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UEA 2025, Macro, SIS 2 e SIS 3 – Sugestões de temas de redação para estudar

Visando ajudar os alunos com a redação da UEA no ano de 2024 para a UEA edição 2025, tanto Macro quanto SIS, fiz uma coletânea de 3 eixos temáticos com 12 temas. Obviamente, quero deixar claro que acho muito mais valioso saber como argumentar é muito melhor do que saber de um tema de antemão.

Veja os eixos temáticos e os temas:

1. Natureza e meio ambiente:

– A educação ambiental: entre o desafio de um mundo pós-pandemia e a formação do docente

Atualmente as brincadeiras das crianças estão cada vez mais ligadas à tecnologia e menos a ambientes abertos que propiciem interação com a natureza. A escola através da Educação Ambiental (EA) permite aos estudantes interagir e se conscientizar sobre o meio ambiente. Entretanto, com a pandemia causada pela COVID-19 o ambiente escolar foi substituído pelo ensino remoto representando grandes desafios aos professores que lecionam EA. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão crítica sobre os desafios da Educação Ambiental para reaproximar os estudantes da natureza em um contexto pós-pandemia, a fim de formar cidadãos ambientalmente conscientes. Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática da literatura focando em trabalhos que tratassem da EA pós-pandemia. Como resultados da revisão foram encontrados dois trabalhos, ambos publicados em 2020. Após análises foram elencados três temas que serviram de base para as reflexões. A pandemia evidenciou as desigualdades no acesso às tecnologias e consequentemente à educação, além disso o ensino remoto evidenciou a falta de formação dos professores para o trabalho com as novas tecnologias. Neste contexto de incertezas e agravos nos problemas socioambientais a EA se apresenta como uma ferramenta de transformação da sociedade. Mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia o trabalho com a EA deve continuar vislumbrando os desafios que surgirão. Assim, a EA em um contexto pós-pandemia deve priorizar a reaproximação dos estudantes com a natureza recriando o sentimento de pertencimento ambiental, que será base para a formação de cidadãos conscientes e sobre o ambiente que os cerca.
(fonte: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CENÁRIO PÓS-PANDEMIA: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES, dezembro de 2021, vários autores, disponível no link: https://www.researchgate.net/publication/357093035_A_EDUCACAO_AMBIENTAL_NO_CENARIO_POS-PANDEMIA_REFLEXOES_E_POSSIBILIDADES)

Estamos preparados para a próxima pandemia?

Para Ester Sabino, imunologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, o monitoramento de patógenos é essencial para que o mundo não seja pego desprevenido como foi da última vez:

“O sequenciamento é importante, porque ele dá alguns dados a mais sobre os agentes: qual é a linhagem, se existem variações importantes que estão fazendo com que esse agente adquira novas capacidades e também para saber se estão mudando as regiões em que a vacina deve produzir anticorpos”, disse a médica.

Ester Sabino explicou ainda que isso é importante tanto para vírus, como também para bactérias – já que as superbactérias, resistentes a antibióticos, são outra preocupação das autoridades de saúde.

Agora, a professora destaca que apenas monitorar os patógenos não é suficiente. Nesse aspecto, ela defende o compartilhamento de informações:

“Sequenciar só por sequenciar não adianta, tem que se inserir dentro de um processo. É preciso um sistema de informações que indique se alguma coisa está mudando”, explicou.

Ester Sabino ficou famosa em 2020 por liderar a equipe que sequenciou os genes do SARS-CoV-2, o coronavírus causador da Covid-19. Ou seja, ela entende mesmo do assunto.

(Fonte: “Como a OMS está se preparando para uma próxima pandemia?”, Site “Olhar Digital”, Bob Furuya, 09/04/2024, disponível no link https://olhardigital.com.br/2024/04/09/medicina-e-saude/como-a-oms-esta-se-preparando-para-uma-proxima-pandemia/)

– O quanto devemos urbanizar os centros não-urbanos?
A urbanização é o processo de concentração da população de uma nação e suas principais atividades econômicas em um contexto de cidade, ao invés de rural.

Esse processo começou gradativamente no mundo desde a entrada da Idade Moderna e a consolidação de seus novos valores industriais (a Revolução Industrial) , e é atualmente o modo de vida predominante nos países industrializados e mesmo naqueles em processo de desenvolvimento.

Desde meados do século 20, mais pessoas viveram em contextos urbanos no mundo ( 54% da população mundial ) do que em locais rurais, e mesmo as projeções futuras apontam para apenas um terço da população mundial em ambientes rurais por ano 2040. Isso representa uma mudança significativa em relação à tendência mundial dos séculos anteriores, que favorecia a vida rural.
Outras distinções quando se fala em urbanização podem ser:

Suburbanização. Também chamada de urbanização por derramamento, consiste na disseminação da cidade para os territórios rurais devido ao excesso de concentração habitacional na cidade, para a qual se fundam novos bairros remotos de baixa densidade , ligados ao núcleo urbano por vias rápidas.

Desenvolvimento Rural. Ocorre quando a cidade exerce influência sobre as áreas rurais que a cercam, mas como seus custos são tão elevados, muitas das atividades econômicas e vivenciais que normalmente ocorrem em seu interior passam a ser localizadas em terrenos rurais, como as ilhas urbanas de área rural.

Periurbanização. Trata-se do surgimento de espaços dentro da cidade que não atendem a propósitos tradicionais de comércio , habitabilidade ou industrial , mas que proporcionam uma espécie de “espaço intermediário” à cidade, como parques, instalações de trânsito, rodovias, etc.

Desvantagens da urbanização

Maximização do consumo . A demanda por eletricidade e combustível é muito maior nas cidades, o que afeta os mercados mundiais de matérias-primas e os efeitos adversos dos métodos de geração de eletricidade disponíveis.

Empobrecimento da agricultura. A preferência geral pelo modelo de vida urbana tende a ser em detrimento da vida rural, em muitos casos empobrecida e abandonada, já que em alguns casos a indústria pode abastecer suas atividades (como nos países importadores).

Maior pobreza urbana. migração das áreas rurais para as cidades afeta a qualidade de vida destes, visto que muitas vezes as alegadas oportunidades são escassas e a migração rural marginal aumenta cinturões das grandes cidades.

Impacto ambiental . Ao concentrar a população em poucos quilômetros, o impacto sobre a qualidade do ar , da água e do soloé maximizado, o que por sua vez afeta a saúde da população e do ecossistema . (Fonte: Urbanização, site Conceitos do Mundo, disponível no link: https://conceitosdomundo.pt/urbanizacao/)


– Desastres ambientais: quem paga a conta são as empresas ou o povo?
Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de desastres ambientais devastadores que expuseram a vulnerabilidade de nossas cidades e a negligência na gestão de recursos naturais. Exemplos emblemáticos incluem os desastres de Brumadinho e Maceió, causados por operações negligenciadas de empresas privadas, e a recente tragédia no Rio Grande do Sul, decorrente de eventos climáticos extremos. Mas afinal, quem paga a conta desses desastres?

Em Brumadinho, o rompimento da barragem da Vale em 2019 resultou em 270 mortes e uma destruição ambiental sem precedentes. A empresa, embora responsabilizada, ainda enfrenta processos judiciais lentos, e a aplicação de punições efetivas permanece incerta. A tragédia expôs falhas na fiscalização e na regulamentação da segurança de barragens, refletindo um sistema onde a negligência corporativa tem consequências devastadoras para a população.
Diferentemente de Brumadinho e Maceió, o desastre no Rio Grande do Sul não foi causado por uma empresa, mas por eventos climáticos extremos. Enchentes e tempestades devastaram cidades, destruindo infraestrutura e deixando milhares de desabrigados. Este caso destaca a urgência de repensar a urbanização para resistir a eventos climáticos extremos, bem como ter bons planos de gestão de crise.

No caso do Rio Grande do Sul, a responsabilidade se desloca em grande parte para o poder público, que deve investir de maneira estratégica e sustentável na criação de cidades mais resilientes. Isso implica em desenvolver infraestruturas que possam resistir aos impactos das mudanças climáticas e implementar políticas públicas voltadas à prevenção e resposta a desastres. A construção de arranjos urbanos que considerem as especificidades naturais e socioeconômicas de cada região é essencial para minimizar futuros riscos.
(Fonte: Quem paga a conta dos desastres ambientais? Uma reflexão sobre Brumadinho, Maceió e o Rio Grande do Sul, Andressa de Mello, 03/07/2024, disponível no link – https://www.linkedin.com/pulse/quem-paga-conta-dos-desastres-ambientais-uma-reflex%C3%A3o-de-mello-3pz6f)

2. Direitos sociais e garantia deles

– Por que é cada vez mais difícil ocupar um lugar público?
A noção de espaço público remete a um local pertencente ao poder público, que deve estar disponível para a população ocupar e usufruir. De uma forma ampla, é entendido como um lugar do qual todos somos donos e pelo qual todos somos responsáveis. No Brasil, aparentemente, existe uma dificuldade quanto a esse entendimento ou, até mesmo, um desconhecimento do conceito. Apesar disso, esses locais são ocupados de diversas formas, por comércio ambulante, festividades, atividades de arte e cultura, manifestações religiosas, práticas esportivas etc.

O artigo 6º da Constituição Federal do Brasil institui o lazer como um dos direitos sociais básicos, junto da educação, saúde, trabalho e segurança. O poder público tem a incumbência de utilizar o espaço público para a promoção de lazer, mas não só isso, também administrar esses locais de modo a envolver outras atividades de arte e cultura, religiosidade, esportes etc. No entanto, ainda falta a identificação, por parte da população, de como e de quem deve ocupar e usufruir desses ambientes.
(Fonte: A importância do entendimento e ocupação do espaço público, Tiago Maia, 19/07/2023, disponível no link – https://ufop.br/noticias/em-discussao/importancia-do-entendimento-e-ocupacao-do-espaco-publico


– Alimentação com ultraprocessados: dificuldade em encontrar produtos orgânicos ou preço competitivo?
O médico e escritor Chris van Tulleken defende que, em prol da saúde públicaalimentos ultraprocessados recebam o mesmo tratamento dado aos cigarros.

Infectologista do Hospital de Doenças Tropicais de Londres, professor da Universidade College London, no Reino Unido, e apresentador de alguns programas na BBC, ele também é autor do livro Gente Ultraprocessada – Por que Comemos Coisas que Não São Comida, e Por Que Não Conseguimos Parar de Comê-las (Editora Elefante).

Isso porque o conceito de ultraprocessados foi desenvolvido pela equipe liderada pelo epidemiologista brasileiro Carlos Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) — que, inclusive, assina o prefácio do novo livro.

O médico britânico confessa que duvidou do conceito de ultraprocessados de início e achava que os malefícios apontados nos estudos estavam relacionados apenas aos excessos de gordura, açúcar e sal presentes em muitos desses produtos.

Para colocar a ideia à prova, ele resolveu se submeter a uma pesquisa, em que radicalizou a própria dieta e passou a comer basicamente alimentos ultraprocessados.

Em entrevista à BBC News Brasil, van Tulleken sugere que países e governos tomem ações mais contundentes para diminuir o consumo de ultraprocessados entre a população.

Na opinião dele, as grandes redes alimentícias vão destruir as culinárias tradicionais nos próximos 50 anos — e não há muito o que as pessoas individualmente possam fazer para mudar esse cenário (ou a própria dieta).
(Fonte: ‘Precisamos odiar os ultraprocessados para deixar de comê-los’, diz autor de best-seller sobre indústria de alimentos, André Biernath, 19/10/2024, disponível no link https://www.bbc.com/portuguese/articles/cm286xmrlklo)

– Estudar na universidade é para todos?

Perguntas delicadas não têm respostas simples. Neste caso, respondo “não” e “sim”. Não: nem todo mundo precisa fazer faculdade. Sim: todo mundo deve ter condições de fazer faculdade se quiser.

O leitor percebe que, como na questão das cotas, o “não” e o “sim” não são simétricos. Ambos são compossíveis porque se sustentam em argumentos diferentes.

Quando digo que nem todo mundo precisa fazer faculdade, apenas constato o óbvio: a universidade não é o único caminho possível para a realização pessoal e profissional. Muita gente trabalha em profissões perfeitamente dignas, algumas remunerando bem, outras até muito bem, que não exigem formação universitária. Os exemplos se espalham à nossa volta.

Entretanto, todos deveriam poder escolher entre fazer ou não fazer faculdade. Para tanto, todos deveriam ter acesso a uma educação básica de qualidade para disputar nas mesmas condições a possibilidade de entrar na universidade. Atendendo ao que for específico de cada curso, a universidade, como curso considerado não por acaso “superior”, deve continuar selecionando sempre pelo mérito intelectual. Para tanto, a mensuração desse mérito, que é individual, não pode ser afetada por razões de ordem completamente outra, como cor da pele e condição econômica da família
(Fonte: Todo mundo tem que ir para a faculdade?, Gustavo Bernardo, 25/10/2024, disponível no link https://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=32)

– O esporte é um direito ou é um gasto?

3. Internet

– Aumento de cirurgias estéticas em jovens: entre a pressão nas redes sociais e a irresponsabilidade dos cirurgiões
– Casas de aposta online: joga quem quer? , Formação educacional na internet: elitização de um direito ou democratização do acesso? , Quando vamos sair da era da indignação?