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“Romanceiro da Inconfidência” de Cecília Meireles – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Qual o contexto histórico da obra?

Resposta possível – Em uma perspectiva da autora, a obra foi escrita durante o período do Modernismo, período literário preocupado com uma identidade nacional brasileira e que revisitava eventos históricos para dar um novo significado ou relembrar ao imaginário popular brasileiro. Já no âmbito da narrativa, a história se passa no período da Inconfidência Mineira, evento de um movimento com ideais separatistas que foi denunciado e com seus participantes condenados, além de adicionar informações anteriores do período de colonização e ocupação de Minas e os anos posteriores dos exilados e da morte de Tiradentes.

Pergunta 2 – Como a ficção separa a obra da visão histórica?

Resposta possível – A ficção possibilita uma análise dos sentimentos envolvidos durante o movimento da Inconfidência Mineira, como a adição do passado histórico e das lendas da região, mas aproximando o leitor do horror e da violência desbalanceada de como foram tratados os inconfidentes e suas punições. Além disso, auxilia na revisitação do passado histórico brasileiro como forma de criar uma identidade nacional e uma educação a respeito de suas origens e costumes.

Pergunta 3 – Qual a importância do lirismo para o acontecimento histórico?

Resposta possível – O lirismo abre a possibilidade dos sentimentos sentidos pelos mineiros com as histórias que já se passaram pela região de Minas Gerais e do sentimento de impunidade com a corte portuguesa. Adicionalmente, isso conecta os leitores como forma de uma construção de um imagético popular cultural a respeito do acontecimento, em vez de tratar o assunto de forma impessoal e apenas objetiva, que fica esquecida como apenas uma outra página de história com um herói mártir.

Pergunta 4 – Qual o papel da obra para se refletir sobre o ocorrido?

Resposta possível – A obra funciona como uma grande contextualização do que ocorreu na Inconfidência Mineira antes mesmo dela se tornar um plano, apresentando que não foi um evento singular ou que aconteceu de uma insatisfação única, mas de tantas outras adicionadas (soberba da corte, decadência econômica, insatisfação popular). Além disso, após mais de 100 anos sem ter sido tocada de novo ou se quer analisada, Cecília Meireles traz um questionamento e uma análise do período, importante para que o povo possa construir uma identidade cultural lúcida e sem idealizações.

Pergunta 5 – Por que a história não deu uma epopéia?

Uma epopéia se caracteriza em uma personagem principal que atua um ato heróico, representando os valores de uma nação. Diferente de outras obras épicas como “Os Lusíadas”, “Eneida” e “Odisseia”, as personagens de “Romanceiro da Inconfidência” nunca tiveram se quer uma chance contra a violência e brutalidade da corte portuguesa. A história é marcada por uma derrota do movimento, mas, pior que isso, o herói considerado como mártir esquartejado, e os inconfidentes restantes exilados e as pessoas que apoiavam o movimento silenciadas, com a ideia morta por corpo e a alma.

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“Quincas Borba” de Machado de Assis – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Explique o que é a teoria do Humanitismo

Resposta possível – Criada pelo filósofo Quincas Borba, o Humanitismo tem como ideia uma entidade chamada Humanitas, a qual é uma força que se alimenta do que existe no mundo. Se há uma força que move os vencedores a vencerem e os perdedores a perderem, é o Humanitas. Apesar de ser esta a teoria na obra, a teoria é uma forma de zombaria de tantas outras teorias sociais da época (como o darwinismo social e o determinismo) que tentavam explicar de forma muito superficial e simples problemas sociais muito mais complexos, já que a teoria só beneficiava quem acreditava nela e quem tinha poder, ou até mesmo, dinheiro.

Pergunta 2 – Quais são as características presentes na obra do Realismo?

Resposta possível – A obra trata de vários aspectos sociais, como a importância da posse e das aparências e não da essência e do caráter das personagens. Da mesma maneira, é comum ver como algumas instituições (exército, igreja, política) estão decadentes e apenas se interessam por dinheiro e poder, tal qual as amizades e relações sociais presentes na obra. Como as relações sociais são muito importantes como pano de fundo e também da análise da sociedade, há também a ausência de maniqueísmo das histórias, pois é inserido informações necessárias ao contexto para que se entenda que as personagens não são inteiramente más ou boas. Por fim, a tentativa de mostrar uma teoria e comprová-la ao longo da narrativa (estratégia comum de Eça de Queirós em suas obras) é um outro aspecto do Realismo.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – O fim do século XIX e início do século XX foi marcado pela industrialização rápida da cidade do Rio de Janeiro e também dos estudos sociais de comportamento. Há um contraste entre a cidade de Barbacena, local que Rubião nasceu e é tão inocente da maldade alheia, com a cidade do Rio de Janeiro, que é importante ter bons aliados e muito dinheiro. Não só isso, mas a teoria do Humanitismo também se adiciona como uma ironia à crescente de tantas teorias sociais que tentavam explicar como os seres humanos se comportavam em sociedade, ignorando fatores legítimos como situação financeira, saúde, educação e simplificando demais a ponto de trazer respostas e explicações simples para problemas complexos.

Pergunta 4 – Cite diferenças da obra das características do Realismo

Resposta possível – Algumas diferenças da obra para as características do Realismo são: o narrador tece comentários, traz juízo de valor às personagens e usa o leitor para tecer comentários e conversas a respeito da narrativa, retirando a impessoalidade característica do Realismo; a obra muda de foco com as personagens na narrativa para que se torne mais interessante, saindo do traço objetivista e documental do Realismo; por fim, a linguagem ondula entre o poético e o irônico, apesar de ser uma característica de Machado de Assis, não é uma do período realista.

Pergunta 5 – Analise a ironia presente na obra

Resposta possível – A ironia pode estar presente principalmente em trechos que uma ação acontece e um comportamento ou reação não eram esperados. É bem comum que a reação comum se torne incomum e o incomum seja o comum em algumas ações irônicas. Ela pode ser encontrada também com o rumo da vida de algumas personagens, como Rubião que era pobre e continuou pobre, ou até Dona Tonica que ficou para casar e não se casou, e Teófilo que trabalhou tanto para apenas continuar trabalhando tanto em outro lugar sem ganhar uma promoção.

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“Marília de Dirceu” de Tomás António Gonzaga – 5 perguntas possíveis

O livro que está na lista de leitura obrigatória da FUVEST mas que já passou por vários outros vestibulares já ganhou várias perguntas. Abaixo, você pode conferir 5 perguntas possíveis que te ajudam tanto a entender a importância literária da obra quanto o que você tem que saber da obra.

Pergunta 1 – Quais os aspectos árcades e românticos da obra?

Resposta possível: A obra tem como principal pano de fundo o cortejo entre Dirceu, um pastor com muito gado e riqueza, e Marília, sua amada. Essa forma de romance pastoril é um dos aspectos do Arcadismo, tal qual também a linguagem simples e o uso de elementos da mitologia grega e romana (a citação do cupido e de outras entidades mitológicas) na composição. Apesar desta visão mais pastoril da parte 1, a parte 2 e 3 possuem um teor mais melancólico, com a tristeza do eu lírico como sentimento característico do Romantismo. Além disso, a mudança de perspectiva de uma visão de um futuro feliz para uma saudade ao passado e um desejo de escapismo reforçam os elementos presentes que estarão no Romantismo.

Pergunta 2 – Como é o posicionamento amoroso de Dirceu?

Resposta possível – Mesmo que não seja constante, há diferenças na demonstração do sentimento de Dirceu em cada uma das três partes. Na parte 1, ele assume um cortejo mostrando o quanto ele é rico e que podem aproveitar o dia, argumentando como nem o cupido pode fazer ele se apaixonar por outra mulher e o quanto Marília é muito mais bonita que todas as outras mulheres (reais ou até da mitologia romana e grega). Na parte 2, Marília é uma espécie de refúgio de um presente e futuro tenebroso que aguarda o eu lírico, ele lamenta o estado que se encontra e como não é tão mais rico como antes, mas tem a certeza que reencontrará Marília. Na parte 3, Dirceu assume um amor racional, argumentando como o amor dele segue uma linha de raciocínio em vez de ser apenas impulso sentimental.

Pergunta 3 – Qual a influência do contexto histórico na obra?

Resposta possível – A parte 1 foi escrita anterior aos acontecimentos da Inconfidência Mineira, uma tentativa de um movimento com ideais separatista da corte portuguesa. A parte 2 acontece enquanto é se dado o julgamento dos inconfidentes, presos pelo crime de infidelidade à corte. A parte 3 ocorre em seu exílio, que foi uma mudança de sua sentença, a qual era antes a morte. Cada uma das partes adiciona um sentimento na escrita, sendo a parte 1 mais positiva e com ideias de um futuro próspero, a parte 2 com um saudosismo do passado e lamento de um futuro sombrio, e a parte 3 com uma ausência de exagero amoroso e uma melancolia de não poder se mudar o passado e aceitá-lo como é.

Pergunta 4 – Quais as figuras de linguagem utilizadas na obra?

Resposta possível – As figuras de linguagem mais destacáveis são: metáfora (comparação de simbologia entre dois elementos); comparação (uso de conectivos linguísticos que fazem uma metáfora); assonância (repetição de sons vocálicos); aliteração (repetição de sons consonantais); hipérbole (exaltação e exagero de uma ideia); elipse (omissão de uma parte da frase); hipérbato (inversão da ordem sintática das frases).

Pergunta 5 – Quais os aspectos que distanciam a obra do Arcadismo e do Romantismo?

Resposta possível – Alguns aspectos que afastam a obra do Arcadismo é o uso do ambiente e da natureza como símbolos de sentimentos de tristeza e melancolia, além do uso do sentimentalismo exagerado de amor. Ademais, outros aspectos que afastam a obra do Romantismo são a racionalização do sentimento amoroso, e a amada que foi alcançada, porém, se encontra afastada do eu lírico.