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"Opúsculo Humanitário" FUVEST 2026 Nísia Floresta

“Opúsculo Humanitário” de Nísia Floresta – Resumo de Cada Capítulo

Seu nome e pseudônimo são uma homenagem total. Sua cidade natal leva seu nome. Viveu até os 74 anos, morreu de pneumonia.

Coleção de 62 artigos publicados de forma esporádica, em uma coletânea sobre a educação no século XIX para as mulheres. Ela mesmo foi proprietária de uma escola, Augusto, em homenagem ao pensador Augusto Comte, pai do positivismo e companhia de Nísia. Recebeu críticas duras no âmbito pedagógico e pessoal.

A educação era exclusiva aos homens, sem contar a popular frase “O melhor livro é a almofada e o bastidor”, que retrata a mentalidade da época de mulher ser um objeto a ser admirado e ocioso.

Conceitos importantes: Educação é religião; As falas são contraditórias; O feminismo atual não é o mesmo de hoje

Nísia faz uma dedicatória ao irmão.

Capítulo 1 Nísia clama pelo país, atrasado e liberal, da educação das mulheres. Ela destaca como a educação da mulher foi fator definitivo do desenvolvimento. Na Ásia, mesmo os povos babilônicos com dinheiro e sabedoria, viviam na ignorância. O que faltava era Deus.

Capítulo 2 Agora ela fala do Egito, que mesmo com os faraós, toda a sabedoria e toda a riqueza, não cultivavam a sabedoria pela mulher. “A beleza física, entre esses povos, era o único mérito real da mulher”. E ainda que tivesse beleza, era competida. Nenhum dos grandes compreendeu o mal do embrutecimento do sexo. Armavam-se contra impérios e outros reis e eram fraco de pensamento esclarecido. Sempre quis a mulher inculta para cumprir seu papel humilhante.

Capítulo 3

Agora na Grécia, contava de Licurgo, “foi o primeiro que melhor soube harmonizar os interesses da pátria com as vantagens da civilização.”. Teve tantos filósofos marcantes e se destacou ao mundo, a vida adoçou pois as mulheres participavam da sociedade, não de objeto de prazer, mas trabalho de espírito. Mas havia algo que impedia o avanço contínuo e seu estabelecimento – o paganismo, não acreditar em Deus foi a ruína deles e de tantos outros grandes povos.

Capítulo 4 Os romanos tinham mulheres exemplares, mas que não as viam como iguais. Eram heróicas, mas queriam subjulgá-las para controlar. As que se destacavam, faltavam educação, e nem os gloriosos romanos conseguiram se manter por quererem controlar as mulheres. Se houvesse educação, não haveriam Messalinas, Tulias e Agripinas.

Capítulo 5 “É uma verdade incontestável que a educação da mulher muita influência teve sempre sobre a moralidade dos povos, e que o lugar, que ela ocupa entre eles é o barômetro que indica os progressos de sua civilização.” Os bárbaros do Norte e os selvagens das Américas e da Oceania exemplificam seu ponto, deixaria de lado os europeus para falar de outros povos. Pois, mesmo com o Renascimento e avanços tecnológicos, nada mudou da educação da mulher. Lamentou o sangue derramado pelas terras, ainda mais dos reis e nobres que ficaram nos castelos, repetindo em ecos que era o papel divino. Os gregos desapareceram, haviam novos filósofos, mas a terra no Oriente se tingia de sangue e imperadores pioravam os direitos aos povos. Apenas as cristãs conseguiam ter um alívio no coração de uma vida, coisa que, para a autora era verdade. Assim ficava a educação feminina, estacionada, com povos se perdendo no anticristo, na riqueza e no sangue derramado. Ler capítulo 5

Capítulo 6 Agora o foco é nas três grandes nações da Europa Moderna e os Estados Unidos. Começa-se pela Alemanha, exemplo de país de direitos às mulheres. Baseiam a felicidade doméstica na moral esclarecida das mulheres. Aponta como os homens do Sul mantêm a ignorância da educação tão comum dos homens do Norte.

Capítulo 7

Ela explica a vantagem da mulher germânica sobre as mulheres antigas e modernas. O espírito de família e o respeito à velhice são intrínsecos, e isso o que ela concorda, devem ser melhores mães, esposas, pensadoras mais profundas como os grandes exemplos de pensadores da Alemanha.

Capítulo 8 Agora o foco é na Grã-Bretanha, povo que engrandece nas letras e nas ciências e na educação feminina. Seja pela rainha ou pelos escritores, a nação colheu muitos frutos dessa educação cultivada. Desde cedo vê as vantagens do sexo que são, ainda mais na nova vida de casada e as virtudes da vida doméstica. Assim que na França e Inglaterra se dá essa diferença da donzela e da esposa, tal qual do galanteio tão diferente reagido aos países, pois as inglesas já sabem da sinceridade e da independências nos primeiros anos.

Capítulo 9 As inglesas se destacam pela instrução do espírito, ainda que as romanas e as gregas se destaquem pela educação moral e dos costumes. A educação dos ingleses é moral, e assim deve ser a da mulher, baseada na religião. Dá exemplos de escritoras que pontuam bem essa relação da religião como base da educação e o progresso inglês, como Jane Austin, Maria Edgeworth, Inchbald e Hannah More.

Capítulo 10 Agora aponta Voltaire, sarcástico com as mulheres, e Montesquieu, desviado da visão justa das mulheres. Traçam linhas que tratam a mulher como objeto de prazer, são poucos que viam a necessidade de libertarem as mulheres de seu estado de escravo e aplicar a educação na vida delas.

Capítulo 11 Agora o foco é na França. Povo hospitaleiro ao estrangeiro, o desenvolvimento veio com o compartilhamento da inteligência com a mulher. Se retirasse esse direito, a nação cai. A francesa reina mais forte pelo espírito do que qualquer outra comandante de outro reino. Não foi só pelos exemplos do direito da educação que a França se distingue, o amor maternal se destaca. Sendo assim, a mulher moderna

Capítulo 12 Assim como a Inglaterra, a França tem mulheres produtoras de todas as classes. Traz duas que destacam a necessidade da educação moral como base, Staël e George Sand, escrevendo e produzindo e provando que a mulher será o modelo da família e digna. Se falta essa dignidade e energia, é que faltou essa educação.

Capítulo 13

Agora destaca-se a beneficiência da mulher francesa. Ela aponta como são tão benéficas, educadas na religião, que vão até para lugares que nem sua língua falam ou os homens não as respeitem. Pensou até quando isso seria possível, tamanha dedicação para a Pátria e ser menosprezada. Ainda mesmo há quem aponte, inclusive na França, que a instrução seria mais prejudicial que benéfica, sendo que se bem instruída na moral, não há exceção que minta a regra. Mesmo que esses três países se destaquem no que diz da educação da mulher, ainda há muito o que se progredir.

Capítulo 14 Agora fala-se dos Estados Unidos da América, país jovem, com gozo intermediário das vantagens da educação da metrópole com a falta da aristocracia europeia. Destacam-se pelo cunho da verdade e do útil. Semelhantes aos franceses, são polidos, mas menos ociosos para ocuparem-se com galanteios. Ainda com o amor pelas ciências com tantas escolas, aplicam apenas ao que é útil e podem tirar resultados ao país.

Capítulo 15 É notório como a mulher na América é tão companheira e participativa da vida conjugal. Pela busca da verdade, depositam esforços nas ciências, investem-se em comércios e crescem perante os outros países europeus.

Capítulo 16 O livro de Mrs Stowe destaca-se pelos preceitos que a autora defende, educação religiosa e moral, a quem a autora compara com o Evangelho moderno que todos deveriam consumir, “Cabana do Pai Tomás”. Para a autora, ficava a esperança de que as gerações lessem as obras, ou ao menos decorassem as páginas para ter essa educação americana.

Capítulo 17 Volta-se o foco ao Brasil. Mesmo com esse regresso da história da Europa, Ásia, os pensadores, os países e os exemplos, o Brasil continua sem mover os obstáculos da educação da mulher. “Deus depôs no coração da Brasileira o germe de todas as virtudes”. Deve-se abrir a possibilidade de educar e desabrochar as infinitas felicidades de uma sociedade livre e civilizada.

Capítulo 18 Há uma lamentação em tocar no assunto da vaidade e de vontades pessoais de se fazer história. Deve ser um trabalho de séculos, mas espera-se que os homens da nação comecem a agir para que percebam que a verdadeira felicidade da nação está em educar a mulher. Cabe, ao presente, contentar-se nesse cenário de exploração de mata virgem, mas que, no futuro, os frutos virão de um país justo a elas que inspiram.

Capítulo 19 Mais de um moralista já estabeleceu e ao longo da obra se destaca a máxima de que a “educação da mulher muita influência tem sobre a moralidade dos povos, e que é ela o característico mais saliente de sua civilização.”. Analisa-se o Brasil durante seus 3 séculos, e as primeiras mulheres brasileiras, mas não as indígenas, que será feito outra hora. Não será analisado com os brasileiros, que pouco escreveram, mas com os viajantes estrangeiros.

Capítulo 20 Lamenta-se a herança de Portugal de desprezar o sexo feminino, ocupavam com missionários e guerras e deixavam a mulher para a serventia da casa, que levavam nenhum trunfo da guerra. Procurando glória onde menos havia, pouco se fez da educação da mulher, ainda assim, saíram alguns gênios dessa terra.

Capítulo 21 O exemplo de Públia Hortênsia de Castro mostra que a mulher na educação é na sociedade é mais impedida pelos preconceitos do que sua capacidade. E pegando os grandes homens de Portugal, era possível ver o exemplo da nação em relação ao posicionamento da educação da mulher.

Capítulo 22 Portugal perdeu sua glória, subiu como uma nação nobre e caiu no poder. Inclusive teve que colocar o Brasil no manto da escuridão da escravidão, desviando ela da Europa. A autora é fortemente contra a escravidão. Diz que a metrópole trouxe tudo de pior ao novo solo do Brasil. Ainda que tenha tido escritores exemplares, a situação foi ruim. Mas nem só de escritores se faz uma nação. Inclusive, elogia Nóbrega e Anchieta, “esses verdadeiros apóstolos do Cristianismo.”.

Capítulo 23

A sede de ouro e a ambição de terra e poder foi o que atraiu muitos ao Brasil, desejos piores do que o caráter dos selvagens. Os selvagens são mencionados como os aborígenes da Oceania ou os nativos dos Estados Unidos. Até D. Pedro denunciou como vinham corruptos e avarentos, ainda que magistrados ou agentes fiscais para o Brasil em 1822. “De tais homens não podia provir vantagem alguma para o progresso das ideias, e por conseguinte da educação da mulher.”. Ficou para fazer trabalho têxtil e de comida, e ainda que existissem virtudes, ficavam escondidas como diamantes brutos nas famílias patriarcais do Brasil.

Capítulo 24 O Brasil vivia no ego superinflado de Portugal, orgulhoso de um passado glorioso que não possui mais e enriquecendo pessoas de outro país e sofrendo todos os males. Nem mesmo haviam escolas, a ciência era negada, precisavam ir até Portugal para serem educados. Se era intencional, pouco importa, pois isso só resultava no mesmo fim de que a mulher nenhuma educação poderia ter. Infelizmente, o que faziam eram ficar em casa, salvo exceções que tinham educação, recebiam migalhas, e se ocupavam de tecer.

Capítulo 25 “As escolas de ensino primário tinham antes o aspecto de casas penitenciárias do que de casas de educação. O método da palmatória e da vara era geralmente adotado como o melhor incentivo para o desenvolvimento da inteligência!”. Ainda que algumas instituições isentassem as meninas da palmada, ficava a audiência e até xingamentos e tapas na cara, coisas que não competiam para criar a modéstia para as mulheres. Isso quando exerciam o magistério e não entendiam dele. Ficava ao cargo de jesuítas torturadores e mestres charlatães o ensino, que só sabiam soletrar alguns clássicos. E os pais, por terem tido a mesma educação, assim a consideravam normal, e seria preciso educar os pais para ter uma boa educação aos filhos. Ler o capítulo.

Capítulo 26 “Quanto mais ignorante é um povo, tanto mais fácil é a um governo absoluto exercer sobre ele o seu ilimitado poder.”. Ainda assim, quanto maior é o poder ao soberano menos seguro ele é. “A força não pode nunca persuadir, mas sim fazer hipócritas.”. A mulher deve ter a possibilidade de elevar sua moral e uma boa educação. Todos que tentaram apenas focar na parte física da beleza, não entenderam o ponto do espírito da mulher. Ainda que nenhum homem prefira ter uma mulher que se alegre com futilidades do que uma que se honra com as virtudes da sociedade.

Capítulo 27 Referenciando e relativizando Platão, a mulher é uma alma servindo-se de um corpo. A autora acha inaceitável a mulher se dar ao ócio, aos sentidos do corpo do que elevar o intelecto da razão e sua aproximação com Deus. Dessa forma os falsos adoradores e amorais se aproveitam de controlar mulheres que não desenvolvem o intelecto para terem escravas. Ainda se usa da fraqueza física como justificativa de inferiorizar a mulher, sendo que o que destaca o homem é o intelecto, e nisso a mulher também pode ser igual ou melhor. O que se torna paradoxal, uma vez que o corpo menos robusto deveria evidenciar a necessidade de se ocupar com as faculdades intelectuais. Ainda mais, quem elogia a mulher pela fraqueza, cai em uma falácia maior de ter que admirar ela pela fraqueza.

Capítulo 28 Há uma lamentação para quem acha que a mulher veio para ser alvo de prazer e nada mais terá da vida se não uma vida sem luz. Ainda se pensa na utilidade e no tempo que se despendeu de Aristóteles e todos os filósofos de criarem a filosofia e a razão para tão pouco usarem. Há uma clareza que nem todos os homens possam ser instruídos igualmente, o mesmo se espera das mulheres, mas que pelo menos seja instruídas, e que seja bem feito. Volta-se a fazer um regresso histórico de importância para a análise da situação.

Capítulo 29 Diante de uma explosão vulcânica, portugueses procuraram refúgio no Brasil, que estava de braços abertos. Criaram-se tribunais, escolas, academias, os portos fechados para estrangeiros se abriu e a colônia teve melhoramentos com a vida da família Real, agora com o nome de Reino. A educação feminina continuava como na condição da colônia, com ineptos pedagogos, padres charlatões ou as mães da família, aprendiam tudo menos o que poderia torná-la mais digna. Ainda que pudessem ter a vantagem de estudar em tantos lugares da Europa, as mulheres nem podiam aprender a ler. Existia o dizer de que ensinar a ler e a escrever seria a porta de entrada para escreverem cartas de amor, até mesmo os pais que queriam ensinar eram censurados. Lamentável a situação que continua, sem elevar as mulheres, porque se faz-se essa crítica aos do passado, incluem-se os do presente, pois ainda pensam assim, apenas viciando o espírito em sua simplicidade primitiva.

Capítulo 30 Há um paradoxo, pois se há o apontamento da falta de instrução ser essencial pois prejudica a mulher, como as mulheres brasileiras não eram celebradas como as mais virtuosas? “Mas todos sabem, a não serem os povos selvagens, que é um paradoxo, e paradoxo ridículo, avançar-se que a ignorância é o melhor estado para o desenvolvimento das virtudes morais.”. Mesmo que se ouça o brado de abandonar vícios, outros continuam. São um povo que celebram os antepassados, apontam as virtudes que prolongam, mas cometem o erro de não aprenderem dos passados e abandonarem os vícios. “Do número desses erros é o que nos inspirou este escrito.”.

Capítulo 31 Analisam-se as escolas régias, o início da instrução com profissionais duvidosos. Deixava-se por elas dizerem que sabiam ensinar, e a elas deixavam o ensino do sexo. Ganharam essa fama e os pais não conseguem bancar escolas particulares, ficam assim frustrados. Admira-se o desleixo dos profissionais, passando ou não por ensino que os capacitavam a ensinar e pareciam nada capacitados. Dará espaço a análise dos frutos.

Capítulo 32 Analisa-se a emoção da independência do Brasil, que, mesmo com o amor da mulher de D. Pedro I, pouco podia fazer pela educação. Pouco se podia fazer quando tantos brasileiros queriam fazer um ato ingrato. Lamenta-se a falta de avanço na educação, sauda-se José Bonifácio de Andrada.

Capítulo 33 Desde 1831 o Brasil tem governo nacional, tal qual será o alvo das críticas da situação, ou falta da, educação feminina, ainda que exista o consenso geral que a educação não está bem regulada e organizada, ela se mantém a mesma. Esse bárbaro sistema, sem frutos, e que não só tolera o sistema que deixa na mão de falsos educadores e diretores a punição física, mas implora e exige a educação moral que deveria ser dada em casa, não com um estranho como punição travestida de educação. Quem tenha poder, ainda confessa que tem obediência dos subalternos, mas dos filhos não conseguem nada – o problema é mais moral do que de trabalho. Parece, como a metáfora da autora, “ao sadio e vigoroso dono de um terreno fértil, mas inculto pela preguiça de seus braços, que vai pedir ao seu vizinho, a quem falecem iguais vantagens, o alimento necessário para a vida.”. E nenhuma casa se quer é preparada para poder cuidar, seja pelo desafio grande ou de forma educacional preparativa, já que se ocupam de falar mal um do outro e de colocar picuinha em alunos. Essa confiança do brasileiro no estrangeiro e a falta de cuidar do seu que toleram esses erros a mais do que tolerariam se fossem brasileiros. Ler o capítulo.

Capítulo 34 Comenta-se sobre as leis da educação no Brasil. Levam-se mais as casas de educação como uma estimativa e atividade financeira, local que frustrados e melindrosos comerciantes recorrem ao falharem nos projetos. Comparam-se os europeus de que não vêem motivo de sair do país para educar, e lamenta tal qual António Feliciano Castilho lamenta como um país pode perder seus gênios e criadores de tais por falta de recursos. O que atrai, no final das contas um europeu para o Brasil que não existe nos Estados Unidos, é o amor à natureza e o interesse financeiro material, em nada atrai a população que falta de princípios europeus.

Capítulo 35 Faz-se uma caricatura que qualquer um no Brasil que saiba ler e escrever se denomina apto a ser diretor de colégio. Pior é a inércia do governo e do povo de não exigirem uma reforma da educação e os auto-proclamados diretores que tentam decidir como melhorar a educação da mocidade que sofre com eles. Há uma intertextualidade da autora de que ela espera virar a folha do jornal, uma vez que esses capítulos eram publicados regularmente em um jornal por ela, que veria a notícia da educação da mulher, nada encontrariam e esperariam pelo melhor no dia seguinte. Apesar das lamentações, fará-se uma análise do que realmente foi feito pelo governo em relação a esse assunto.

Capítulo 36 “Pelo Quadro demonstrativo do estado da instrução primária e secundária das províncias do Império e do município da Corte, no ano de 1852, vê-se que a estatística dos alunos, que frequentaram todas as aulas públicas, monta a 55.500, número tão limitado para a nossa população; e que neste número apenas 8.443 alunas se compreendem!”, a desproporção mostra o desrespeito e o atraso. “Na província de Minas, onde a instrução se acha mais geralmente difundida, entre 209 escolas de primeiras letras, só 24 pertencem ao sexo feminino!”, sem contar a citação infeliz de um dos presidentes da província que a mulher deve ser ensinada a ser criada de si e do marido, tal qual relação com a província e os escravos, confundindo o espírito brasileiro e o povo mineiro. “Na ilustrada Bahia, de 184 escolas primárias, 26, somente, são de meninas. Menos egoísta para com o sexo a sua rival na glória, o heroico Pernambuco, fiel a suas tradições, lhe sobressai em equidade, pois que de 82 escolas, 16 pertencem ao sexo feminino. A província do Rio de Janeiro, com 116 escolas, dá ao sexo 36. No município da Corte, a sede do governo imperial, onde devia-se mais facilitar a instrução do povo, acham-se apenas criadas nove aulas de meninas!”. Há estados que nenhum número se quer chegou. Soma-se o baixo número, o método educacional e a decadência moral e a situação fica pavorosa.

Capítulo 37 Gonçalves Dias é citado com sua revolta contra o sistema educacional, desde o uso de material ao método e os lugares. Fica-se repetindo do avanço, ainda que a educação não melhore, abrem-se bailes e teatros que só mostram sexo e aplaudem como se aquilo fosse arte. Ela idealiza o passado, que deveria ser respeitado e igualado ou ser melhor que tal. Pouco se vê realmente de progresso da nação, menos ainda da educação.

Capítulo 38 Como celebrar o progresso do Brasil se o próprio governo aponta o problema na educação? Há um comparativo de um historiador francês, Ferdinand Dinis, de que as mulheres do Brasil e os costumes de lá remotam como se fossem atividades do século XVI, sem nada a Europa influenciar mudanças. Reflete-se sobre esse falso progresso, denúncia da condição da mulher e da situação da educação brasileira defasada e má armada. Ainda houvessem outros tempos que os meninos se aventurassem para ter o mínimo de educação, mas os pais não arriscam as filhas com uma parcela de perigo do que havia antes, ainda que preocupações justas. Considera-se a mudança de atitude para os que tiveram contato com europeus, ou a Europa, ou até que tivessem fortuna.

Capítulo 39 Passado os governantes e as instituições, agora serão analisados os pais de família. Infelizmente, apesar de serem uma âncora que impeça o naufrágio dos barcos da mocidade, ainda se enganam com aparências. Sempre se levam a colocar as meninas em colégios que possuam muitas delas, sem relevar o que levam elas ali, seja condição financeira, mérito ou promessas. Até cita-se de uma educadora que impôs um limite do número de alunas para melhorar a qualidade, coisa que surpreendeu em um sistema que visa lucro. Não há como ultrapassar a educação da mãe, dado que o tempo que se investe é relacionado ao resultado da educação final.

Capítulo 40 Há uma divergência dos objetivos das instituições públicas ou privadas de ensino, mas o que elas possuem em comum é ensinar e criar o sentimento de ciúmes e inveja entre seus membros. Há até uma citação de um diretor que conta da emulação ser um sentimento nobre, contrário da inveja. Essa emulação, esse sentimento de se igualar ao outro, só pode ser bem feito quando o trabalho em casa é exemplar na criação das meninas. Mesmo que duas meninas tenham a mesma instrução escolar e o sentimento de emulação, se a mãe não a educa não se terão duas meninas iguais. Ou seja, os pais precisam visar colégios que as diretoras sejam reconhecidas pelo zelo e dedicação ao ensino, já que as meninas poderão gozar das horas de estudos reguladas e a falta de tanto contato com os escravos. Tocará-se em outro assunto da decadência dos bons costumes da mocidade.

Capítulo 41 Um estranho hábito que se fez comum no Brasil foi o de terceirizar a amamentação. Não só o problema vem da falta de cumprir com a obrigação do papel da mãe, mas de deixar para as escravas mais esse serviço após todas as condições que já vive. Já de cedo, com leite impuro, como diz a autora, a criança logo aprende que a alimentação e ser servido são naturais como chamar os pais, e que assim sempre será feito, servido. Já aprendem cedo os maus costumes ensinados aos pais, salvo a situação que escapam de não saberem ainda o que fazem. Assim como cita Fénélon, as crianças já aprendem comandos antes mesmo de falarem, são influenciados logo cedo. Citando Agostinho, as crianças aprendem por repetição e por mostragem o nome dos objetos. Todavia, as mães preferem se afastar do choro e do aborrecimento da atividade e dar aos negros, impregnando as crianças com os pensamentos sem moral. É necessário que as brasileiras tomem seu ofício de amamentarem e serem exemplos.

Capítulo 42 Os afazeres de casa são rodeados de escravos, ensinados pelo chicote. As meninas logo se acostumam a ver esse espetáculo humilhante e tratar até a própria ama como objeto de ser útil ou não a ser vendido ou jogado fora. Se quer conseguem repelir essa ingratidão e a raíz anticristã rega um lar sem valores cristãos, que, mais uma vez, para a autora é sinônimo de educação. O que era para ser um embrião de inteligência se torna um ser violento, que vai lhe envenenando pouco a pouco o seu estado natural. Outra preocupação é a falta de respeito ou de limitar os assuntos abordados na frente de crianças, discutem e falam palavras que deixaria até pessoas mais velhas coradas, iniciando-as em um caminho tenebroso que falta idade e valor cristão a ser cultivado.

Capítulo 43 Condenam-se os pais, cheios de vício e má conduta, cita-se Dr. Rendu e sua análise problemática do Brasil, povo sempre seminu, vivendo na escravidão e em comum lugar e tempo, difícil algo mudar no país enquanto continuasse a escravidão. Dói, como aponta a autora, ouvir críticas de estrangeiros, não só porque ferem o orgulho nacional, mas que são verdade. Clama-se imitar os bons costumes, sem copiar tudo.

Capítulo 44 A autora diz que é útil imitar os aspectos positivos dos outros países, como os ingleses no respeito da religião e da lei, os alemães no hábito do pensamento e o empenho de melhorar, os franceses na sua civilização e inovação, e de todos citados pelo empenho no trabalho e procura de avançar. Lamenta-se o Brasil como país que nada se assemelha a esses, da estagnação de querer melhorar e de como até as partes mais pobres dos Estados Unidos gozam de uma educação melhor do que o Brasil inteiro. Não é nem na erudição o problema, já que se pode aprender essa educação em outras gerações, mas a educação moral e religiosa que se perde nas famílias é o grande problema. Relaciona Voltaire que aprendeu música aos 84 anos, pois o importante é o ensino religioso desde a infância para não corroer o ser. Mora no lar o exemplo das meninas, do desleixo, da ira, até mesmo de ensinarem maus costumes e péssimos hábitos. “Uma mãe é então o quadro mais eloquente, para lhes servir de norma em sua conduta futura, o modelo que devem primeiro copiar; se esse modelo não é perfeito, como poderá a menina apresentar uma cópia perfeita?”.

Capítulo 45 É possível notar alguns núcleos familiares privilegiados que estão isento deste contato da podridão e da corrupção da educação. Ainda no meio corrupto, são exemplos de humanidade, de filhas que respeitam, aceitam e toleram os pais e seus crimes, e das esposas, de doar-se em espírito, alma, corpo e desejo ao lar, e das mães, direcionando e tomando as dores das crias. As mulheres vencem, mas não são felizes, a vida é uma constante luta. Congratulam-se os pais que seguem o caminho direito, que, apesar da sociedade decadente, são exemplos para as mulheres do lar. Comparam-se as meninas francesas, inglesas e alemãs das brasileiras, aquelas, respirando a inocência, livres, estas, presas em espartilhos e maquiadas como mulheres adultas. Crianças moldadas em uma moda absurda que impede a liberdade da infância.

Capítulo 46 Conta-se de um episódio aterrorizante de um colégio com oitenta alunas. “Uma menina de 6 anos frequentava como externa aquele colégio.”, ela era simpática e doce, mas assustou a diretora que, ao vê-la respirando com dificuldade, tirou o espartilho que a sufocava e apertava os órgãos. Lamenta-se que os médicos levam nenhum crédito e nada avisam as mães, vaidosas em querer ver as filhas assim. Não deu outra, a filha procurando validação da mãe, vestiu de novo na manhã seguinte, caiu nos braços da diretora e morreu. A mãe só pode ver o fruto do desejo de ver a filha bela em vez de criança e livre. A diretora, tantas vezes advertindo as mães do perigo, tomou o exemplo para alcanças as mães e as alunas, tanto pela proteção da mocidade quanto o choque do ocorrido. Repetiram-se os valores cristãos, da liberdade para as meninas, valorizarem o espírito acima do corpo, as filhas foram noticiar as mães de forma preocupante, as mães se convaleceram, mas logo esqueceram do ocorrido. “Algum tempo depois os espartilhos, tirados às que haviam testemunhado essa pungentíssima cena, voltaram de novo a comprimi-las. A imagem da morte havia desaparecido e a moda reconquistava todos os seus loucos e funestos excessos!”. Ler capítulo.

Capítulo 47 “As lições e os esforços de uma ou outra pessoa, desta ou daquela outra família nada podem contra a generalidade dos princípios e hábitos seguidos por uma nação inteira.”. Mesmo com pais que criem corretamente e com a moral e a religião em dia, os filhos se sentirão estrangeiros da pátria. A natureza do governo é um cheque social. A liberdade na educação é mal entendida, as meninas vão por superficialidades, línguas sem saberem a história, conhecimentos básicos de geografia e do mundo sem relação e de modo decorado, bordado bruto para elogios, dança para ser visto no salão, música e canto sem conhecer nada da origem. Em vez de dar bom exemplo, reprimir ações negativas e apoiar as positivas, deixa-se para ensinar tudo depois e se desculpa e se negligencia com a máxima de que é uma criança. Nada poderá se esperar da nação brasileira de progresso se a educação, no geral, seja pública, privada e domiciliar, não ter uma grande reforma. É inútil diretores quererem mudar filhos viciados e pais esperarem milagres de uma mudança de atitude de negligência domiciliar. Existe potencial, mas fica nisso.

Capítulo 48 Repete-se o assunto da importância da participação da mãe na educação, para que colha frutos da educação escolar melhor. Delas é a importância de ocupar com ocupações úteis e também pequenas distrações inocentes. É ensinar desde cedo o valor do trabalho, de como se engrandece com propósitos de produções materiais e intelectuais. Devem bastar a si mesmas, procurar o intelecto a ser desenvolvido fora ou dentro de casa, mas com exemplos de tal em casa.

Capítulo 49

Reflete-se no mau exemplo das agressões físicas e verbais que as crianças vivenciam frente aos escravos, não só que testemunham mas são incitados pelos pais a fazerem também. Defende-se que os escravos tenham coração nobre, que pode faltar a educação religiosa para engrandecerem, mas pior ainda são os senhores que acreditam comprar um animal em vez de verem um ser humano. Mas ainda assim, com todo esse histórico, jamais se perdoa desobediência, de negros sem educação propriamente aplicada, restando o silêncio e a revolta de Deus. Afastai esse costume bárbaro, diz a autora, para que todos possam gozar de um mundo cristão.

Capítulo 50 Denuncia-se o costume do tédio, tão acostumado pelas escravas em volta, reforçado pelos exemplos dos pais. Isso é possível ver na mudança da nobreza que tirou o ensino de saber de títulos para afazeres úteis e produtivos ao corpo e à mente ao exemplo da Revolução Francesa que a nobreza teve que servir à burguesia por nada saber fazer. Vêem-se no Brasil todas as classes ociosas, banhadas em dinheiro proveniente de trabalho, não de preguiça. Certamente que o ócio desperta a inteligência como cita Helvécio, mas a preguiça e a languidez eram outras e em outro lugar, não se adequando a teoria que funciona na Europa e não funciona no Brasil.

Capítulo 51 A educação física é tão mal entendida quanto à moral. Ficam em colos de escravas, estudando em casa, mal saem de casa a vida inteira, salvo algumas poucas exceções e só aos domingos, para ir à missa. Desculpam-se em governar a casa, mas em completa desordem e sem saber como ordenar. “Neste aprendizado e nesta indolência decorre a vida da menina, a quem se repete de contínuo a velha arriscada máxima “reprime todos os impulsos da natureza, e embelece-te para seres mulher”: isto é, habitua-te desde a infância à hipocrisia e procura reinar pela matéria embora o teu reinado seja de pouca duração.”. Ela cita um exemplo, Selena, do pai que narra ter ensinado em certo grau a ter força, educação e ocupar-se utilmente. Via as consequências de outros pais e países, que deixavam as meninas se ocupar de inutilidades, até mesmo da música de forma superficial, resultavam em meninas que atraíam maridos que a viam pelo físico e torravam o dinheiro do casamento. Cita Domingos José Alves de Magalhães, da nação viciada em preguiça, vaidade e avareza, fechando as portas das Ciências ao mundo.

Capítulo 52 Agora se volta a atenção para as classes pobres, sem tempo de poderem ascender social, intelectual e economicamente. Assim se compara com as mulheres europeias dos países da França, Alemanha e Inglaterra, que criam filhos e ainda auxiliam no trabalho dos maridos, colhendo frutos de crianças que apreciam e respeitam o trabalho, diferente das brasileiras que não se vêem ou são tratadas como independentes, mas que são do marido, vivem para e por ele e sem ele são nada. Dá-se nisso que o casamento a torna inútil, no sentido da produção e individualidade. Deve-se dedicar-se ao trabalho, forma de engrandecimento e de colher o respeito do marido, em vez de se deitar sobre a falsa promessa da eternidade de um matrimônio.

Capítulo 53 Analisa-se os pobres da França, que, com o trabalho e a ascensão, mantém a dignidade até mesmo na vestimenta, contrário dos brasileiros que se esbaldam em luxúria, cedendo ao crime e à ociosidade. Cita dois pensamentos de como a preguiça, a falta de contato com Deus, deixa a população viciada e inerte.

Capítulo 54 Diz-se que a análise seria feita não só da província, mas de todo o Brasil. “Todos os brasileiros, qualquer que tenha sido o lugar de seu nascimento, têm iguais direitos à fruição dos bens distribuídos pelo seu governo, assim como à consideração e ao interesse de seus concidadãos.”. São duas classes distintas que existem no Brasil, rica, que esgota a terra comprando metais com dinheiro da família, e pobre que sobra apenas as ciências e as artes para terem um pouco de nome e de respeito. Clama-se pelo amor ao trabalho e a união do povo.

Capítulo 55 Traz o assunto da falta de exemplos por parte do clero para a mocidade se inspirar. A religião enriquece a alma, muito mais importante do que qualquer riqueza material. Assim, a mulher também precisa ser instruída na religião, dado que, sem ela, nenhuma civilização pode se chamar de avançada. Mas falta instrução, bons exemplos do clero, até modos de como instruir eficientemente. Relaciona também uma moça bem instruída que Luís Filipe se admirou pelo fato dela ter tanta instrução e ter que aprender catecismo ao chegar na França.

Capítulo 56 Traz-se um relato de um padre da França que veio ministrar um dos primeiros cursos de catecismo em uma das capitais no Brasil doze anos atrás. Só que, iludidas no pensamento de levar as meninas para a educação, logo perceberam que o padre era o resumo da mocidade, alguém que vai para a Igreja como um centro de flertes e de festas. São necessários bons exemplos no púlpito.

Capítulo 57 Faz-se um apanhado geral do perfil corrompido do brasileiro, que apesar de ser modesto, dócil e generoso, é corrompido pela escravidão, preguiça e falta de religião. Até mesmo que diz o Conde de Castelnau que aqui existe clero, mas não padres. Por fim, tecerá-se um assunto em torno dos caboclos, os indígenas que possuem pele cobreada.

Capítulo 58 Enquanto a autora faz uso de um de seus poemas, “Lágrimas de um Caeté”, ela lamenta o indígena, fadado à soberba e violência do branco. Lamenta-se como não há mais como Padre Anchieta que procuram catequizar e educar o indígena, sobravam poucos dos tantos que viviam por ali. Por fim, lamenta como a morte do povo foi feita para agradar um povo que nem era o brasileiro, e pior ainda, sem benefício nenhum a ninguém.

Capítulo 59 Deseja-se focar na mulher indígena. Elas se assemelhavam às mulheres com valores cristãos, fiéis ao lar e fora, acompanhavam o marido no trabalho e na casa, ocupada com afazeres e forte. Foi a primeira a sofrer as vantagens da civilização trazida pelos europeus, tratadas como escravas, como objetos. Falavam de Cristo e agiam com hipocrisia. Porém, mesmo em meio da natureza, considerados selvagens, agiam de tal forma que era heróica e inspirava até os mais educados cristãos, já que eles eram espontâneos e não educados na fé cristã. Elogia a ética e a moral da conduta indígena, citando Paraguassu, esposa de Diogo Álvares Correa, o Caramuru. Também há a referência de Poti e de Moema, figuras da literatura e da história. Lamenta-se, mesmo que tenham algumas vitórias e honra, vão sumindo e talvez desaparecerão por completo.

Capítulo 60 Trata-se agora da fidelidade, característica inata da esposa indígena. Denuncia o esteriótipo dos indígenas serem preguiçosos e contra os valores cristãos, sendo que eles sempre se mantêm ocupados pelos exemplos que já tiveram contato. Poderiam ser de ótima ajuda para a sociedade, mas toda a atrocidade de serem escravizados, substituídos pelos negros e tomarem esteriótipos que não cabem a eles só afastam essas pessoas que também querem ver o país crescendo. Enquanto o governo não tomar medidas de educar esse povo, qualquer coisa é apenas faixada.

Capítulo 61 Resume-se que o brasileiro procura no estrangeiro as soluções, sendo que o próprio brasileiro tem meios e gente para resolver. Cita alguns trechos da obra “Viagem às Margens de Mucuri” e de como é infrutífero e cruel o modo que tentam controlar os indígenas e como respondem, além de como o matam e o violentam e suas reações. Reforçam até que eram resilientes na tortura e no tratamento desumano, começaram a serem agressivos e a responderem quando as mulheres e as crianças foram alvos de tortura. Lamenta-se toda a situação e de que a mulher indígena merece lugar melhor na sociedade, todo o tratamento é anti-nacional e anti-cristão. Espera-se que no futuro isso mude. Fará-se mais um apanhado geral das mulheres no geral.

Capítulo 62 Faz-se um pensamento da exclusão da mulher como princípio importante das sociedades, mesmo que ela seja o grande objetivo e motivo de atitudes e de ações de governos e homens ao longo da história de diversas sociedades. Pede aos pais que eduquem as filhas, saibam da religião, não sejam bonecas para exposição, saibam seu povo, sua utilidade, a história do país, que removam esses preconceitos da fragilidade do sexo e clamem pelos seus direitos e seu lugar de respeito no Brasil, tal qual os homens e o povo do Brasil reconheçam. Se temos uma terra fértil, bela e princípios elevados fáceis de serem adotados, o Brasil tem o fim certo de ser uma elevada nação.

Partes divididas: Do capítulo 1 ao capítulo 5 – Antiguidade
Do capítulo 6 ao capítulo 17 – Modernidade
Do capítulo 18 ao capítulo 24 – A herança de Portugal no Brasil
Do capítulo 25 ao capítulo 38 – O sistema e a legislação da educação no Brasil
Do capítulo 39 ao capítulo 51 – A moralidade e a hipocrisia das famílias brasileiras
Do capítulo 52 ao capítulo 54 – Os ricos e os pobres no Brasil
Do capítulo 55 ao capítulo 57 – O clero no Brasil
Do capítulo 58 ao capítulo 61 – A mulher indígena no Brasil
Capítulo 62 – Resumo geral

“Emancipação e educação feminina em ‘Opúsculo Humanitário’ de Nísia Floresta” por Francisco Aedson de Souza Oliveira e Jéssica Luana Fernandes – https://periodicos.ufersa.edu.br/kuab/article/view/12599/11601 ”As representações do feminino através das obras ‘Opúsculo Humanitário’ e ‘Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens’, de Nísia Floresta” por Milena Bruno Ferreira – https://repositorio.ufms.br/jspui/bitstream/123456789/5777/1/A ESCRITA DE AUTORIA FEMININA.pdf#page=33 ”Nísia Floresta e a recepção de romancistas estrangeiras em ‘Opúsculo Humanitário’” por Larissa Karoline Campos Oliveira – https://historiaeliteratura.fflch.usp.br/sites/historiaeliteratura.fflch.usp.br/files/inline-files/IISEMINÁRIO HISTÓRIA %26 LITERATURA _0.pdf#page=44

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