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FUVEST FUVEST 2024 Redação FUVEST Vestibulares 2023

Tema de Redação da FUVEST de 2023 – Educação Básica e Formação Profissional: Entre a Multitarefa e a Reflexão

O tema de redação da FUVEST do ano de 2023 foi “Educação Básica e Formação Profissional: Entre a Multitarefa e a Reflexão”. A FUVEST 2024 usou pela primeira vez o conectivo “entre” para um tema de redação.
Você pode conferir os textos motivadores no link ou a seguir:

Texto 1
A multitarefa não é uma capacidade para a qual só seria capaz o homem na sociedade trabalhista e de informação pós-moderna. Trata-se antes de um retrocesso. A multitarefa está amplamente disseminada entre os animais em estado selvagem. Trata-se de uma técnica de atenção, indispensável para sobreviver na vida selvagem. Um animal ocupado no exercício da mastigação de sua comida tem de ocupar-se ao mesmo tempo também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao comer, ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo tem de vigiar sua prole e manter o olho em seu(sua) parceiro(a). O animal
não pode mergulhar contemplativamente no que tem diante de si, pois tem de elaborar ao mesmo tempo o que tem atrás de si. Não apenas a multitarefa, mas também atividades como jogos de computador geram uma atenção ampla, mas rasa, que se assemelha à atenção de um animal selvagem.
(Byung-Chul Han, Sociedade do cansaço. Adaptado.)

Texto 2
Educar para o ócio significa ensinar a escolher um filme, uma peça de teatro, um livro. Ensinar como pode estar bem sozinho, consigo mesmo, significa também se habituar às atividades domésticas e à produção autônoma de muitas coisas que até o momento comprávamos prontas. Ensinar o prazer do convívio, da introspecção, do jogo e da beleza. Inculcar a alegria. A pedagogia do ócio também tem sua própria ética, sua estética, sua dinâmica e suas técnicas. E tudo isso deve ser ensinado. O ócio requer uma escolha atenta dos lugares justos: para se repousar, para se distrair e para se divertir. Portanto, é preciso ensinar aos jovens não só como se virar nos meandros do trabalho, mas também pelos meandros dos vários possíveis lazeres. Significa educar para a solidão e para o convívio, para a solidariedade e o voluntariado. Significa ensinar como evitar a alienação que pode ser
provocada pelo tempo livre, tão perigosa quanto a alienação derivada do trabalho. Há muito o que ensinar!
Domenico de Masi. O ócio criativo.

Texto 3
Analisar as diferenças entre a educação escolar indígena e a educação escolar convencional no Brasil foi o ponto de partida do trabalho feito pelos pesquisadores Aline Abbonizio, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e Elie Ghanem, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). “Dois fatos me impressionaram especialmente na comunidade em que pesquisei, além do grande valor atribuído à escola como fator de fortalecimento da língua e da cultura daquele povo, a acentuada integração entre as atividades escolares e as práticas comunitárias. Não há tempos rígidos, não há horários fixos nem se seguem disciplinas escolares. As atividades da escola obedecem a um ritmo sereno e envolvem tarefas de manutenção dos costumes, incluem tanto a roça quanto o artesanato ou a coleta de produtos da mata”, relata Ghanem.
(https://www4.fe.usp.br/pesquisa-da-feusp-analisa-diferencas-entre-educacao-indigena-e-convencional.
Adaptado
)

Texto 4

Momentos de ócio, 1901. Irving Ramsey Wiles.

Texto 5

Ciranda II, 2018. Ivan Cruz.

Texto 6

The Banjo Lesson, 1893. Henry Ossawa Tanner.

Texto 7


Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema: Educação básica e formação profissional: entre a multitarefa e a reflexão.
Instruções:

  • A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
  • Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível, e não ultrapasse a quantidade de linhas disponíveis na folha de redação.


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Redação UNESP UNESP Vestibulares 2023

Tema de Redação da UNESP de 2023 – É possível um futuro off-line?

O tema de redação da UNESP do ano de 2023 foi “É possível um futuro off-line?”.
Você pode conferir os textos motivadores na íntegra no link ou a seguir:

Texto 1
Texto 2
Tornou-se impossível pensar no dia a dia sem a internet. “O impacto das novas tecnologias digitais sobre a vida das pessoas, das economias e de todas as sociedades pelo mundo afora aumenta de forma muito rápida”, constata Glauco Arbix, professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo. E essas transformações devem se aprofundar ainda mais em um curto prazo de tempo, uma vez que as pesquisas sobre a rede internacional de computadores preveem que, nos próximos quatro anos, o mundo vai saltar de 3,4 bilhões de usuários para 4,8 bilhões, o que representa
1,4 bilhão de pessoas a mais utilizando a internet, ou 60% da população global conectada à rede em 2022. Claro que em algumas regiões — sobretudo América do Norte e Europa — o percentual de usuários é bastante alto (cerca de 90% da população). No entanto, para que tudo funcione a contento, a tecnologia precisa ser melhorada. E isso já está acontecendo.

(“Não dá para pensar em um mundo sem internet”. https://jornal.usp.br, 10.12.2018. Adaptado.)

Texto 3
Daria para erguer uma pequena montanha com todos os livros que, na última década, criticaram ou nos advertiram contra vários aspectos da internet e das mídias sociais. Um atributo comum compartilhado por todos esses livros, no entanto, é a suposição sem ressalvas da permanência e inevitabilidade da internet como elemento definidor da vida social, econômica e cultural. Em suma, o discurso público sobre as tecnologias de rede se restringe a propostas de aprimoramento e modificação de um sistema existente e que é aceito como uma realidade inescapável. Com Terra arrasada, eu estava determinado a não acrescentar mais um livro a essa pilha de textos inerentemente reformistas. Muito pelo contrário, busquei
dar voz à necessidade de rejeição e à urgência na imaginação e no empenho rumo a formas de vida e de estar uns com os outros fora das rotinas desalentadoras que nos são impostas por corporações poderosas. Uma das metas era contestar a suposição generalizada de que as tecnologias de rede que dominam e deformam nossas vidas “vieram para ficar”. A onipresença da internet desfigura inexoravelmente nossa percepção e as capacidades sensoriais necessárias para que conheçamos e nos liguemos afetivamente a outras pessoas. Se for possível um futuro habitável e partilhado em nosso
planeta, será um futuro off-line, desvinculado dos sistemas destruidores de mundo e das operações do capitalismo 24/71. Há, hoje, em meio à intensificação dos processos de derrocada social e ambiental, uma conscientização cada vez maior de que uma vida diária obscurecida em todos os aspectos pelo complexo internético cruzou um limiar de irremediabilidade e toxicidade. Para a maioria da população da Terra à qual foi imposto, o complexo internético é o motor implacável do vício, da solidão, das falsas esperanças, da crueldade, da psicose, do endividamento, da vida desperdiçada, da corrosão da memória e da desintegração social. Todos os seus alardeados benefícios tornam-se irrelevantes ou secundários diante
desses impactos nocivos e sociocidas2.


(Jonathan Crary. Terra arrasada: além da era digital, rumo a um mundo pós-capitalista, 2023. Adaptado.)
1 24/7: abreviação para “24 horas por dia, 7 dias por semana”.
2 sociocida: que dissolve a sociedade, que é contrário à sociedade.


Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:


É possível um futuro off-line?

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Dyonélio Machado FUVEST 2025 Os Ratos Resumo de Cada Capítulo

“Os Ratos” de Dyonélio Machado – Resumo de Cada Capítulo

A história percorre o total de 24 horas da vida do protagonista. São 28 capítulos no total.

Segunda fase do modernismo, preocupação dos conflitos sociais (personagens alegóricas) e individuais (intrigas psicológicas), sendo a obra o último.

O mito do homem gaúcho, ligado ao campo e que não se adapta bem à cidade, o famoso adjetivo “rústico”. Um homem nômade em um sistema sedentário, ele guerreia por obrigação e decadência moral e financeira. A migração na obra é do campo para a cidade, mas em sobrevivência, diferente da obra “Trilogia do gaúcho a pé”. Não há uma história fundadora da figura, há uma difusão do viver cotidiano, fadada à repetição, à fragmentação. O modo de fazer e a eficácia podem ser gaúchas.

A cidade não é o pampa, os prédios intimidam. Se o campo representa atraso, ignorância e limitação, a cidade representa barulho, mundanidade e ambição. Se o campo representa paz, inocência e virtude simples, a cidade representa centro do saber, comunicação e luz. A mudança é até temática, antigamente se falavam dos aristocratas, as personagens agora são do grupo do proletariado. Porém, de forma diferente, há problemas na classe operária, os aristocratas possuem trivialidades narrativas. Não há heroísmo em buscar o dinheiro, ainda que existam dificuldades.

A cabeça não para a nenhum momento, ele mais pensa do que fala. Todo seu comportamento é de precisar de alguém forte do lado.

A mulher de Naziazeno toma a postura de mulher derrotada por conta da fraqueza masculina. As mulheres são comparadas e caracterizam as fraquezas dos homens.

Características da obra:

-Narrador onisciente (o exterior abala o interior) -Narrativa fragmentada, já que ele articula o real e o imaginário, supondo muitas vezes, animando-se, desanimando-se -Trama psicológica, a condição de estar submetido à vergonha e a condição o transforma, já que ele não pode mudar nada e mesmo que não a aceite
-Descrição dos arredores como um pampa desconhecido e inimigo, a cidade subverte valores antigamente estabelecidos e de conduta
-Metáfora e metonímia aos animais, não como amigos, mas inimigos, como ratos, em atitude, sons e postura -Tríplice simbólica: leite; rato; e infância

Capítulo 1 ”Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao ‘pega’ com o leiteiro”, ele já devia dinheiro e teria que pagar no dia seguinte. Apesar de muitas das brigas que ele tinha com a mulher poderem ser interrompidas com o alvará de que os vizinhos poderiam ouvir, o leiteiro parecia querer que os vizinhos o ouvissem, não só as palavras, mas as ações, de sair galopando, batendo portão e pisando no chão. Naziazeno voltou para casa, contou para a mulher o que conseguia lembrar, a comoção abalou ele e a mulher tentava acalmá-lo. Naziazeno até pensou em não tomarem mais leite, assim como cortaram a manteiga, já que pensava que manteiga era coisa de gente rica em sua época de criança. Zombou da manteiga, do gelo que antes compravam e ficou comparando com o leite, dizendo que a vida não mudaria se não tivessem tudo isso. A mulher ouvia tudo pacientemente, sabendo que ele sempre se irritava com coisa pouca, mas o leite ser comparado a tudo isso lhe trouxe a voz de volta que perguntava se fazia sentido a comparação, já que era para o filho. Ele tentava falar que o filho era forte, disse que quando era novo, só tinha água quente com açúcar para tomar. A mãe se comovia, pois não uma criança não podia ficar sem leite.
Sugestão de leitura do livro: Parágrafos iniciais

Capítulo 2 Naziazeno vê o vizinho, Fraga, homem que sempre fica bisbilhotando mas diz sempre que nunca viu nada. Sempre no meio do mês, diz que quer já pagar o leiteiro e o padeiro. É a visão de alguém que ganha benefícios por meramente ser simpático, não que tenha dinheiro. Viu um outro homem que era sempre muito quieto, mas observava Naziazeno da ponta do pé até o último fio da cabeça, trabalhava de “empregado de escritório na ‘Importadora'”, ainda que não entendesse bem tudo isso. Vão no bonde, o vizinho silencioso, fica feliz de ver uma gente boa, já que pega o bonde cedo e não vê as pessoas pobres que aparecem depois das 9 horas. O vizinho tinha fama de não pagar ninguém e ter um olhar sério. Dali a pouco, aparece o cobrador, acordando todos que olham para fora e sonham em algo melhor ou só querem aproveitar o sol bom da manhã. Como a narrativa é psicológica, o pensamento fragmentado é muito comum, ele começa a pensar sobre o que tinha na lista de compras, pensou nas garrafas vazias que tinha, pensou na medicina e lembrou de quando o filho ficou atacado de meningite e melhorou, ainda assim, feliz que o filho ficou vivo, não pagou o doutor. Viu um dos soldados que ia no bonde que trocava de gente, era jam já 7 e meia. Uma pessoa leva leite de almoço, já que de café-da-manhã ele churrasqueava, tinha ar de gente de fora, morava em chácara com estoque farto mesmo que não tivesse dinheiro, o leite, ali, era símbolo do seu almoço, o que faz Naziazeno pensar que ele não passa dificuldades. Ouviu as pessoas do banco da frente falando da aposta, coisa que Naziazeno era viciado. Continuou pensando em tantas outras coisas, apostas que fez, na mulher do amanuense, ou copista, como sua mulher empalidecia por qualquer coisa que ele tinha que encarar. Tudo para quando o bonde quase que para por pouco para não atropelar as crianças. As pessoas riem de uma piada de que pessoas com muitas pernas não viviam perto das linhas. Mas Naziazeno pensava nas palavras que ecoavam do leiteiro em sua cabeça. Lembrou de novo das palavras, de com sua mulher sofria pelo filho, do sapato que ela pediu para consertar e o sapateiro ficou com ele para receber o pagamento. Ficou sofrendo, um sofrimento de existência de não poder fazer nada, de quem vive em um sistema que dizem que ele é a solução mas negam qualquer forma de poder aproveitar o sistema. Ecoou de novo que não pagou o médico e que só tinha mais um dia para pagar o leiteiro.

Capítulo 3 Naziazeno devia 53 mil réis, o que daria 1350 reais. Saiu impaciente do bonde, já chutava a porta antes de chegar à estação. Foi com as pernas desalinhadas aos pensamentos e parou perto do mercado, viu as pessoas tomando café, pessoas que não conhecia e que tomavam café com leite se estranhando. Aquelas pessoas relaxando o convidou a um café. Pensou de novo que aqueles dois tostões poderiam ser usados para coisa melhor. Lembrou do Duque, homem batalhador, conhece a miséria e sabia o caminho das casas de penhores e de agiotas. Naziazeno olha ao redor e pensa em ver o Duque. Nem lembrava que horas eram. Pensou em pedir sessenta mil réis para arredondar. Lembrou de quando pegou emprestado com o diretor e ele arredondou a dívida. A dinâmica social do livro é de pessoas que sempre estão em dívida umas com as outras, por favores, por dinheiro, por dó, por simpatia ou uma mistura de algumas ou todos esses fatores. Pensou em ir logo à repartição, ainda que fossem oito horas, mas temeu ver um velho corcunda varrendo que não gostava sem saber o motivo de ver, Jacinto. Enrolou o tempo indo à praça. Confiar no Duque era infalível, ainda mais na solidariedade, “quem não o compreenderia?”. Ficou inquieto de que o tempo não passava. A dinâmica de passagem do tempo é sempre de que as coisas não chegam antes, há sempre uma noção de que o tempo passa para quem tem dinheiro, pois ele pode ficar gastando-o sem pensar, o pobre tem pressa, ele precisa se alimentar e pagar dívidas hoje. Ele fica imaginando como ele iria pedir tamanha quantia, pensava na solidariedade sem tamanho do diretor, até mesmo de como o ofereceria café sendo que já havia tomado. O relógio ainda dava oito e meia e seus pensamentos já o colocavam com o dinheiro na mão. Ficou pensando se não era melhor ir ao cais.

Leitura complementar – O gaúcho como herói da decadência em “Os Ratos”, de Dyonélio Machado por Ismael Sebben e Douglas Ceccagno https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8653450/18517

Capítulo 4 Mesmo sendo ainda nove horas enquanto estava no cais, Naziazeno arrependia-se daquela folga de ficar esperando um tempo que poderia estar fazendo outra coisa. Se conseguisse o dinheiro ali mesmo, poderia descansar o resto do dia. O sentimento mais comum da obra é o de preocupação torturante, que fica cada vez mais aflito e quer algo que possa descomprimir tudo o que sente. Lembrava do filho que voltou à vida, sentia o mesmo, queria pagar logo o leiteiro e ter a tranquilidade tal qual de ver o filho com saúde. O cargueiro alemão ficava falando sobre qualquer coisa que via no céu, tal qual alguém que fica falando só para não esquecer como é a própria língua. Pensava de novo na conversa com o diretor. Pensava em como usaria os outros 7 mil do empréstimo para pagar coisas da casa, até em como diria à mulher de onde veio o dinheiro. Naziazeno não gosta de ninguém da repartição, mas a solidariedade que procura o faz ser social. Um capataz passou na frente dele, perguntou do diretor, ele não estava ali ainda. Ofereceu um café, que era antes pago pelo governo e agora os funcionários faziam uma caixinha. Naziazeno recusou. O datilógrafo responde que o diretor está na Secretaria. Naziazeno o esperaria. Pensava no trabalho do datilógrafo e na arte das matemáticas, de organizar, de somar e multiplicar. Naziazeno tenta puxar assunto de quem trabalha por ali para chegar ao assunto do diretor, mas não tem interesse. O diretor apareceu, havia uma comoção. Chamou o chefe da seção e Naziazeno se sente mal.
Sugestão de leitura do livro – Página 19, “O Horácio”

Capítulo 5 Naziazeno pensava em como o Duque poderia ser sua salvação, já que começava a pensar que aceitar sua pobreza seria melhor do que pedir um empréstimo. Pensou que o diretor iria demorar muito e não queria atrapalhá-lo. Sabia já que deveria ter algo para penhorar, era sempre a primeira pergunta do Duque, que ia pensando, perguntando e trazia uma solução. Pensou até em pegar menor dinheiro, mas estava fixo que levaria todos os 53 mil réis ao leiteiro. Viu as pessoas que trabalhavam na bolsa, com ações, “parecem andar sempre prontos pra uma festa”. Não encontra o Duque, fica o esperando pois ele passaria ali logo mais, “é a ‘hora dele'”. Viu um casal de idosos, se sentiu velho perante tanta mocidade que ganhava dinheiro. Vê Carvalho, um velho que o olha com os mesmos olhos de Fraga pela manhã. Alcides o encontrou, achando que estava matando emprego ou se estava tirando folga. Convidou Naziazeno forçadamente a tomar um café, pago pelo pobre.

Capítulo 6 A conversa entre Naziazeno e Alcides já havia esfriado. Carvalho ia embora, toda sua morosidade em fazer tudo, de dar o dinheiro, pagar, colocar o troco no bolso e ir embora o incomodam, já que ele tem dinheiro e não precisa pagar nada para ter pressa de tudo. O velho dá bom dia e eles respondem enquanto ele se afasta. “E o Duque, que não aparece…”. Alcides usava um casaco esquisito, mas ele havia sido roubado e era a única coisa que lhe sobrou para usar. Naziazeno pensou consigo o que seria dele se acontecesse o mesmo, sairia nu pois não tem roupa sobrando. É comum se colocar na desgraça alheia, muito menos como pensar em como a pessoa é uma coitada ou se compadecer ou se quer ajudar, mas como um aviso de se preparar para o pior. Alcides e Naziazeno até voltam a falar do casaco e de como veio de um judeu. “O Duque não aparece mesmo” e Naziazeno decide ir embora, com uma amargura e náusea de novo no peito. Ele conta o dinheiro do bolso, até hesita em deixar uma gorjeta mas acaba deixando. Alcides pergunta de ver uns cafés no centro e Naziazeno concorda. Ele achava que a manhã estava perdida e pensou em ir ao diretor, Alcides reprime falando que não teria dinheiro. Lembrou da figura que ficava sempre se remexendo e resolvendo problemas, pensou em não ir até ele mesmo. Não tinha outras ideias do que fazer, ou, melhor, outra pessoa, pois elas eram a solução dos problemas. Alcides ri da situação dele não achar outra solução e finalmente fala em apostar no bicho. Já armou o plano de ir até a repartição, procurava um dinheiro com os amigos e se encontravam depois para apostar. Ele respondia tudo com natureza e segurança, mas ele tinha uma tristeza que rebatia o estômago. Voltou ao local do Diretor, sentia os olhos de Fraga e ouvia pés de ratos.

Capítulo 7 Há um retorno ao passado de Naziazeno, que brincava nas ruas e via no sol e na rua uma liberdade e felicidade que não tem agora, ainda menos quando compara o ato de beber leite antigamente, quase obrigado pela mãe, e o de agora, que era o que o filho tinha que ter no mínimo. Muitas vezes, não gostava da tristeza de quando o sol ia embora e as ruas ficavam em um tom marrom e quieto. Incomodava Naziazeno toda essa coisa dos preços de tudo, da importância de algumas coisas como leite, aluguel, manteiga e o salário que se equilibram, nenhum sobra. Ele vê nos idosos e pessoas calmas, com poder, dinheiro e tempo, uma salvação. Naziazeno nem pensou em como abordar o diretor. Ele disse que já tinha ajudado anteriormente, tinha contas o suficiente para pagar, mas falando alto para que os capatazes e quem os seguia rissem dele e do diretor. Ele falava sobre o integralismo, uma forma de movimento nazista do Brasil. Era já passado de onze e meia, o diretor foi embora e Naziazeno ficou na “deriva na enxurrada”. Ele vai caminhando e os funcionários do diretor partem também. Ele gosta de andar, pois significa fugir, mas tudo tem limite. A imagem dos seguidores do diretor rindo com caras enrugadas e do Diretor negando ajuda ficaram na mente. Ele encontrou Justo Soares no caminho, sabia das dívidas de Naziazeno. Passava entre todos, Alcides, Duque e Justo, aquele cheiro de urtiga de desconfiança da condição de Naziazeno, como se eles estivesse escolhendo não pagar, sendo que ele quer. Sua cabeça estava oca e não tinha mais ideias, queria não pensar em nada, não ir para casa. Era meio dia e não sabia o que fazer, se quer queria encontrar Alcides.
Sugestão de leitura do livro: Página 30 “Mas com isso ele fizera”

Capítulo 8 ”Naziazeno disfarça o cansaço, porque tem uma esperança.”. Ele vê as casas que se movem com suas cores e o seu destino, uma pessoa que mora no “fim da rua, lá no alto.”. Alcides o esperava para apostar. O jogo do bicho era uma esperança de quem já não tinha mais o que perder que poderia ter uma chance de ganhar. Alcides lembra de outra pessoa que lhe devia dinheiro da venda de um carro e sugeriu a Naziazeno de cobrar nem que fosse metade. Só que ele tem medo. Ele tem medo do silêncio que Alcides tem, da empolgação do jogo, da figura robusta de Andrade, quem estava devendo, de patrão. Era meio longe, mas Naziazeno foi. As casas continuam com o treme-treme de antes. Chegando perto da casa, ouve o som velado de música. A música o intimida, pensou que 100 mil réis (valor da dívida) não faria diferença para um homem como Andrade. Ele não sabe explicar, mas o dinheiro, como para o advogado Dr. Otávio Conti não é o mesmo que para quem está na miséria. Não é que o dinheiro não significa nada, mas é versátil, fácil, é como se não fosse um problema, mas uma solução. Como estava com fome e cansado, tudo ondulava-se ao seu redor e à sua vista. Ter dinheiro e uma melhor condição de vida era afastar-se do trauma do passado, com outro símbolo e outras responsabilidades, e do presente castrador, que o leite significa dinheiro e dinheiro é se humilhar. ”’
Leitura complementar: A obsessão miúda’ em ‘Os Ratos’ de Dyonélio Machado” por Cleusa Rios Pinheiro Passos https://www.revistas.usp.br/linguaeliteratura/article/view/114008/111862

Capítulo 9 Naziazeno bate na porta mal preservada, ninguém o atende. Bateu normalmente, com força, e quem quer se desviar da obrigação. Uma criança o viu e chama o pai. Andrade tem lábia e percebe quando alguém gagueja. Muito do Brasil se ganha por quem sabe se impor só na fala e quebra qualquer tipo de pedido. Andrade disse que a dívida era feita de outra forma, que havia parte do banco e parte do Alcides. Ele até joga que se honra de ter dívidas e não as negava ter, “é um sinal de crédito”. Sua filha tentava entrar no meio da conversa pelo meio das pernas. Atestou que já havia dado a sua parte para Alcides e não tinha mais nada consigo. Andrade até o convida a entrar, ele o faz mas não entende bem o motivo de ter aceitado. Os dois chegaram à conclusão, por manipulação de Andrade, que era tudo um engano. Naziazeno vai embora.

Capítulo 10 Naziazeno antecipava a espera de Alcides em um dos cafés. Era “seguramente uma hora.”. Como levantou cedo, a fome era óbvia. Ficou pensando que com cem mil-réis estaria almoçando no Restaurante dos Operários, passaria a tarde palestrando e saboreando a louça, iria para casa quando satisfeito. Como a cidade falta sombra de árvore, o sol é impiedoso. Ainda fica com uma dúvida de toda a situação de Andrade com Alcides, mas que logo o saberia ao ter com Mister Rees (já que Andrade disse que ele poderia explicar tudo) e quem o esperava no café. Lembrou de certa vez que encontrou Alcides e foram almoçar, deixando que Naziazeno, sem dinheiro direito, pagasse. Chegou aos cafés e não achou Alcides, teve a suposição que ele estaria no restaurante. Pensou até voltar para casa, comer a comida esturricada de estar no forno, não teria como achar Alcides ou ter notícia dele. Já era 13h45. Em meio a tantos rostos que não conhecia, decidiu ir ao banco e ver o Mister Rees. Quando entrou no banco, ficou gelado. Toda a ideia que tinha foi se esvaindo quando pensou que tudo poderia ser um engano. Ainda mais quando o funcionário perguntou o que ele queria, tudo começou a ficar mais confuso. O problema de quem só tenta achar uma solução é pensar que a solução nunca virá, pensando sempre no pior ou em um milagre. Como um alívio, Mister Rees não estava. Lamentou que não tinha a arte da fala com Andrade. Pensou que foi até melhor não vê-lo, pois poderia ter que se explicar, pior do que ter pessoa que fica devendo é ter que falar com quem deve. “É preciso comer”, mas não voltaria para casa. Tinha confiança, tal qual quando saiu do bonde pela manhã. Pensou no Dr. Otávio Conti, ele poderia ajudá-lo, era amigo do Duque e poderia reconhecê-lo. Perguntou se sabiam onde ficava o escritório e lá foi ele.

Capítulo 11 Viu como o escritório poderia dar a visão de qualquer um que chegasse ali perto. Não encontrou o Dr. Otávio Conti. Fica andando pelo quarteirão, meio que quem quer ver, meio que não quer ser visto. Pensa de novo e até cogita não ir ter com o advogado. Como ele andava cansado e com muito foco, trombou com Costa Miranda. Perguntou o que fazia, Naziazeno disse que ia ver o advogado. Ele até adiciona um comentário do dia estar quente. Naziazeno viu em Costa Miranda uma chance e pediu dinheiro emprestado para pagar no dia seguinte, falando que era para almoçar. Falou que Alcides devia pagar a letra do agiota o quanto antes para não se manchar. Naziazeno ficou assustado e no fim recebeu cinco mil-réis. Costa Miranda se despediu e foi embora lentamente.
Sugestão de leitura do livro: Ler página 43 “Na primeira esquina”
Leitura complementar: “Os ratos: uma trama de ponteiros, pontuações e negócios” por Tiago Lopes Schiffner https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/navegacoes/article/view/27216/18431

Capítulo 12 Decidia onde e o que ia almoçar, não queria mingau e empada, mas queria (e precisava) de bife com batatas e pão. Sentia a nota lisa e acariciava, até lembrar de segurá-la bem no bolso para não perder. Pensou de relance numa roleta ilegal nos fundos de uma tabacaria, até pensou que poderia tomar só um café e tentar a sorte. Ele pensa em como poderia trocar a nota com só um café. Bebe água e a fome se alastra por toda a boca e garganta seca. No que entrou, viu Horácio e queria não ser visto. Apesar da situação de Naziazeno que ele tenta evitar encontrar pessoas pelo medo de uma resposta negativa, ele teme outros colegas que podem ou cobrar a mais ou tirar o pouco de dinheiro que mal tem. “Já são quase duas e meia naquele relógio”. Vê Costa Miranda e finge que não o vê. Ficou pensando de novo se contaria a Alcides sobre a situação do banco. Ficou pensando em como apostaria o dinheiro. Lembrou de outras situações que pediu dinheiro e viu um caminhão que o fez lembrar de mais dívidas. Em momentos de nervosismo e dívida, em um sistema que diz que é a solução mas te pune e isola de não fazer parte, tudo é uma constante lembrança de que você é o culpado e tudo depende de você querer. Naziazeno detesta mudanças. Ficou pensando em como o Duque poderia ajudá-lo ou em como ele poderia desenrolar mais dinheiro, tentando inutilmente imitá-lo, pensou no Alcides e toda a situação. Apostou no jogo do bicho. Chegou à tabacaria. Entra num lugar quieto, onde só se ouve o barulho de fichas, viu a cabine do jogo de roleta.

Capítulo 13 Naziazeno já era acostumado com o jogo, ele hesitou mas jogou no número 28, tal qual promessa que fez quando voltasse a jogar. Mal deu tempo de colocar o dinheiro e ele foi o vencedor. Os cinco mil-réis viraram quinze mil-réis. Ele nem acreditava que tinha ganhado, achou que nem participava daquele mundo. Porém, muito inocente, achou que os quinze mil poderiam virar mais. Fica a tarde toda jogando, ora ganhando, ora perdendo, até esperava que o Alcides ou o Duque aparecessem já que toda a gente se renovava por ali. Tenta mudar de estratégia, decide por nas cores, decide por nos números, mas havia uma constante que era de que perdia dinheiro. Incrivelmente, ele ganha em um jogo e decide dobrar o que ganhou nos cálculos que fazia. Em vez de continuar colocando em números que não saiam, colocou no 28 de novo. Perdeu todo o dinheiro.

Capítulo 14 Foi ver o resultado do jogo do bicho e não deu o dele. O calor continua na cidade apesar do dia estar acabando. Naziazeno continua andando, vê os negócios fechados ou já fechando, a rua com automóveis e o bonde quase vazio. Ele encontra-se com um agiota. Apesar dele já ter pedido dinheiro outra vez, ele tenta explicar que precisava do dinheiro para uma dívida, sem entrar nos detalhes que não comia por não ter dinheiro ou precisava do dinheiro para alimentar uma criança. Ele diz que não pode ajudar, Naziazeno até tenta ser simpático por desespero e o acompanha até a estação. Ele chega a suplicar, angustiado pela ajuda. O homem escapa dele e pega o bonde andando para sair de perto. O bonde vai sumindo com a figura do homem, Naziazeno vai andando para uma rua de construções, no sentido oposto do bonde. As cores de trabalho, construção, óleo e sombra se misturam na cidade, há um ar melancólico de que Naziazeno não acompanha o progresso de tudo que está em sua volta. Ele volta à rua comercial.
Leitura complementar: ”O rato que vê, o olho que rói: um estudo multifocal de ‘Os Ratos’, de Dyonélio Machado” por Aline Pereira Gonçalves https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/6974/1/AlinePereiraGoncalves_Dissertacao.pdf

Capítulo 15 As casas se permanecem imponentes com os sobrenomes e o sol alaranjado iluminando tudo por ali. O silêncio das casas era contrastante com as pessoas passando por ali. Ele passa perto de uma obra que tem como chefe o seu Júlio, ele vai revistando os funcionários, mais por obrigação do que acreditar que eram ladrões. É a humilhação do trabalhador que já tem que receber pouco, mas também tem que ser desconfiado. Depara-se com um carro que vai andando sem saber por onde, vê um hotel, o bonde, e tudo abandonado, o que fazia ele querer fumar perto deste horário. Naziazeno, vendo tudo isso, continua andando, já que não pode ficar parado.

Capítulo 16 Alguém chama Naziazeno de longe, era Alcides e outra pessoa que ele não reconhece rapidamente. Eles voltam para uma conversa falando do sangue como foi na Alemanha, Naziazeno fica em silêncio. Alcides viu que Naziazeno estava pálido e perguntou se queria algo, ele aceitava um café. Alcides mencionou que o Duque estava ali, o outro percebeu a conversa e a dívida que Andrade não pagou, pagou a conta e foi embora. Naziazeno conta tudo, menos que foi ao banco. Naziazeno até tenta perguntar do Mister Rees, Alcides desconversa, chamando Andrade de tapeador. O Duque estava ali conversando com outro, tinha chegado com Alcides. O Duque conversa com eles, pergunta se já foram ao agiota, Rocco, ao qual foi mencionado por Costa Miranda. Decidem ir até ele, mesmo que já seja tarde. O velhaco fica interessado com Naziazeno, conversaram na mesa do Duque e perguntou o que ele tinha. Falou que já ouviu desses problemas de doença, negócios, e que, de forma até quase maquiavélica, disse que resolveu tudo isso com uma ação de despejo. O Duque começa a fabular sobre o agiota e tudo que faria, tal qual Naziazeno não queria mais pensar, ele queria que as coisas acontecessem.

Capítulo 17 Naziazeno bebe uma charrua, está enjoado. Alcides chegou, tinham esperança, mas enquanto ia tomar o café, a esperança virou suspense, que virou desânimo. Rocco não emprestava e suspendeu os empréstimos. O Duque tinha outro plano e chamou Naziazeno, Alcides esperaria o Dr. Mondina a mando do Duque. Enquanto passava pelos mesmos lugares e via onde já passou, uma esperança surgia. Foram até o Fernandes e ele propôs um negócio ao gordo. Pediu o dinheiro e o gordo, com “o ar canalha”, tinha recusado até outro pedido menor por falta. Quis insistir mas o Duque agradeceu e se foi com Naziazeno. A noite vai chegando, como símbolo de um fim inevitável do dia e de até quando ele poderia achar uma solução. Eles voltam ao café e perguntam ao Dr. Mondina, que estava conversando sobre trazer estrangeiros ao país com Alcides, se ele não poderia ajudar. Simpatizava com a situação, mas não podia. Duque lembrou que Alcides tinha um anel para penhorar. O anel dava bem 180 mil-réis, herança do avô de bacharel. Pensaram se daria tempo, er ainda 6h45, a loja ainda ficaria aberta no verão.

Capítulo 18 A cidade fecha com a noite, mas o Duque vai andando, concentrado, ele tinha um plano. Eles têm esperança, mas a loja está fechada também. Pensam até em adiar o pagamento, mas não dava. Alcides pega o telefone e liga para alguém. Depois de uma conversa que estavam jantando, ele ganha a notícia que o dono da casa de penhor os esperava na casa dele, o Martinez. De novo, pensava no valor que tinha da dívida, que já tinha repetido inúmeras vezes. Mondina acompanhava tudo, andava com os 3, simpatizava.

Capítulo 19 Entraram na casa guiados pela criadinha, algumas luzes começaram a ser acesas. Como forma de polidez, convida-os a sentarem, mas como bom brasileiro que pede desculpa pela existência ou não quer tomar tempo sendo cordial, dizem que é um assunto rápido, o anel de penhor. Ele não diz se recordar, a loja estava fechada desde às 18h e ficou até surpreso que queriam o anel para a mesma noite, todos ficam com vergonha, mas ele pede a nota a respeito do penhor para analisar, perguntando o valor. Ele sai dali e vai conversar com a mulher, que é possível ouvir algumas palavras elevadas. Curiosamente, são as pessoas que possuem mais conforto e situação econômica favorável que reclamam se precisam trabalhar a mais, pois para quem é miserável e marginal o trabalho é uma condição que não acaba nunca. Mais uma vez, como quem estivesse ali para ver a história do melhor cenário, Mondina era o único que via tudo ao seu redor e não estava tenso como Duque e Alcides. Depois de um silêncio, voltou Martinez e iriam à loja. Naziazeno via que o chão anunciava a noite, mas havia uma luz no céu que dizia que era dia, ainda havia tempo. Ele contempla o quanto tudo toma tempo, nada é rápido, tudo precisa de uma extensão de tempo que se vai e nada se ganha. O silêncio é interrompido por um assovio de bondinho ao longe, mas tudo está quieto na rua. Mais uma vez, para quem o tempo não importa, o dono da loja de penhores analisa cuidadosamente o número da cautela, onde pode estar, toma um tempo para organizar, analisar o preço, ver o objeto e até perguntar de quem era. Quando tomam o anel, o Duque diz logo que deveriam ir. Martinez se despede, Mondina agradece e eles vão em passos martelados. “É noite fechada.”.

Capítulo 20 Naziazeno já não tinha mais esperança, mas o Duque era obstinado. Até tinha pensado em pedir de novo para Mondina, já que ele simpatizava com a situação. Não davam um passo fazia um bom tempo. Tudo estava fechado, mas Duque chegou a ideia de ir até o Dupasquier. Ele os recepciona, a loja estava aberta mas era para outros motivos. O Duque diz que era particular e explica a situação do anel. Ele diz que o anel era bom, valia dois contos e quinhentos, mas não saia sem quinhentos mil-réis, 12.500 reais. Ele ofereceu 350 mil-réis, aceitaram que iriam empenhar, mas o Dupasquier não fazia esse tipo de negócio e deu as costas. Já na rua, Alcides até comenta de outros agiotas, poderiam dar o anel de garantia. Pensaram até em pedir ao Mondina que ficasse com o anel para na manhã seguinte já liquidar a dívida. Ele não gosta da situação, mas Duque argumenta que até o próprio Dupasquier pagaria sem problema algum por quase 400 mil-réis, já que quando ele penhorou o anel inicialmente era um tempo mais difícil. Já eram oito horas. O Duque até se propõe para penhorar, garantindo 420 mil-réis. Mondina gaguejava, ele simpatizava mas não sabia as palavras para dizer não. Naziazeno tinha sono.

Capítulo 21 ”São nove horas”. Naziazeno entra quieto na casa para não assustar a mulher que já estava ansiosa. A mulher o viu magro, cansado, com a barba para fazer mas os olhos deles estavam vivos. Ele trouxe embrulhos, era o sapato que deixou para consertar e também trouxe manteiga, até queijo holandês ele trouxe. A mulher virou jovem de novo. Perguntou do filho, Mainho, trouxe uns brinquedos de borracha. Ele vai comer, a mulher perguntando onde ele estava e se comeu. Ele se lembra de quando foi comprar o presente e das opções. O leão até pode ser uma representação de Cristo, pois ele é denominado o Leão de Judá. Vai saber se realmente é isso, um símbolo de esperança ou uma piada de mal gosto. Perguntou se tinha vinho e pensou que o menino da vizinha poderia buscá-lo, deu dinheiro e a mulher foi ver. Lembrou da empolgação de querer comprar o queijo a mais e levar um quilo, mas considerou mais caro que o normal e levou só um quarto. O caixeiro sem ter embalado a manteiga direito embalou no mesmo papel o queijo. Ela fica curiosa em como arranjou o dinheiro, disse que contaria depois, mas não o faria. Perguntou se ela o esperou para almoçar, disse que tinha esperado até a uma. O som da ária enquanto foi ver o Andrade apitou na cabeça. O vinho chegou e bebeu um pouco, perguntou se o pessoal da repartição ou qualquer outra pessoa o havia procurado. Ela perguntou da comida, ele fez com que estava aceitável. Até provou o queijo. Ela pergunta se foi o diretor que lhe arranjou dinheiro, a frase “tenho lá alguma fábrica de dinheiro?” retorna. Ele diz que foi com Alcides e o Duque. Ela acha que foi pelo jogo, ele até vê o número 28, depois vê a areia pesada do cais em construção, a luz pálida do fim de tarde, as paredes e paredes do centro comercial. Disse que não foi no jogo. Ele pede um café, ela se levanta, ele apalpa a nota de cinquenta mil-réis e lembra-se dos cinco-mil réis do Costa Miranda. Quando o Duque contou os 75 mil-réis, os 5 mil já estavam separados para Costa Miranda. Mas ele se preocupou, não achou o dinheiro separado e pensou que poderia ter gastado mais do que sua empolgação lhe cegou. Contou as notinhas surradas e os níqueis e viu que poderia ter o suficiente. Ela pergunta quanto foi o presente e ele conta. Ele mostra o dinheiro para o leiteiro, sente-se incomodado das moedas soltas e da falta do dinheiro exato para pagar, ainda que tivesse a mais. Adelaide tinha uma nota exata de 2 mil-réis. Estava ventando, ele disse que era uma boa noite para dormir, ela pergunta se ele se deitaria, disse que ainda era cedo, nove e meia. Ele pega o leãozinho e fica apertando e ouve o assovio. Pensa que Mainho vai encher aquilo de água. Tinha sono e ouvia bem o murmúrio do vento.

Capítulo 22 Naziazeno saboreava como o leiteiro só poderia ter a boca aberta em espanto com o dinheiro todo ali. Mainho ainda está dormindo e ele fica pensando em como era quase uma mentira que ele tinha o dinheiro ali com a mulher. Ele só saberia do que seria do penhor amanhã de tarde. Ficou pensando se o diretor iria reclamar da sua falta no expediente da tarde. Eles ainda conversam de fofoca, verificam e arrumam a casa. Ele ainda não queria dormir, estava saboreando o momento que lhe lembrava a infância (o brinquedo presente, a mesa posta, a promessa de leite), a mulher sugeriu deixar o leite de madrugada para ele não precisar acordar cedo. Vai na cadeira de balanço e vai tomar outro café.

Capítulo 23 Colocaram o dinheiro para ser pegado pelo leiteiro, até pensaram em colocar um peso mas não ventava em casa. Adelaide vai ninhar a criança que choraminga, Naziazeno decide ir deitar, estava cansado. Ao se despir, deitar-se, sentir dor em todos os membros, coisa que não desgostava, ficou pensando no dia todo e em o que não devia ter feito ou não percebeu. É mais fácil ser um bom analista do passado do que do futuro. Mas, como estava com um dia cheio de coisas, ele não conseguia se desligar e deixar de pensar. O problema de quem precisa ficar trabalhando é que o cérebro nunca para. Lembra de tudo, analisa o quarto, pensa no bonde que passa ali perto. Ele não sabe se dormiu ou se ficou acordado, fica pensando em todos os barulhos ao seu redor. Nem sabe mais que horas seriam, poderia bem ser perto da meia-noite. Pensou em comer, até em beber, ouviu a criança resmungando e tudo voltou ao silêncio. Acordou com uma pancada ouvida de longe, já era uma da manhã e ele não conseguia descansar.

Capítulo 24 Cogitou fazer alguma coisa, já que não estava dormindo. Em um universo que pede que a todo momento você faça algo, abandone a preguiça, que seu estado de miséria é uma culpa individual, descansar é um crime psicológico e sistemático. Não queria fazer barulho, todos estavam dormindo e isso também o deveria fazer. Concentraria-se em algo. Pensa em um círculo, lembra dos companheiros, pensa na repartição. Ele até culpa a luz do quarto da criança, achando que não deveria estar ligada ao mando do médico. Eram quase duas da manhã. Ficou pensando em Mondina, em Costa Miranda, viu Mainho descoberto da perna mas continuou divagando. Pensou no avô nunca antes citado por Alcides. Começa a meio que lembrar, sonhar e delirar, vê a cara do Duque como a de um rato. Um estalo ameaça acordar a criança, Adelaide o ninha e Naziazeno finge que não estava acordado.

Capítulo 25 Voltar para casa deu realmente o silêncio que pensou o dia todo. Pensou no sapato da mulher e do passeio que fariam no domingo, e na cara saltada do leiteiro cobrando. Pensa em como arranjou o dinheiro, no vento da noite, na comida no estômago. Pensou no dinheiro bem colocado ali como forma de carinho ao leiteiro. Pensou ser melhor do que estar na frente dele, poderia começar uma discussão. Pensou em como tudo poderia ficar pior, na gritaria, ainda que isso nunca fosse acontecer pois ele já tinha o dinheiro. Pensava no passado, no que podia ser do presente, até da noite ser mais quente que poderia justificar sua ida à sala. Sente culpa de não dormir, de ser uma exceção. Tentou se arrumar, coisa que lhe pesava. Sentiu que era vigiado para ver se dormia. Pensaria em nada.

Capítulo 26 O calor vem chegando quando fica assim acolhido. Vai sentindo cada parte do corpo de volta. Pensou ter ouvido o bonde já passar, mas não sabe mais. Até pensou em comprar o jornal, mas dois tostões valia para muita coisa, na mão do Duque podia valer mais, para Naziazeno ele podia usar para outra coisa. Lembra de quando o Duque manipulava todos com o anel, para que tudo se solucionasse. A todo momento, há essa situação de que as pessoas adorariam ajudar, querem ajudar, mas jamais ajudam, sem explicar, ficando mais confuso o desejo de ajudar sendo que seria mais fácil falar que não ajudaria. Seja por causa do anel, seja por outras figuras na história, até quando era trocada uma nota de cem mil-réis no café. Lembra da luz do bonde, lembra do Duque contando e repartindo o dinheiro. Lembrou de sua ida ao sapateiro e do bonde de retorno. O bonde, com pessoas cansadas, com medo de quem aparecia por perto de estar incomodando, o sapateiro, julgando Naziazeno de todo o corpo. Teve toda a demora da contagem de notas, a velocidade do bonde terminar o caminho, Naziazeno acabou dizendo que precisava de 53 mil-réis, o Duque lhe deu 65 mil, 5 mil a mais do que pretendia. Lembrou de Adelaide o vendo enquanto entrava com os embrulhos.

Capítulo 27 ”Outra vez um silêncio súbito.”. Achou que já eram 5 da manhã. Pensou que talvez tivesse dormido, não tinha certeza mas não tinha dúvidas. Começa a ouvir um chiado e fica interessado, pensando nesses ruidozinhos. Os ruídos viram chiados, os chiados viram guinchos. Fica ouvindo ratos. Acredita que a casa esteja cheia deles. Fica neurótico com todo o barulho quase silencioso e acha que os ratos vão comer o dinheiro. Até pensa em acordar Adelaide, ficou pensando que o dinheiro era novidade e os ratos gostariam de comer. Pensou em esconder o dinheiro, mas onde o leiteiro o acharia? Não queria mexer porque o leiteiro não o veria e ele precisava descansar. Os galos começam a cantar depois de um certo tempo. Ele analisa toda a casa e vê que o dinheiro continua ali. Vê alguns pequenos farelos da obra dos ratos. Sente-se finalmente um silêncio de trabalho concluído. E, mais uma vez, “aquela sua tristeza, aquela ânsia no estômago, aquele desânimo”, ele não estava com a vida melhor, era só outro problema da sua vida com tantos problemas.

Capítulo 28 Tudo ganha uma luz amarela meio sanguínea. Ele ouve novamente os ratos. Ele tenta localizar mas não consegue focar de onde foi. Ele não dorme e não descansa. Ele ouve um baque do portão, depois, a porta se abrindo e um silêncio. Ouve um jorro forte do leite que é despejado. Alguns passos se afastam depois de outro bater da porta, mas agora mais suave do que de antes. Finalmente, “ele dorme.”. Flávio Kothe, “O Herói”, Naziazeno é um herói da decadência, heróis contra a trivialidade, a narrativa moderna quando é positiva aponta para a trivialidade. https://pdfcookie.com/documents/kothe-flavio-o-heroi-mly03mnrdo20

A narrativa é cíclica, como de Sísifo, nunca acaba a angústia.

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Tema de Redação da UFRGS de 2023 – “Qual História pode e deve ser ensinada?”

O tema de redação da UFRGS do ano de 2023 e acesso 2024 foi “Qual História pode e deve ser ensinada?”. O tema tinha como base o texto motivador com o título “Deixem a História em paz” de Jaime Pinsky. Baseado na leitura, você deveria escrever um texto que concorda ou discorda dos pontos apresentados do texto e que deveria ser lido em um grupo de discussão sobre o ensino de História na escola entre pais, alunos e professores.

Você pode conferir as instruções e o texto motivador neste link ou vê-los a seguir:

Em junho de 2022, Jaime Pinsky, historiador, editor, professor Titular de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Livre Docente pela Universidade de São Paulo (USP), publicou um texto no Jornal Correio Braziliense, em que apresenta seu entendimento a respeito da História e do ofício do historiador. Leia o texto abaixo.

Deixem a História em paz
Se as lições da História fossem claras, Solano Lopez não seria considerado herói no Paraguai e bandido no Brasil, e Duque de Caxias não seria cultuado no Brasil e considerado um carrasco sanguinário no país vizinho. Ouço, em conversas informais, médicos, advogados, economistas e administradores de sucesso me informando (consolando?) que pensaram em estudar História, admiram muito os historiadores e gostam das lições que ensinam. Sinto decepcioná-los, meus caros, mas história não é para amadores. Na verdade, a maioria nem sequer tem ideia do que é História, embora todos se sintam no direito (obrigação?) de palpitar sobre o assunto, e até de exigir a troca de professores em muitas escolas.
Mas vamos por partes. Sim, senhores, História é uma área de conhecimento que nos toca profunda e diretamente, não é aquela coisa idiota e decorativa (nos dois sentidos) ensinada em meados do século passado no Brasil e em muitas escolas de primeiro mundo até hoje. Basta examinar livros didáticos, supostamente de História, em escolas públicas nos EUA: não passam de compêndios parecidos com listas dos infindáveis presidentes americanos e alguns cidadãos de destaque, algo sobre suas vidas, outro tanto sobre suas obras e poucas e até nenhuma palavra sobre as sociedades em que atuaram, a condição das minorias, a democracia na prática (não só a democracia formal), o papel das mulheres, a vida dos indígenas, dos negros, dos imigrantes e assim por diante.
História não é a narrativa, ou uma narrativa, nem qualquer narrativa sobre coisas que aconteceram. História implica se apropriar do passado a partir do presente. Se um estudioso de qualquer época e de qualquer tema do passado decide pesquisar algum fato que tenha acontecido, ele vai, obrigatoriamente, olhar esse passado a partir do seu presente. E seu presente, o ponto de vista a partir do qual ele se dá conta daquilo que aconteceu, será, hoje, diferente do ponto de vista de alguém que estudou esse passado há, por exemplo, um século. Um elefante será sempre um elefante, mas se o ponto de vista levar o observador a conhecer o elefante pela frente, ele poderá ver uma tromba enorme, mas se o enxergar por trás, verá apenas um rabinho. Deixando a zoologia de lado, é evidente que não se pode deixar de considerar a historicidade do próprio historiador.
Uma historiadora que se debruce hoje sobre a história das mulheres no período colonial brasileiro será levada a fazer investigações que outra, vivendo um século atrás, não terá feito. O comportamento, a prática social, a relação que as mulheres têm com o próprio corpo, a moral sexual, os objetivos profissionais, até mesmo seus anseios e sonhos têm a ver com sua realidade econômica, política, religiosa. Mulheres da Arábia Saudita só receberam autorização para dirigir veículos há poucos anos e isso, seguramente, pode parecer revolucionário para moradoras de países vizinhos, algumas ainda sujeitas a imposições machistas vestidas de dogmas de fé.
Mas a coisa toda parecerá um arcaísmo insuportável em sociedades que superaram esse dilema há muitas décadas. O historiador precisa ter sensibilidade e conhecimento empírico e teórico para pesquisar, entender e apresentar a questão. História não é para amadores. Uma questão precisa ficar clara: História não tem partido, não é de esquerda, nem de direita. Quem trabalha com ela precisa utilizar todas as técnicas que aprendeu, na faculdade ou fora dela, para não confundir a atividade docente com um espaço de pregação política. Seu compromisso, como docente, é com o conhecimento histórico estabelecido a partir de pesquisas feitas por gente séria.
Hoje, temos centenas de cursos de história no país, com gente boa se formando em muitos lugares. Temos também livros sérios que apresentam questões fundamentais da história com linguagem acessível a professores e alunos. Buscar obras de qualidade para ter bons pontos de partida é uma atitude necessária para não transformar a sala de aula em campo de batalha, ou palanque político. Por outro lado, cabe aos dirigentes educacionais oferecer suporte aos seus docentes. Tenho visto um movimento inaceitável de pais de alunos querendo interferir em programas de curso, em abordagens de temas sensíveis, chegando até a instrumentalizar seus filhos para questionarem de modo grosseiro os professores quando estes não apresentam abordagem histórica que os interessa.
Ler para os filhos, ler com os filhos, ler para dar exemplo aos filhos é, sem dúvida, uma forma melhor de ajudar o processo educacional do que insurgi-los contra os professores de História. Pedir para que as escolas cuidem mais da iniciação científica de seus alunos, para que o país tenha ainda alguma chance de chegar a um patamar que desejamos, é outra. É só querer ajudar de verdade.

PINSKY, J. Deixem a História em paz. Disponível em: . Acesso em: 27 set. 2023.

O texto é claro: o Professor Pinsky é contundente em defender seu ponto de vista, especialista que é em sua área do conhecimento. Podemos, a partir da leitura de suas ideias, destacar um conjunto de argumentos que o levam a defender suas opiniões; e isso não apenas sobre a História narrada em livros, mas também sobre o papel que têm, na construção dessa narrativa, a escola, os alunos, os pais de alunos e a comunidade em geral.
Agora, considere a seguinte situação.
Você está no último ano do ensino médio e faz parte de um grupo formado por pais, alunos e professores cuja função é debater o futuro do ensino na sua escola. Desta vez, o ensino da História será o grande tema de discussão: Que História pode e deve ser ensinada?
Esse assunto tem grande relevância, porque ele faz pensar sobre o nosso passado e o nosso presente; ele também faz refletir sobre manifestações de preconceito, de intolerância, de autoritarismo, de racismo e de tantas outras formas de discriminação. Uma boa discussão a respeito de tudo isso faz ver e entender melhor nossa conexão com a História da humanidade, o que inclui avaliar nossas ações, tanto positivas quanto negativas. A partir disso, podemos criar sociedades mais equitativas, justas e inclusivas.
O texto “Deixem a História em paz” certamente é um bom ponto de partida para o debate sobre o futuro do ensino de História em sua escola e, por isso, foi apresentado ao grupo do qual você faz parte, como forma de dar início à conversa.
Após a leitura feita pelo grupo, decidiu-se que algumas pessoas deveriam apresentar uma opinião fundamentada sobre as ideias veiculadas pelo texto do Professor. Você está entre as pessoas escolhidas. O conjunto dessas opiniões conduzirá o grupo a levar em conta, ou não, o texto como um parâmetro.
Como um dos escolhidos, você foi encarregado de dissertar sobre as ideias do texto “Deixem a História em paz”, de Jaime Pinsky. Nessa dissertação, você deverá apresentar ao grupo o seu ponto de vista a respeito dos argumentos expostos pelo historiador. A sua dissertação será lida perante o grupo e, certamente, será levada em conta para auxiliar a balizar o futuro do ensino de História em sua escola.
Lembre bem: você terá a oportunidade de opinar sobre algo que pode ter grande impacto na sua escola, o que pode incluir outras disciplinas do currículo e, na formação da cidadania de seus colegas.
Bom trabalho!

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Todos os temas de redação da UNIFESP, desde 2013

Você pode conferir abaixo todos os temas da UNIFESP desde 2013.

O ano de aplicação se refere ao ano que os candidatos fizeram a prova e a edição significa o ano de ingresso, ou seja, o candidato da UNIFESP 2025 fará a prova em 2024.

Fonte: Site da VUNESP