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“Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll – Resumo de Cada Capítulo

Lewis Caroll foi um professor de matemática em Oxford.

Segundo o prefácio de Monteiro Lobato, ele inventou uma história para três menininhas enquanto passeava pelo Tâmisa que gostaram muito, nascendo, assim, a obra. O problema da tradução é mais do que a língua, mas costumes, repertórios, tradições e imaginário popular. A história ganhou sucesso internacional e no Brasil por Emília, personagem de “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, querer saber da história, mas precisar de uma tradução.

Capítulo 1 – Descendo a toca do coelho

Alice estava ficando entediado com a irmã que lia um livro sem diálogos e imagens. Ela até pensou no que valia o livro assim, ainda mais de fazer uma coroa de margaridas naquele dia de calor. Então, viu um coelho branco passando na frente dela, mas ele dizia que estava atrasado, além de tirar um relógio do bolso, coisa que Alice finalmente achou estranho. Ardendo de curiosidade, seguiu o caminho e o viu pulando em uma toca de coelho. Ela entrou, mesmo não considerando como sairia, era uma toca estreita que ia se inclinando, até o ponto que ela não tinha mais firmeza e começou a cair. Sem saber se caia em um poço profundo ou se caía lentamente, deu tempo de ver para baixo e os arredores, mas estava escuro para baixo e dos seus lados via armários e prateleiras de livros, deu tempo de pegar um pote vazio enquanto caía dali que estava escrito “geleia de laranja”. Pensou que poderia ser considerada muito corajosa pela queda e como contaria tudo depois, devolveu o pote vazio em outro armário. Estava caindo faz um certo tempo, até fez as contas que já passaram dos 6.000 quilômetros, fato que repetia a si mesmo para praticar e menos para impressionar alguém, já que estava sozinha. Pensou até em latitude e longitude, mas não tinha chegado nesse assunto na escola, só quis falar. Pensou até que cruzaria o planeta e cairia ou na Nova Zelândia, Austrália ou com os Antipáticos, daí ficou feliz de ninguém ouvir o que falava, julgou prudente e menos evidente que seria ignorante se só olhasse uma placa. Até praticava uma reverência. Sentiu saudade da Diná, a gata, queria ela ali e ficou pensando na alimentação dela. Ficou se perguntando e ficando sonolenta, até cair em uma pilha de gravetos e folhas secas sem se machucar. Conseguiu ver um corredor longo e o coelho virando a esquina, ainda preocupado com a hora. Estava em uma sala baixa e comprida, com várias portas que não conseguia abrir e pensando como retornaria. Enfim, achou uma mesa de três pernas e uma chave, mas não entrava nas portas. Até que achou uma pequena porta atrás da cortina, nela, a chave entrou. Viu um jardim de flores, mas ela tinha que passar por um corredor muito pequeno. Pensando que nada seria impossível com tantas coisas extraordinárias, voltou à mesa da chave com esperança de algo e viu uma garrafa pequena com a nota de “beba-me”. Verificou se era veneno antes, trauma de histórias ouvidas. Vendo nada que lembrasse das outras histórias e no rótulo, bebeu e sentiu gostos variados, de peru assado a mel, e encolheu. Esperou um tempo para ver se diminuía mais, até pensando como é uma vela quando se apaga. O problema é que ela esqueceu de pegar a chave, e agora estava longe demais dela. Até chorou mas se recompôs, falando consigo mesma e se encorajando com conselhos, mesmo que raramente os seguisse, gostava de fingir ser duas pessoas e até já trapaceou contra si mesma em um croquet, até se punindo. Viu um bolo que tinha “COMA-ME” de aviso. Ficou esperando algo, assim como esperava de tudo, mas nada aconteceu. Terminou o bolo e continuou sua jornada para ir ao jardim.

Capítulo 2 – A lagoa de lágrimas

Supreendentemente, Alice começou a ficar esticada, ela ficou triste com o afastamento dos pés e prometeu que cuidaria deles, mas que eles deveriam se cuidar também. Conseguiu pegar a chave e foi para a porta. Mas ainda assim não podia passar, só ver com os olhos a passagem. Chorou e de novo se repreendeu. Depois de chorar uns galões que deixaram uma poça de 10 centímetros, ouviu passarinhos e o coelho falando de uma Duquesa. Ela até tentou pedir ajuda mas o coelho passou, deixando uma luva e um leque. Ela achou tudo curioso e ficou pensando se tudo era tão normal e quando tudo mudou, lembrou-se de ir dormir e da manhã, sem pistas de algo estranho. Pensou até ter sido trocada, mas cada uma das meninas eram muito diferentes de si. Tentou se recordar da tabuada, sem muito sucesso, da geografia também, poesia menos ainda. Até pensou que poderia ter mudado e se sairia dali se fosse para melhor, mas estava cansada de estar sozinha. Percebeu que vestia a luva do coelho e estava encolhendo por conta do leque. De novo, esqueceu a chave, mas para piorar, estava menor ainda e em águas salgadas. Pensou estar no mar, e que poderia pegar um trem, por associar que em toda praia há uma estação. Mas eram suas lágrimas, achou que devia ter chorado menos e como seria curioso ficar afogada nas próprias lágrimas. Ouviu algo respirando, achou ser um hipopótamo, mas era apenas um rato. Ela perguntou se ele sabia como sair dali, enquanto pensava qual era o tratamento correto para um rato de suas aulas de gramática, ela tentou falar francês, mas soltou uma pergunta de onde estava seu gato, o rato se estremeceu e ela se desculpou. Alice perguntou se ele não gostava de gatos, e o rato questionou como ele havia de gostar. Ainda assim, Alice disse que gostaria que conhecesse Diná. Mas o rato não gostava do rato calmo e Alice decidiu parar. O rato estava se tremendo e daí ela começou a falar de um cachorro simpático. Ele era bem esperto, fazia truques, valia muito e até matava ratos, daí o rato nadava para mais longe. Alice se desculpou e disse que não falaria mais de gatos e cachorros. Ele deu meia volta e explicou que contaria sua história na margem para Alice. Outros animais seguiram o comando de Alice para sair do lago, já que ficaram presos ali também.

Capítulo 3 – A corrida da convenção e uma longa história

O pato, o dodô, o papagaio, a aguiazinha, Alice, o rato e outros animais estavam na margem, irritados e querendo se secarem. Alice conversava com todos de forma que os conhecessem por um longo tempo, o papagaio parou de falar com ela por se achar mais velho e por saber mais. O rato bradou que todos sentassem e que tinha um plano, como parecendo que era um líder, todos os obedeceram. Ele disse que faria todos ficarem seco, e começou a contar a história de Guilherme, o Conquistador. Um resmungou, outro não entendeu, o rato contava a história. Até que o Dodô propôs uma corrida, a Corrida da Convenção. A regra era que a corrida fosse corrida do tanto que achassem bom, sendo que uns paravam, outros continuavam, até que o Dodô disse para parar. Todos tinham vencido segundo ele e mereciam prêmios. O Dodô colocou Alice para dar os prêmios e ela tinha uma caixa de bombons exatos para cada um ali que achou no bolso no desespero. Alice merecia um prêmio, então ela procurou e achou um dedal. Ela o presenteou, todos o aplaudiram com seriedade. Ao comer os bombons, os animais variavam de nem sentir o gosto para se engasgarem pelos seus tamanhos. Alice toca no assunto de novo dos bichos e o rato diz que é uma história triste, com um trocadilho em inglês. Segundo a história confusa, um cão e um gato o julgarem sem juíz e com pena de morte. Alice não prestava bem atenção. O rato ameaçou a ir embora e ela e todos pediram que contasse tudo. Ele se foi. Uma carangueja lamentou ter ido embora e Alice tornou a falar de Diná, assustando os pássaros e os outros animais a irem embora. Alice ficou sozinha, lamentando falar da gata, ouviu passos e pensou que era o rato chegando de novo.

Capítulo 4 – O coelho envia o pequeno Bill

Era o coelho vindo. Ele procurava pelo par de luvas que devia dar à Duquesa. A sala mudou e não tinha mais a mesa desde seu mergulho. O Coelho tratou Alice por Mary Ann e demandou que ela achasse logo as luvas. Eles seguiram até a casa do Coelho, ela entrou antes para ver se a verdadeira Mary Ann não estaria por ali. Pensou que seria possível que depois tivesse que obedecer a gata. Em um outro quarto, ela pegou um leque, um par de luvas e bebeu uma garrafa que estava por ali, esperando algo fantástico acontecer. Ela cresceu antes de terminar metade da garrafa. Ela ficou do tamanho do quarto, com o braço de fora, pensando que era desconfortável. Pensou nessas coisas fantásticas que lia em contos de fadas e que provavelmente haveria de ter um sobre ela, nem que ela escrevesse sobre. Ela pensou que não cresceria mais, muito menos ficaria velha ou aprenderia mais. Do lado de fora, ouviu o Coelho a chamando. Ele tentou abrir a porta sem sucesso, estava travada pelo ombro de Alice. Tentou ir pela janela, ela o agarrou mas o soltou e ele caiu em uma estufa. Ele chamou por Pat, e exigiu que ele retirasse o braço do quarto. Tentou pegá-los, outros gritinhos e vidro quebrando. Bill foi chamado para ajudar. Ela ouviu que ia descer pela chaminé e chutou ele para longe quando sentiu. Toda a cena é descrita apenas pela perspectiva de Alice estar na sala ouvindo, ela não vê de fora e pouco menos sabemos o que está de fora e até quais são os animais, como o Bill. Pensaram em queimar a casa e Alice disse para que não o fizessem. Após um silêncio, jogaram bombinhas na casa, ela disse para parar. Depois, viu que haviam alguns bolinhos dentro do quarto, resolveu comer. Ficou pequena e saiu do quarto para encontrar todos. Viu até o lagarto Bill, que antes tomava conhaque e agora se recuperava com dois porquinhos-da-índia. Ela correu para uma floresta densa antes mesmo que pudessem ver quem era Alice. Ela traçou um plano de ficar no tamanho normal, mas mal sabia o tamanho que tinha e como começar. Ela ouviu um latido agudo e viu um cachorro imenso que a olhava com cara de fome. Ela jogou um graveto, ele foi atrás e ela correu. Ela repetiu para que não fosse esmagada, tal qual brincasse com um cavalo. Ela repetiu até que ele ficasse entretido e foi embora. Pensou até que poderia ensinar-lhe truques, mas lembrou que precisava voltar ao seu tamanho. Ela viu tudo para ver o que podia comer, viu um cogumelo grande como ela, subiu nele e avistou uma lagarta que fumava um narguilé.

Capítulo 5 – Conselhos de uma Lagarta

Após uns momentos se encarando, a Lagarta perguntou quem era Alice com uma voz sonolenta. Alice mal sabia se definir, já que mudou tanto desde que acordou. A Lagarta não entendia, mas quando Alice era clara, não concordava com as análises de estar diferente. Ela até tentou fazer a Lagarta falar quem ela era primeiro, perguntou o motivo e ela desistiu. A Lagarta pediu que voltasse e pediu calma. Depois de um tempo, a Lagarta tentou entender Alice, ela explicou que não tinha certeza de ser si mesma e até esquecia de coisas que havia decorado. É muito comum a inteligência estar associada a coisas decoradas, a Lagarta pediu para recitar o poema “o velho pai William”. É um poema sobre um homem gordo com algumas façanhas e habilidades estranhas para seu físico. Mas estava tudo errado segundo a Lagarta. Ela ficou curiosa com a busca do tamanho, Alice só não queria mudar tanto, mas não agradava a altura de 7cm, a mesma da lagarta. Após um tempo de tanta contradição de sua vida, a Lagarta fumou, espreguiçou-se e foi embora, falando que um lado a iria crescer e outro a diminuir, dizendo que era o cogumelo. Não ajudava muito, o cogumelo era redondo, pegou um pedaço de cada lado, um fez ela se achatar, o outro se espichar. Seu pescoço era agora flexível como uma cobra. Encontrou-se com uma pomba assustada e tentou acalmá-la. Mas a pomba era traumatizada com serpentes e que todos os lugares eram locais para achar uma. Alice tentava lhe dizer que era uma garotinha, mas nem ela acreditava direito pelo tanto de coisas que se transformou em um dia. Relacionando que Alice comeu ovos, disse que ela não era tão distante de uma serpente assim. Ficou pensando na ideia nova, mas falou que nem ovos queria, ainda mais crus. Conseguiu voltar ao tamanho normal e estava desacostumada. A obra trata o crescimento do corpo de Alice como uma alegoria de crianças que passam pela puberdade. Novamente, voltou ao seu objetivo final e grande desenvolvedor da história, o jardim de flores. Ao continuar, chegou inesperadamente a um lugar aberto com uma casa de 1 metro e 20, e achou prudente não chegar lá com o tanto de altura que tinha e reduziu seu tamanho para 20 centímetros.

Capítulo 6 – Porco e Pimenta

Após olhar por uns momentos a casa, viu um peixe vestido de lacaio e peruca sair do bosque e bateu na porta da casa. Foi atendido por um sapo com peruca e uniformizado, o peixe trazia uma carta, para a Duquesa, era um convite da Rainha para jogarem croquet. Eles repetiram as frases um do outro, mudando a ordem das palavras, curvaram-se e as perucas se entrelaçaram. Alice riu da cena e se escondeu para não ser vista. Viu de novo e viu que o peixe se foi e o sapo fitava o céu. Alice queria entrar, mas o sapo disse que fazia tanto barulho lá dentro que seria difícil ouvir as batidas, além de que ele estava ali. Alice perguntava como poderia entrar, mas o sapo continuava fitando o céu, talvez por sua anatomia, e não respondia diretamente as perguntas, além de falar que deveria ficar ali até amanhã. Um prato saiu da porta, voou na frente dele e explodiu na árvore. Disse que era melhor voltar depois de amanhã. Alice queria entrar, mas o Lacaio perguntava se ela deveria entrar se quer. Constantemente, Alice é contrariada na obra, uma vez que ela estava acostumada a não ser confrontada ou que tudo que ela dizia era uma papagaiada dos adultos. Alice até perguntou o que devia fazer, o Sapo que disse que ficaria ali dias e dias, respondeu que ela podia fazer o que bem entendesse. Ela abriu a porta e se deparou com uma grande cozinha cheia de fumaça. A Duquesa estava por ali embalando um bebê. A cozinheira mexia uma sopa no caldeirão. Havia muita pimenta no ar, Alice se esforçava para não espirrar. Apenas as cozinheiras e o gato de Cheshire, que sorria de uma orelha para a outra, que não espirravam, o bebê e a Duquesa sofriam. Alice perguntou do gato e do seu sorriso, era típico da raça. Alice achou estranho, a Duquesa achava normal a todos os gatos, Alice disse nunca ter visto, a Duquesa afirmou que ela sabia pouco. Alice queria mudar o tópico da conversa, a cozinheira se estabanou com o caldeirão e a choradeira do bebê era descontrolada, Alice pedia cuidado. A Duquesa disse que tudo seria mais rápido se cada um se preocupasse com seus problemas, o que fez Alice dizer que não era possível, contando a velocidade de eixo da Terra, o que não fez a Duquesa continuar reclamando e pedir pra ela cortar a cabeça de Alice. A cozinheira pareceu não ouvir e a Duquesa cantava uma canção de ninar macabra enquanto embalava o bebê que só sabia chorar. O bebê e a cozinheira até embalavam no refrão, mas o bebê chorava cada vez mais. Ele foi arremessado para Alice, sugestão da Duquesa para embalar. A Duquesa foi se arrumar para ir ao croquet com a rainha, uma panela voou perto dela pela cozinheira mas não acertou. Alice tinha dificuldades de segurar o bebê inquieto e saiu dali. Conseguiu achar um jeito de segurá-lo e pensou melhor levá-lo dali, achou que poderia morrer com tantos perigos em sua volta e se sentiu responsável. O bebê parecia um porco, olhos pequenos, nariz torcido, grunhia várias vezes. Ela pensou no que fazer com ele, até que o bebê virou um porco. Ela o soltou e o porco trotou. Achou bom que ele era um porco e não seria uma criança estranha. Pensou até em crianças que conhecia e como seria bom se elas pudessem ser mudadas para o jeito certo. Percebeu que o gato de Cheshire a via. Ela pensou que poderia ganhar na simpatia e perguntou para onde deveria ir. O gato disse que já que o destino não importava, todos não importavam. Ela adicionou que queria chegar a algum lugar, o gato disse que bastava andar o suficiente. Dos caminhos, o gato disse que em um acharia a Lebre de Março, do outro, o Chapeleiro, ambos loucos. Alice queria distância de gente louca, mas o gato disse que todos eram loucos, inclusive eles dois. Ele argumentou que estava ali, por isso seria louca, não a convenceu, mas ficou curiosa como o gato seria louco. Ele disse que um cão balança o rabo feliz e rosna nervoso, ele faz o contrário. Alice chamou de ronronar, ele disse que poderia chamar do que quiser. Ele quis saber se ela jogaria croquet, ela queria, apesar da falta de convite. Disse que ele estaria lá e desapareceu, coisa que não surpreendeu Alice pois já estava acostumada com coisas estranhas acontecendo. O gato apareceu de novo, perguntou do bebê, Alice disse normalmente que virou um porco, o gato achou normal e desapareceu. Alice até esperou, achando que ele voltaria. Nisso, pensou que poderia ver a Lebre, já que já viu um Chapeleiro na vida e a Lebre poderia delirar menos já que era Maio. Ao olhar para cima, o gato a olhava e perguntou de novo se era porco ou figo que o bebê virou, ela repetiu a resposta, pediu que não ficasse aparecendo e desaparecendo tão rápido, ele aceitou e desapareceu lentamente, da cauda até só ficar o sorriso. Ficou pensando no sorriso e imaginou a casa da Lebre. A chaminé, que viu da casa, tinham o formato de uma lebre e o teto tinha pele. Comeu o cogumelo e aumentou para 70 cm. Pensou que se a Lebre estivesse delirando, teria sido melhor ter ido ver o Chapeleiro.

Capítulo 7 – Uma Louca Festa do Chá

Em uma mesa posta embaixo de uma árvore na frente da casa, estavam o Chapeleiro e a Lebre, com um Arganaz (espécie de esquilo). O Arganaz dormia, os outros o usavam como almofada. Alice achou desconfortável, mas pensou que ele dormia por não o ser, eles se alarmaram quando ela chegou falando que não havia espaço, mesmo que estivessem todos do mesmo lado em uma mesa grande. Alice sentou em uma poltrona do outro lado, disse que não via vinho e que achou nada educado oferecerem, mas a Lebre disse que ela não devia sentar sem ser convidada e disse que havia vinho nenhum. O Chapeleiro disse que ela deveria cortar o cabelo. Alice achou rude e o Chapeleiro perguntou da semelhança do corvo e de uma escrivaninha. Alice se empolgou para descobrir a charada. A Lebre se impressionou dela querer achar a resposta, e Alice quis dizer isso, mas aí os três da festa falaram que não era a mesma coisa que querer dizer, que tivesse dito. Depois, um silêncio. Alice pensava e o Chapeleiro perguntou que mês estavam, Maio, Alice disse “o quarto”, a ordem do mês no ano. Chapeleiro reclamou que a manteiga não ia funcionar, mesmo que fosse a melhor. A Lebre resmungou, olhava para o relógio de bolso, molhou-o no chá e guardou. Alice achou estranho o relógio falar apenas os dias, enquanto o Chapeleiro achou normal, acharia estranho se mostrasse o ano. Alice entendia mal o Chapeleiro, ele repetiu que o Arganaz tinha dormido, despejou chá nele e o Arganaz murmurou algo que concordasse com a conversa. O Chapeleiro perguntou se ela descobriu a resposta da charada. Ela disse que não, muito menos os outros sabiam. Ela acusou de ser perda de tempo, e ele disse que se ela conhecesse o tempo, não falaria em desperdiçar. Uma das alegorias mais comuns da obra é sobre a passagem do tempo e do trabalho relacionado ao relógio. Ela não entende, pois ela só bate tempo em estudo de música. O chapeleiro disse que realmente ela não entendia, já que o tempo não gostava disso. Ela achou estranha a ideia, mas o Chapeleiro disse que poderia avançar quando bem quisesse e parar. Alice perguntou se era isso que ele fazia, mas não, eles discutiram isso em Março, antes da Lebre enlouquecer, no meio do concerto organizado pela Rainha de Copas. Ele começou a cantarolar “twinkle twinkle” mas falando de morcego. Alice achava conhecer, a letra estava trocada e o Arganaz que dormia cantava junto. Até que a Rainha viu a Lebre matar tempo e mandou cortar a cabeça, desde então, o relógio parou nas 6 e não obedecia mais o chapeleiro. Alice percebeu que era isso que dizia que era sempre hora do chá, nunca limpavam nada porque a hora não ia e só mudavam de lugar. Apesar de Alice perguntar o que acontecia quando eles voltavam ao início, a Lebre quis mudar de assunto e pediu uma história de Alice. Ela não sabia, então os dois gritaram para que o Arganaz contasse uma. Ele contava de 3 meninas que. Viviam em um fundo de poço num caldo de xarope, por isso ficaram doentes. Alice ia perguntando tudo, como era possível viverem lá, no xarope, sem ficarem doentes. A Lebre pediu que ela tomasse mais chá, mas ela nem chá tinha tomada, por isso mesmo ela não podia tomar menos. Alice se revoltou e o Chapeleiro se sentiu triunfante. A história continuava para os dois e Alice achava tudo aquilo impossível. O Arganaz julgou que ele deveria parar e ela prometeu parar de comentar. Elas desenhavam xarope, coisa que Alice havia perguntado. Com o Chapeleiro querendo uma xícara limpa. Com a mudança, Alice ficou com um prato cheio de leite do Arganaz e só o Chapeleiro ficou bem. Ela achou estranho desenharem xarope, mas o Chapeleiro disse que bem se podia desenhar uma poça de água. O Arganaz disse que eles estavam obviamente dentro da poça. Alice ficou sem saber o que perguntar por um bom tempo. O Arganaz quase ia dormindo e contando que eles desenhavam tudo que começava com M, sendo que Alice perguntou o motivo e a Lebre perguntou como não seria. Ele até apontou que desenharam uma muiticidade, coisa que se fala, Alice disse que nunca tinha visto um desenho disto, o Chapeleiro apontou que ela deveria se calar. Para Alice, foi a gota d’água e ela foi embora, o Arganaz caiu no sono e ninguém deu por sua ida. Até achou que o chamariam, mas eles estavam mais ocupados tentando enfiar o Arganaz no bule. Achou a festa estúpida e falava consigo mesma, notou uma porta em uma árvore. Novamente, estava na sala de corredor comprido com a chave e a porta. Tendo aprendido, lidou melhor e conseguiu ir até o bonito jardim. Ler página 101

Capítulo 8 – O Campo de Croquet da Rainha

Uma roseira grande se erguia na entrada do jardim com rosas brancas, mas alguns jardineiros as pintavam de vermelho. Eram todos em formato de cartas e se nomeavam pelos números. Eles discutiam como um deles devia ter sido decapitado e viram Alice. Ela perguntou o que faziam, ele explicou que plantaram uma roseira branca por engano e pintavam para não serem pegos. A Rainha chegava no meio da explicação com soldados. Vinham também crianças em casais e os soldados e todos estavam decorados de corações. Viu também o Coelho branco que falava nervoso. Sem fazer cortejo, que era colocar o rosto no chão, a Rainha perguntou quem era Alice. Ela era bem grosseira e a disposição de Alice de ser direta e perguntona deixou-a brava. A Rainha pediu para cortar a cabeça e o Rei tentava acalmar. Nisso, as cartas viradas, foram desviradas para a Rainha ver melhor. Ela perguntou da roseira e eles tentavam explicar sem sucesso. Ela ficou sem paciência e os soldados fugiram com a cobertura de Alice. Sem ela perceber muito, perguntou se Alice sabia jogar Croquet, ela respondeu positivamente e foram caminhar. Alice até tentou comentar do dia mas o Coelho dizia para ela ficar quieta. Alice perguntou da Duquesa, já que ele a estava procurando. Pediu para ela falar baixo, pois ela estava sentenciada de morte por fazer a Rainha esperar. O campo de croquet tinha flamingos de marretas, soldados se apoiando no chão para serem arcos, ouriços de bolas e o campo todo ondulado. O jogo foi difícil para Alice porque o flamingo foi difícil de achar e mais ainda para poder acertar o ouriço que sumia. Todos jogavam sem se respeitar e discutindo. Os soldados iam de um lado para o outro da confusão e também a Rainha gritava a cada minuto para cortar a cabeça de um. Alice ficava apreensiva pois poderia ser logo a próxima. Enquanto pensava como fugir, prestou atenção em um ponto e viu o sorriso do Gato de Cheshire, ele perguntava como estava indo. Esperou as orelhas aparecerem e começou a contar da situação injusta do jogo. A Rainha ouviu a conversa, Alice notou e disse que ela ganharia, ela ficou satisfeita. O Rei ficou curioso com o Gato e deixou que ele beijasse sua mão, mesmo que não gostasse da aparência. O Gato disse que não, o Rei pediu que a Rainha cuidasse dele (cortando a cabeça). Alice até disse que em um livro dizia que isso não era problema, ele não ligou. Todos continuavam a brigar e discutir, em um momento que Alice perdeu o flamingo e o recuperou, o executor, a Rainha e o Rei brigavam e pediam que ela resolvesse o problema: O Executor não podia cortar uma cabeça sem corpo; o Rei disse que toda cabeça poderia ser decapitada; a Rainha iria decapitar todos se não resolvessem logo. Alice concluiu dizendo que o Gato era da Duquesa, foram à prisão para buscar e o Gato sumiu.

Capítulo 9 – A História da Tartaruga Falsa

A Duquesa estava muito mais amigável com Alice, talvez fosse a falta da pimenta. Alice pensou em como as comidas mudavam o humor das pessoas. A Duquesa tentava se descansar no corpo de Alice que tentava educadamente aguentar. A Duquesa procurava moral em tudo e até mesmo tentava ver se podia colocar a mão na cintura dela, mas Alice alertou do flamingo. Mas enquanto ela falava com Alice, ia colocando moralidades e ensinamentos, tais quais as obras infantis da época que tentavam moralizar crianças em vez de explorar a imaginação. A Duquesa falava de um presente com todos os ensinamentos e ela ficou muda em frente à Rainha. A Rainha mandou-a sumir e ela foi-se, mandou retornarem o jogo, os súditos voltaram do descanso repentino. Eram tantos sentenciados que sobraram só a Rainha, o Rei e Alice de jogadores. A Rainha começou a perguntar se Alice sabia da Tartaruga Falsa, a mesma que tinha uma receita, Alice desconhecia. Enquanto o Rei perdoava os sentenciados, que considerava até demais, a Rainha levava Alice para o Grifo, criatura de quatro patas, cabeça de falcão, asas e metade leão, para que contasse a história. Ele achou graça que ninguém era executado, e Alice ficava furiosa de ser mandada em todo lugar. Alice viu de longe a Tartaruga Falsa, o Grifo repetia que era tudo ilusão, as ordens da Rainha e a aflição da Tartaruga. Foram até eles e ele começou a contar sua história. Ele era antes uma Tartaruga de verdade, quando ainda jovem, ia à escola de uma tartaruga chamada Jabuti, pois assim foi ensinado. Mas tudo isso era muito lento. O Grifo tentava fazer Alice escutar, daí a Tartaruga se vangloriava de ir à escola todos os dias com aula extra. Alice dizia que fazia o mesmo, mas a Tartaruga disse que não era boa pois faltava aula de lavagem. Apesar disso, ela fez só o curso regular pois não poderia bancar tudo. Ela depois disse sobre alguns termos da matemática mas com nomes diferentes. Alice ficou confusa com o enfeiamento. Mas o Grifo a chamava de tola por qualquer pergunta, o que a desmotivava de perguntar mais, naturalmente a qualquer um. Existiam outras aulas, mas nem o Grifo e a Tartaruga Falsa podiam demonstrar, por corpo ou prática. As aulas diminuíam cada dia (brincadeira com a palavra “lesson”), até que o dia 11 as aulas acabavam. Curiosa com o dia 12, ela foi interrompida pelo Grifo para falarem sobre os jogos.

Capítulo 10 – A Quadrilha da Lagosta

A Tartaruga chorou, após consolada pelo Grifo, ela disse que era muito bom a Quadrilha de Lagosta. Eles descreviam a quadrilha e até tentaram fazer a parte que vinham as lagostas, ainda que só a Tartaruga soubesse da letra ainda. Alice ficou da dança que acabou e começa um assunto de anchovas, onde vivem, a origem do nome. Até pensaram na música de novo mas o grifo quis saber das aventuras de Alice, que se limitava ao dia de hoje por não se reconhecer mais. Ela tinha um pouco de medo deles tão perto mas contou tudo desde manhã até a Lagarta e o poema. A Tartaruga ficou curiosa e pediu para que recitasse outro poema. Alice estava bem cansada do quanto mandavam nela. Confundindo a letra da música da Quadrilha e o novo poema, ela ficava cada vez mais confusa. O Grifo e a Tartaruga Falsa ficam pensativos. Pediram outro poema, mas eles se cansaram de ter que pensar naquela loucura. Alice ficou feliz com a possibilidade de ouvir uma canção e a Tartaruga Falsa cantou sobre uma sopa. Ao longe, anunciaram um julgamento que começavam e puxaram Alice.

Capítulo 11 – Quem Roubou as Tortas?

Em uma sala de julgamento que Alice ficava feliz de saber o nome de tudo, todos se reuniam em frente ao Rei que era o juíz. O lagarto Bill estava ali com um giz, escrevendo, coisa que deixou Alice incomodada pelo barulho e roubou dele. Outras tantas criaturas escreviam e estavam em caos. O julgamento avaliava o caso do roubo de tortas pelo Valete de Copas. O Chapeleiro foi chamado como primeira testemunha e questionado por não ter terminado o chá e de sua profissão. Ele ficou nervoso com a Rainha e até mordeu a xícara em vez do pão. Alice voltava a crescer, mas o Arganaz estava incomodado com o crescimento dela e saiu de perto. Enquanto isso, a Rainha encarava o Chapeleiro que se tremia todo e pediu a lista dos cantores do último concerto. O Rei ameaçou cortar-lhe a cabeça mas o Chapeleiro continuava a dizer que era um pobre homem. Há uma piada de “twinkling” e “tea” e como o Chapeleiro queria só ter a hora do chá. Ele mal sabia de nada. Os Porquinhos da Índia ali se empolgavam e seus aplausos eram suprimidos. Alice achava bom pois poderia deixar tudo correr melhor. Mandaram o Chapeleiro sair, foi correndo e a Rainha mandou cortar a cabeça dele fora, mas os oficiais o perderam de vista. A próxima testemunha era a cozinheira da Duquesa. Pediram que ela fizesse um depoimento, ela negou, perguntaram do que eram feitas as tortas e ela disse que eram de pimenta, o Arganaz comentou xarope e a Rainha mandou tirarem-no dali. Depois da confusão, a cozinheira sumiu. A próxima testemunha era Alice.

Capítulo 12 – O Depoimento de Alice

Alice se levantou e derrubou todos, ela estava tão empolgada no momento para dizer onde estava que esqueceu de ver seu tamanho. Ela tentava colocar todos no lugar, lembrando de um acidente com um peixe que teve. O Rei esperava para continuar até que todos retornassem. O lagarto era o mais afetado por tudo. O Rei perguntou o que Alice sabia e ela não sabia de nada, ele se confundiu entre definir se era importante ou desimportante. Tentaram expulsar Alice com uma regra inventada de sua altura e Alice se recusava. O Coelho dizia que ainda haviam evidências, como um papel que achou. Acusaram o Valete e ele dizia ser inocente. A carta era confusa e dizia nada de muito sentido, Alice entendia muito menos. Tentaram achar sentido no que havia ali, Alice rebatia o que entendiam. A Rainha queria sentenciar antes do veredito. Alice se revoltou e as cartas avançaram nela, apesar de seu tamanho ter dobrado. As cartas engoliram-na e ela se deparou num banco, dormindo perto da irmã. Alice se apressou para o chá e sua irmã ficou pensando nos seus sonhos, até mesmo sonhou com ela. Ela via e ouvia as aventuras de Alice. Pensou em como poderia ser adulta e manter esse coração de criança.

“O ‘mal-estar docente’ como fenômeno da modernidade: os professores no país das maravilhas” por Eloisa da Silva Gomes de Oliveira – http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1806-58212006000100004&script=sci_arttext

“’Alice no país das maravilhas’: uma relação entre literatura e sociedade no período vitoriano” por Mircon Rothmann e Elis Regina Fernandes Alves – https://edoc.ufam.edu.br/retrieve/496902d5-b46e-4060-a0ae-18871a032401/TCC-Letras-2013-Arquivo.012.pdf

“A busca da identidade em ‘Alice no país das maravilhas’ e ‘Corda bamba’” por Cida Golin – https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/download/16106/10579

“’Alice por artes de Narizinho’: ‘Alice no país das maravilhas’, de Monteiro Lobato” por Katarina Queiroga Duarte – https://baes.uc.pt/bitstream/10316/25128/1/KATARINA_QUEIROGA_DUARTE.pdf

“O que é ‘desenvolver o raciocínio lógico’? Considerações a partir do livro ‘Alice no país das maravilhas’” por Denise Silva Vilela e Deiziele Dorta – http://educa.fcc.org.br/pdf/rbep/v91n229/v91n229a11.pdf

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