ficarem doentes. A Lebre pediu que ela tomasse mais chá, mas ela nem chá tinha tomada, por isso mesmo ela não podia tomar menos. Alice se revoltou e o Chapeleiro se sentiu triunfante. A história continuava para os dois e Alice achava tudo aquilo impossível. O Arganaz julgou que ele deveria parar e ela prometeu parar de comentar. Elas desenhavam xarope, coisa que Alice havia perguntado. Com o Chapeleiro querendo uma xícara limpa. Com a mudança, Alice ficou com um prato cheio de leite do Arganaz e só o Chapeleiro ficou bem. Ela achou estranho desenharem xarope, mas o Chapeleiro disse que bem se podia desenhar uma poça de água. O Arganaz disse que eles estavam obviamente dentro da poça. Alice ficou sem saber o que perguntar por um bom tempo. O Arganaz quase ia dormindo e contando que eles desenhavam tudo que começava com M, sendo que Alice perguntou o motivo e a Lebre perguntou como não seria. Ele até apontou que desenharam uma muiticidade, coisa que se fala, Alice disse que nunca tinha visto um desenho disto, o Chapeleiro apontou que ela deveria se calar. Para Alice, foi a gota d’água e ela foi embora, o Arganaz caiu no sono e ninguém deu por sua ida. Até achou que o chamariam, mas eles estavam mais ocupados tentando enfiar o Arganaz no bule. Achou a festa estúpida e falava consigo mesma, notou uma porta em uma árvore. Novamente, estava na sala de corredor comprido com a chave e a porta. Tendo aprendido, lidou melhor e conseguiu ir até o bonito jardim. Ler página 101

Capítulo 8 – O Campo de Croquet da Rainha

Uma roseira grande se erguia na entrada do jardim com rosas brancas, mas alguns jardineiros as pintavam de vermelho. Eram todos em formato de cartas e se nomeavam pelos números. Eles discutiam como um deles devia ter sido decapitado e viram Alice. Ela perguntou o que faziam, ele explicou que plantaram uma roseira branca por engano e pintavam para não serem pegos. A Rainha chegava no meio da explicação com soldados. Vinham também crianças em casais e os soldados e todos estavam decorados de corações. Viu também o Coelho branco que falava nervoso. Sem fazer cortejo, que era colocar o rosto no chão, a Rainha perguntou quem era Alice. Ela era bem grosseira e a disposição de Alice de ser direta e perguntona deixou-a brava. A Rainha pediu para cortar a cabeça e o Rei tentava acalmar. Nisso, as cartas viradas, foram desviradas para a Rainha ver melhor. Ela perguntou da roseira e eles tentavam explicar sem sucesso. Ela ficou sem paciência e os soldados fugiram com a cobertura de Alice. Sem ela perceber muito, perguntou se Alice sabia jogar Croquet, ela respondeu positivamente e foram caminhar. Alice até tentou comentar do dia mas o Coelho dizia para ela ficar quieta. Alice perguntou da Duquesa, já que ele a estava procurando. Pediu para ela falar baixo, pois ela estava sentenciada de morte por fazer a Rainha esperar. O campo de croquet tinha flamingos de marretas, soldados se apoiando no chão para serem arcos, ouriços de bolas e o campo todo ondulado. O jogo foi difícil para Alice porque o flamingo foi difícil de achar e mais ainda para poder acertar o ouriço que sumia. Todos jogavam sem se respeitar e discutindo. Os soldados iam de um lado para o outro da confusão e também a Rainha gritava a cada minuto para cortar a cabeça de um. Alice ficava apreensiva pois poderia ser logo a próxima. Enquanto pensava como fugir, prestou atenção em um ponto e viu o sorriso do Gato de Cheshire, ele perguntava como estava indo. Esperou as orelhas aparecerem e começou a contar da situação injusta do jogo. A Rainha ouviu a conversa, Alice notou e disse que ela ganharia, ela ficou satisfeita. O Rei ficou curioso com o Gato e deixou que ele beijasse sua mão, mesmo que não gostasse da aparência. O Gato disse que não, o Rei pediu que a Rainha cuidasse dele (cortando a cabeça). Alice até disse que em um livro dizia que isso não era problema, ele não ligou. Todos continuavam a brigar e discutir, em um momento que Alice perdeu o flamingo e o recuperou, o executor, a Rainha e o Rei brigavam e pediam que ela resolvesse o problema: O Executor não podia cortar uma cabeça sem corpo; o Rei disse que toda cabeça poderia ser decapitada; a Rainha iria decapitar todos se não resolvessem logo. Alice concluiu dizendo que o Gato era da Duquesa, foram à prisão para buscar e o Gato sumiu.

Capítulo 9 – A História da Tartaruga Falsa

A Duquesa estava muito mais amigável com Alice, talvez fosse a falta da pimenta. Alice pensou em como as comidas mudavam o humor das pessoas. A Duquesa tentava se descansar no corpo de Alice que tentava educadamente aguentar. A Duquesa procurava moral em tudo e até mesmo tentava ver se podia colocar a mão na cintura dela, mas Alice alertou do flamingo. Mas enquanto ela falava com Alice, ia colocando moralidades e ensinamentos, tais quais as obras infantis da época que tentavam moralizar crianças em vez de explorar a imaginação. A Duquesa falava de um presente com todos os ensinamentos e ela ficou muda em frente à Rainha. A Rainha mandou-a sumir e ela foi-se, mandou retornarem o jogo, os súditos voltaram do descanso repentino. Eram tantos sentenciados que sobraram só a Rainha, o Rei e Alice de jogadores. A Rainha começou a perguntar se Alice sabia da Tartaruga Falsa, a mesma que tinha uma receita, Alice desconhecia. Enquanto o Rei perdoava os sentenciados, que considerava até demais, a Rainha levava Alice para o Grifo, criatura de quatro patas, cabeça de falcão, asas e metade leão, para que contasse a história. Ele achou graça que ninguém era executado, e Alice ficava furiosa de ser mandada em todo lugar. Alice viu de longe a Tartaruga Falsa, o Grifo repetia que era tudo ilusão, as ordens da Rainha e a aflição da Tartaruga. Foram até eles e ele começou a contar sua história. Ele era antes uma Tartaruga de verdade, quando ainda jovem, ia à escola de uma tartaruga chamada Jabuti, pois assim foi ensinado. Mas tudo isso era muito lento. O Grifo tentava fazer Alice escutar, daí a Tartaruga se vangloriava de ir à escola todos os dias com aula extra. Alice dizia que fazia o mesmo, mas a Tartaruga disse que não era boa pois faltava aula de lavagem. Apesar disso, ela fez só o curso regular pois não poderia bancar tudo. Ela depois disse sobre alguns termos da matemática mas com nomes diferentes. Alice ficou confusa com o enfeiamento. Mas o Grifo a chamava de tola por qualquer pergunta, o que a desmotivava de perguntar mais, naturalmente a qualquer um. Existiam outras aulas, mas nem o Grifo e a Tartaruga Falsa podiam demonstrar, por corpo ou prática. As aulas diminuíam cada dia (brincadeira com a palavra “lesson”), até que o dia 11 as aulas acabavam. Curiosa com o dia 12, ela foi interrompida pelo Grifo para falarem sobre os jogos.

Capítulo 10 – A Quadrilha da Lagosta

A Tartaruga chorou, após consolada pelo Grifo, ela disse que era muito bom a Quadrilha de Lagosta. Eles descreviam a quadrilha e até tentaram fazer a parte que vinham as lagostas, ainda que só a Tartaruga soubesse da letra ainda. Alice ficou da dança que acabou e começa um assunto de anchovas, onde vivem, a origem do nome. Até pensaram na música de novo mas o grifo quis saber das aventuras de Alice, que se limitava ao dia de hoje por não se reconhecer mais. Ela tinha um pouco de medo deles tão perto mas contou tudo desde manhã até a Lagarta e o poema. A Tartaruga ficou curiosa e pediu para que recitasse outro poema. Alice estava bem cansada do quanto mandavam nela. Confundindo a letra da música da Quadrilha e o novo poema, ela ficava cada vez mais confusa. O Grifo e a Tartaruga Falsa ficam pensativos. Pediram outro poema, mas eles se cansaram de ter que pensar naquela loucura. Alice ficou feliz com a possibilidade de ouvir uma canção e a Tartaruga Falsa cantou sobre uma sopa. Ao longe, anunciaram um julgamento que começavam e puxaram Alice.

Capítulo 11 – Quem Roubou as Tortas?

Em uma sala de julgamento que Alice ficava feliz de saber o nome de tudo, todos se reuniam em frente ao Rei que era o juíz. O lagarto Bill estava ali com um giz, escrevendo, coisa que deixou Alice incomodada pelo barulho e roubou dele. Outras tantas criaturas escreviam e estavam em caos. O julgamento avaliava o caso do roubo de tortas pelo Valete de Copas. O Chapeleiro foi chamado como primeira testemunha e questionado por não ter terminado o chá e de sua profissão. Ele ficou nervoso com a Rainha e até mordeu a xícara em vez do pão. Alice voltava a crescer, mas o Arganaz estava incomodado com o crescimento dela e saiu de perto. Enquanto isso, a Rainha encarava o Chapeleiro que se tremia todo e pediu a lista dos cantores do último concerto. O Rei ameaçou cortar-lhe a cabeça mas o Chapeleiro continuava a dizer que era um pobre homem. Há uma piada de “twinkling” e “tea” e como o Chapeleiro queria só ter a hora do chá. Ele mal sabia de nada. Os Porquinhos da Índia ali se empolgavam e seus aplausos eram suprimidos. Alice achava bom pois poderia deixar tudo correr melhor. Mandaram o Chapeleiro sair, foi correndo e a Rainha mandou cortar a cabeça dele fora, mas os oficiais o perderam de vista. A próxima testemunha era a cozinheira da Duquesa. Pediram que ela fizesse um depoimento, ela negou, perguntaram do que eram feitas as tortas e ela disse que eram de pimenta, o Arganaz comentou xarope e a Rainha mandou tirarem-no dali. Depois da confusão, a cozinheira sumiu. A próxima testemunha era Alice.

Capítulo 12 – O Depoimento de Alice

Alice se levantou e derrubou todos, ela estava tão empolgada no momento para dizer onde estava que esqueceu de ver seu tamanho. Ela tentava colocar todos no lugar, lembrando de um acidente com um peixe que teve. O Rei esperava para continuar até que todos retornassem. O lagarto era o mais afetado por tudo. O Rei perguntou o que Alice sabia e ela não sabia de nada, ele se confundiu entre definir se era importante ou desimportante. Tentaram expulsar Alice com uma regra inventada de sua altura e Alice se recusava. O Coelho dizia que ainda haviam evidências, como um papel que achou. Acusaram o Valete e ele dizia ser inocente. A carta era confusa e dizia nada de muito sentido, Alice entendia muito menos. Tentaram achar sentido no que havia ali, Alice rebatia o que entendiam. A Rainha queria sentenciar antes do veredito. Alice se revoltou e as cartas avançaram nela, apesar de seu tamanho ter dobrado. As cartas engoliram-na e ela se deparou num banco, dormindo perto da irmã. Alice se apressou para o chá e sua irmã ficou pensando nos seus sonhos, até mesmo sonhou com ela. Ela via e ouvia as aventuras de Alice. Pensou em como poderia ser adulta e manter esse coração de criança.

“O ‘mal-estar docente’ como fenômeno da modernidade: os professores no país das maravilhas” por Eloisa da Silva Gomes de Oliveira – http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1806-58212006000100004&script=sci_arttext

“’Alice no país das maravilhas’: uma relação entre literatura e sociedade no período vitoriano” por Mircon Rothmann e Elis Regina Fernandes Alves – https://edoc.ufam.edu.br/retrieve/496902d5-b46e-4060-a0ae-18871a032401/TCC-Letras-2013-Arquivo.012.pdf

“A busca da identidade em ‘Alice no país das maravilhas’ e ‘Corda bamba’” por Cida Golin – https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/download/16106/10579

“’Alice por artes de Narizinho’: ‘Alice no país das maravilhas’, de Monteiro Lobato” por Katarina Queiroga Duarte – https://baes.uc.pt/bitstream/10316/25128/1/KATARINA_QUEIROGA_DUARTE.pdf

“O que é ‘desenvolver o raciocínio lógico’? Considerações a partir do livro ‘Alice no país das maravilhas’” por Denise Silva Vilela e Deiziele Dorta – http://educa.fcc.org.br/pdf/rbep/v91n229/v91n229a11.pdf

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Redação UFRGS UFRGS

Todos os Temas de Redação da UFRGS – Desde 2014

O vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem a tendência de pedir uma redação a ser escrita pelos candidatos.

O vestibular possui o ano de edição referente ao ano de entrada à universidade, ou seja, quem faz o vestibular no ano de 2024, vai se aplicar para a UFRGS 2025.

A seguir, confira quais foram os temas de redação já cobrados pelo vestibular.

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Tema de Redação da FUVEST de 2018 – De que maneira o passado contribui para a compreensão do presente?

O tema de redação da FUVEST 2019 teve como a frase “De que maneira o passado contribui para a compreensão do presente?”.

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2023 Redação UEL UEL UEL 2024

Tema de Redação da UEL de 2023 – Consumo de água no mundo (dissertação argumentativa) e tempo para si mesmo (texto metafórico)

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2024 Redação UFRGS UFRGS UFRGS 2024 Acesso 2025 Vestibulares 2024

UFRGS 2024 Acesso 2025 – Redação – Sugestão de Roteiro de Estudos

Abril = como escrever uma introdução com e sem repertório, quais são os elementos de um parágrafo de introdução, como usar as palavras do tema, como fazer a conexão do repertório com a realidade do tema e criar teses a partir dos textos motivadores (Sugestão de tema para praticar: UFRGS de 2021 – Mudanças climáticas e direitos humanos)

Maio = como escrever um parágrafo de desenvolvimento com repertório dos textos motivadores, entendendo como fazer o tópico frasal, explicação e justificação (Sugestão de tema para praticar: UFRGS de 2022 – O apagamento das mulheres na história e o direito à memória)

Junho = como escrever uma conclusão, conectando os repertórios com a discussão, justificando e explicando (Sugestão de tema para praticar: UFRGS de 2018 – Os adolescentes que merecemos)

Julho = Férias

Agosto = Como lidar com temas para concordar com o texto(Sugestão de tema para praticar: UFRGS de 2019 – A música brasileira está pior?)

Setembro = Como lidar com temas para discordar (Sugestão de tema para praticar: UFRGS de 2017 – ”Pai da Pátria” e a relação do brasileiro com o Brasil)

Outubro = Escrever os últimos temas de redação da UFRGS (totalizando 3 temas / 1 redação a cada 2 semanas (total de 15 redações em 30 semanas)

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2024 Redação UEA Redação UEA SIS 2 Redação UEA SIS 3 Vestibulares 2024

UEA 2024 Acesso 2025 – Macro, SIS 2 e SIS 3 – Redação – Sugestão de Roteiro de Estudos

banco de provas da UEA – https://lazuedu.com/banco-de-provas/ banco de provas da UEA SIS – https://onestudy.com.br/provas-anteriores-sis-3-uea/

Redação UEA Abril = como escrever uma introdução com e sem repertório, quais são os elementos de um parágrafo de introdução, como usar as palavras do tema, como fazer a conexão do repertório com a realidade do tema e criar teses a partir dos textos motivadores (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 3 de 2019 – A Indenização é a melhor forma de combater o abandono afetivo?)

Maio = como escrever um parágrafo de desenvolvimento com repertório dos textos motivadores, entendendo como fazer o tópico frasal, explicação e justificação (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 2 de 2020 – As ações de amparo social podem diminuir a invisibilidade das pessoas em situação de rua?)

Junho = como escrever uma conclusão, conectando os repertórios com a discussão, justificando e explicando (Sugestão de tema para praticar: UEA SIS 2 de 2022 – Jogos eletrônicos: entre os perigos do vício e os benefícios cognitivos)

Julho = Férias

Agosto = Como lidar com temas de “sim” e “não” (Sugestão de tema para praticar: UEA de 2020 – Censurar Imagens de Pessoas Fora do Padrão Estético É Uma Forma Adequada de Combater o Cyberbullying?)

Setembro = Como lidar com temas de “entre” (Sugestão de tema para praticar: UEA de 2021 – Floresta Amazônica: Entre os Benefícios do Agronegócio e os Malefícios do Desmatamento)

Outubro = Escrever os últimos temas de redação da UEA, da UEA SIS 2 ou da UEA SIS 3 (totalizando 3 temas / 1 redação a cada 2 semanas (total de 15 redações em 30 semanas)